Estrelado por Viola Davis , “A Mulher Rei” lidera as bilheterias no Brasil e entrega emoção, cultura e história do início ao final. O longa retrata a história memorável da Agojie, uma unidade de guerreiras composta apenas por mulheres que protegiam o reino africano de Daomé nos anos 1800, com habilidades e uma força diferentes de tudo já visto.
A história vivida na África pelas guerreiras do reino de Daomé traz mensagens pertencentes ao repertório de muitas mulheres que lidam com lutas diárias para sobreviver às pressões e opressões.
Aqui no Brasil, o público tem a oportunidade de fazer um mergulho nessa história ao visitar uma cidade como Salvador, na Bahia e, assim, descobrir a relação ancestral entre o Benim e a Bahia .
Unindo culinária, musicalidade, história de resistência e religiosidade, o destino brasileiro consegue retratar alguns dos temas abordados no filme com sutileza e mensagens afirmativas, que permitem associar os locais indispensáveis para quem desejar em um passeio pela capital baiana ficar mais próximo da cultura do outro lado do oceano.
No filme, Nanisca defende a produção do óleo de dendê como meio de subsistência das famílias de Daomé. Trazido da África, as plantações de Dendê se espalharam às margens do litoral sul do estado da Bahia e além do azeite ser produzido em grande quantidade na região, o fruto dá nome a um dos destinos turísticos mais procurados fora da capital baiana: a Costa do Dendê.
Salvador é Brasil e é África ao mesmo tempo e esses roteiros mostram o lado importante que o Brasil ainda não conhece; confira alguns locais:
O Museu Casa do Benin é o ponto de partida desta conexão. Localizado no Pelourinho, o casarão abriga um acervo com peças originárias do Golfo do Benin e algumas obras doadas pelo colecionador e fotógrafo francês Pierre Verger. O ambiente, inaugurado em 1988, retrata a história vivida pelo povo Africano e o culto ao Vodum cuja imagem também é encontrada no local.
O contato com a ancestralidade é referenciado por Nanisca (Viola Davis), e em Salvador, alguns locais celebram essa referência com o Sagrado das religiões de Matrizes Africanas.
Terreiro Bogum
Fundado no século XIX por Africanos e Africanas e localizado no bairro do Engenho Velho da Federação, o terreiro reverencia à nação Jeje-Mahi, citado no filme.
Dique do Tororó
A lagoa localizada em área central da capital baiana é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Ipac e abriga esculturas de Orixás esculpidas pelo artista plástico Tatti Moreno.
Pedra de Xangô
Localizado no Parque Pedra de Xangô, no bairro de Cajazeiras X, o rochedo é um ambiente onde os adeptos da religião de matriz africana fazem oferendas ao orixá “Xangô”.
Terreiro de Mãe Menininha do Gantois
Um dos mais respeitados e conhecidos terreiros da Bahia, o espaço, no bairro da Federação reúne mais de 500 peças referentes à história, objetos rituais e pessoais de Maria Escolástica da Conceição Nazaré - Mãe Menininha, uma das maiores lideranças da religiosidade de matriz africana na Bahia. O Memorial Mãe Menininha do Gantois, criado em 1992 está integrado ao terreiro.
A musicalidade e a dança são formas de celebração para os povos de Daomé, do Benin ou da Bahia. Interessados em saber sobre os ritmos baianos e a história da música na Bahia também podem visitar o Museu Cidade da Música da Bahia , no bairro do Comércio, um museu moderno e totalmente interativo onde os visitantes podem até aprender a percussão africana em um mini workshop com músicos.
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