A Qantas Airways pediu que executivos da sede da empresa deixem seus postos por três meses e transportem bagagens em tempo integral para lidar com uma persistente escassez de mão de obra que está atrapalhando os voos e provocando caos nos aeroportos.
A companhia aérea busca pelo menos 100 voluntários internamente para realizar trabalho em turnos nos aeroportos de Sydney e Melbourne , escreveu o diretor de operações Colin Hughes, em uma nota aos gerentes, que foi compartilhada pela Qantas na última segunda-feira (8).
As tarefas incluem carregar e descarregar bagagens , bem como conduzir os veículos que transportam as malas aos aviões e entre os terminais. Os candidatos devem ser capazes de carregar malas com peso de até 32 kg, de acordo com o memorando.
Embora funcionários de escritório da Qantas já estejam ajudando nos aeroportos durante os feriados, a necessidade de colocar executivos neste trabalho por três meses ressalta a profundidade da escassez de mão de obra durante a recuperação global das viagens.
A principal companhia aérea da Austrália cancelou 8,1% dos serviços domésticos programados em junho, tornando-se a transportadora menos confiável do país.
“Não há expectativa de que você opte por essa função além de sua posição de tempo integral”, disse Hughes aos gerentes. “O foco da nossa empresa é apoiar nossas equipes para que nossa operação volte para onde deveria estar.”
O jornal The Australian foi o primeiro a noticiar este programa de três meses. Desde então, a situação operacional da companhia na volta das viagens após o isolamento imposto pela pandemia só piorou.
Casa vandalizada
O setor de aviação está sobrecarregado em todo mundo e luta para lidar com tráfego maior do que o esperado, enquanto as companhias aéreas também são atingidas por afastamentos de funcionários por causa da covid-19.
No caso da Qantas, a transportadora perdeu a confiança dos consumidores na Austrália, devido à falta de mão de obra, perdas de malas e atrasos nos voos. O CEO da empresa, Alan Joyce, chegou a ter a residência atingida com ovos e papel higiênico, numa espécie de protesto de clientes insatisfeitos com os serviços da aérea registrado por câmeras de segurança em 12 de julho.
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