O que fazer em algumas das principais regiões do Leste Europeu; na foto, a Praça da Cidade Antiga de Praga
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O que fazer em algumas das principais regiões do Leste Europeu; na foto, a Praça da Cidade Antiga de Praga

Arquiteturas imponentes e charmosas, centros históricos que são patrimônios da humanidade e uma história extremamente complexa e fascinante. Some isso tudo a belos cenários naturais, como mares e rios emblemáticos, belas montanhas e um vasto acervo de construções medievais completamente preservadas. Essas são apenas algumas das belezas que quem viaja para os países do Leste Europeu pode encontrar.

O Leste Europeu corresponde à região que fica entre a Europa e a Ásia e conta com cerca de 22 países, incluindo os que estão na chamada área transcontinental. Por conta da proximidade, alguns países da Europa Central e do Oriente Médio são frequentemente incluídos na categoria do Leste Europeu. Todas essas nações faziam parte do bloco da União Soviética – ou eram diretamente influenciadas pela antiga configuração.

Os países atribuídos ao Leste Europeu são: Albânia, Bósnia-Herzegovina, Bielorrússia, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Geórgia, Hungria, Letônia, Lituânia, Macedônia do Norte, Moldávia, Montenegro, Polônia, República Tcheca, Romênia, Rússia, Sérvia, Turquia e Ucrânia. Devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia, atualmente, os dois países não são considerados seguros para realizar viagens turísticas.

Com um clima considerado temperado, existem diversas regiões que recebem neve no extremo inverno, o que oferece a chance de praticar esportes no gelo ou observar picos de montanhas bem branquinhos. No entanto, a região também é considerada como um polo turístico para quem gosta de temperaturas bem elevadas no verão: entre junho e setembro, é comum que os termômetros alcancem a marca de 35°C, propiciando a visita a praias e passeios agradáveis ao ar livre.

Por serem países menos destacados entre os turistas brasileiros, outra vantagem de viajar para o Leste Europeu é o baixo custo. Além de encontrar passagens aéreas, hospedagens e passeios mais baratos, é possível economizar com alimentação, por exemplo. Isso porque o custo de vida nessa região é considerado mais baixo em relação a outros países europeus. No entanto, é importante levar em conta que, devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia, os preços podem estar um pouco mais elevados neste momento.

Viagem pelo Leste Europeu durante a guerra entre Rússia e Ucrânia

Os países da região se recuperavam da queda de turistas proveniente dos dois anos de medidas restritivas devido à pandemia do novo coronavírus; no entanto, o conflito entre Rússia e Ucrânia espantou ainda mais a possibilidade de retomada do setor. Com a proximidade das fronteiras com a Ucrânia, viajantes passaram a temer que a estadia se tornasse insegura ou mesmo antiética – pelo fato de um país próximo estar em guerra.

Dados apresentados durante uma  conferência emergencial internacional da Comissão Europeia de Turismo realizada em março deste ano apontam que as regiões mais próximas da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia são as que tiveram a imagem mais afetada para o turista, sendo considerados destinos de grande risco. No entanto, representantes de diversos países que fazem parte do bloco afirmam que as viagens pelo Leste Europeu não devem ser canceladas ou temidas. 

Diversos representantes afirmaram que existem muitos destinos em que a fronteira não está próxima das zonas afetadas pela guerra, ou seja, é possível fazer uma viagem para todos os destinos da região sem preocupações de que o conflito deve transpassar por este espaço. “Precisamos informar ativamente, de forma clara e objetiva, para potenciais viajantes sobre possíveis fricções, logísticas, fronteiras e indicações geográficas”, Olivier Henry-Biabaud, do monitorador Travelsat, presente na conferência.

Na mesma linha, o bloco afirmou que viajar para o Leste Europeu neste momento não faz da viagem antiética; na verdade, pode ser fundamental para conseguir manter a estabilidade financeira destes países. No caso de pessoas que querem fazer a viagem no intuito de auxiliar refugiados, por exemplo, existem órgãos e grupos que permitem que pessoas de outros países prestem auxílio aos impactados pela guerra localizados nos territórios visitados.

