O continente africano ainda é um destino, infelizmente, pouco explorado em um mundo que prioriza conhecer a Europa e os Estados Unidos. Quem não inclui os países africanos em sua rota de viagem está perdendo a oportundiade conhecer lugares importantes para a história da humanidade, além de conhecer paisagens incríveis.
Luanda está entre esses destinos. A capital de Angola, país ao sul do continente, é a porta de entrada para o território africano. Aos brasileiros, o destino é ainda mais interessante porque há muita similaridade entre as culturas dos dois países, incluindo a língua portuguesa como oficial de ambos. Visitar Angola é entender também o passado e a formação da maior nação da América do Sul, uma vez que ambas foram colônias de Portugal.
Não é à toa que muitos brasileiros visitam o país, incluindo a cantora Kelly Key, que esteve em Luanda com o marido, Mico Freitas, empresário angolano; e a cantora Ludmilla, que visitou o país para realizar uma apresentação para mais de 20 mil pessoas.
O que fazer em Luanda?
Antes de visitar Luanda é importante entender que Angola é um país que conquistou sua independência muito recentemente, apenas em 11 de novembro de 1975. Sendo assim, o país ainda está se reestruturando do período da Guerra de Independência, que ocorreu entre 1961 e 1974, além da Guerra Civil Angolana, que veio depois da independência e durou entre 1975 e 2002.
Talvez o visitante não encontre tantos pontos turísticos como em outras regiões do mundo, e inclusive da própria África , mas isto não tira o encanto de conhecer a nação, especialmente para os brasileiros que vão sentir uma conexão maior com os aspectos culturais e sociais de Angola.
Um dos principais pontos de visitação em Luanda é o Parque Nacional da Quiçama. É o passeio dedicado para quem busca conhecer de perto a vida selvagem da região.
Por lá, o visitante irá encontrar diversos animais como elefantes, girafas, macacos e zebras em seus habitats naturais. Há ainda a possibilidade de ter a experiência por uma pernoite, que torna o passeio ainda mais imersivo.
No parque também há outros espetáculos naturais, como as Quedas de Calandula e as Quedas do Ruacaná, que estão entre as maiores cascatas do país.
Para quem quiser explorar outras opções de parque, há também o Parque Nacional do Iona, localizado na província Namíbe, no sudoeste do país. Por lá, algumas excursões permitem que os turistas se aproximem dos animais com a maior segurança possível.
Saindo do roteiro de experiência selvagem, a Fortaleza de São Miguel, um museu militar que foi criado dentro de um antigo forte, que servia de base militar no século 16, é um ótimo lugar para conhecer um pouco mais da história de Angola.
No seu interior, há o Museu Nacional da Escravatura, que narra a história do comércio de pessoas escravizadas de Angola para outros países, incluindo o Brasil.
Próximo ao museu está a a Praça do Artesanato, também conhecida como Mercado do Artesanato, localizada no Morro da Cruz. É uma ótima oportunidade para ter contato com o trabalho manual e artesanal local.
Por lá, é possível admirar símbolos da cultura nacional como bijuterias, cestos feito de palha; estátuas de troncos de árvores; instrumentos musicais - como batoque, marimba, quissanje e reco-reco; roupas; quadros pintados a mão e, inclusive, feitos apenas com areia.
Na região também é possível conhecer o Museu de História Natural, criado em 1938. O amplo acervo apresenta espécies representativas da rica e variada fauna angolana espalhadas pelo edifício de três andares.
Umas das atrações mais requisitadas são os painéis de azulejos com cenas da história de Angola e de exemplares da fauna e flora nativos.
O Palácio de Ferro é outro edifício histórico de Luanda, em Angola. A autoria da construção é do engenheiro francês Gustave Eiffel, que construiu ainda a famosa torre em Paris, que leva seu sobrenome.
É um dos edifícios mais bonitos de Angola. Durante o período colonial, a construção foi usada como centro de arte. Após a independência do país e a Guerra Civil Angolana, o palácio entrou em ruína. Em 2009 ele foi restaurado e entregue ao Ministério da Cultura de Angola.
Outro ponto tradicional do país africano é o Cristo Rei. Semelhante ao nosso Cristo Redentor, mas em tamanho menor, visitar a atração é uma oportunidade também de adicionar outra cidade ao roteiro de visita a Luanda.
A 2100 metros de altitude e com 14 metros de altura, o monumento recebe os visitantes da cidade de Lubango de braços abertos (literalmente). A estátua foi construída no período colonial português, em 1957, no topo da Serra da Chela, e é considerada Patrimônio Nacional de Angola.
Angola também tem praias e ilhas perfeitas para aproveitar o verão africano - que parece durar o ano inteiro. As temperaturas na capital durante a estação mais quente costumam variar entre 19ºC e 32ºC e, com toda certeza, visitar uma das praias será uma atividade imprescíndivel nos dias quentes.
A Ilha do Mussulo é uma delas. Ela tem acesso via terrestre, contudo a melhor opção é chegar até ela com barcos privados, que levam de 10 a 15 minutos. Em finais de semanas os barcos ficam disponíveis 24h. O local tem praias lindas e palmeiras por todos os lados, além de muita água fresca.
A Praia de Sangano é outra opção e é ideal para quem busca uma praia paradisíaca. O local é supertranquilo e limpo, pelo número baixo de acesso de visitantes e está a uma hora da cidade de Luanda. A região também está cercada de luxo, com resorts locais e hotéis de alto padrão.
Mais uma opção é a Ilha do Cabo, a praia que mais recebe banhistas na capital angolona. É uma região bastante agitada, durante todo o dia, especialmente à noite, com eventos badalados.
Um dos exemplos, é a restaurante Chill Out, que também funciona como casa noturna que recebe festas com os melhores DJs de Angola, como o DJ internacional Djeff Afrozila.
Outro espaço para badalar, mas fora de Luanda, é a Casa da Música, localizada na cidade de Talatona. O espaço cultural recebe o melhor da música angolana, além e atrações internacionais.
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