Eslovênia

Eslovênia é uma das seis nações que formavam o território da Iugoslávia e se tornou uma nação independente em 1991. O país oferece os destaques da natureza da região do Leste Europeu. Por lá, campos bem verdes, cavernas e montanhas dos Alpes estão entre os cenários a serem desbravados.

A cidade de Liubliana, que é um dos destaques do destino, é marcante pelas paisagens repletas de construções medievais, as ruas estreitas e as simbologias mitológicas. Como exemplos mais fortes estão o Castelo de Liubliana em que é possível subir ao topo para ver a cidade de cima; a Ponte Tripla, que representa a capital e cruza o Rio Ljubljanica; e a praça Kongresni Trg, que é repleta de esculturas de dragões.

Quem quer conhecer os Alpes Julianos e se conectar com a natureza eslovena pode incluir no roteiro a cidade de Bled, que fica a 50 km de Liubliana. Por lá, pode-se visitar mais de 300 lagos, incluindo o famoso Lago de Bled, a principal atração local. O lago já foi considerado o mais lindo do mundo por suas águas transparentes que espelham a natureza ao redor.

Há ainda o Castelo de Bled, que parece ter saído diretamente das páginas de um conto de fadas: construído no século 11, está em uma ilhota no centro do Lago de Bled, cercado de vegetação.

República Tcheca

Quem quer apreciar boas cervejas, destinos artísticos e alguns dos principais monumentos de estilos arquitetônicos consagrados, desde igrejas góticas até fachadas renascentistas, vai se esbaldar no destino. A República Tcheca é dona de alguns dos cenários mais encantadores da Europa e é um formidável polo cultural, artístico e gastronômico.

Praga , capital tcheca, é o principal destino do país e se tornou uma das principais localidades para quem quer desbravar cidades cheias de personalidade, glamour, charme e história. Castelos, construções barrocas e góticas, igrejas importantes e um experiência gastronômica de primeira estão entre os principais atrativos. Praga também é conhecida como Cidade dos Cem Pináculos, já que conta com diversas estruturas arquitetônicas com picos que podem ser vistos de diversas regiões da cidade.

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Na capital, é preciso visitar a Praça da Cidade Antiga, que conta com muitas catedrais importantes e construções históricas; o Castelo de Praga, que foi fundado no século 9 e habitado por imperadores romanos e por presidentes da Tchecoslováquia; e a Ponte Carlos, um dos cartões postais da cidade que está acima do Rio Moldava e proporciona uma das melhores vistas de Praga.

Algumas regiões contam com belas reservas naturais, como é o caso da Bohemian Switzerland National Park, que se estende entre os territórios tcheco e alemão. Por ali, é possível passear por cenários completamente integrados a formações rochosas surreais e precipícios. Além de conhecer belos lagos holográficos, montanhas pitorescas e rios, é possível acampar em pequenos chalés ou mesmo em barracas.

Também vale a pena incluir Český Krumlov no itinerário. A cidade preserva castelos construídos no século 13 e consiste em um vilarejo de casinhas com telhados alaranjados construídos à beira do rio, em meio a vegetação. A cidade medieval representa um frescor no passeio e é considerada Patrimônio da Humanidade da Unesco.

Croácia

Com uma costa que perpassa o Mar Adriático, um território de mais de mil ilhas e companhia dos Alpes Dináricos, o país abriga uma grande quantidade de museus, construções medievais e belíssimas praias – incluindo uma chamada Copacabana, localizada em Dubrovnik.

A cidade coloca o visitante em contato direto com o Mar Adriático, onde é possível mergulhar entre formações rochosas e trechos em que as águas são uma mescla entre o esverdeado e o turquesa. Por ali, também vale a pena conhecer as construções do século 16 e ícones barrocos como a igreja St. Blaise e o Palácio Sponza. O passeio pela Stradun é muito buscado por se tratar de uma rua pavimentada com calcário na Cidade Velha: os 300 metros de extensão são cercados de muros e contam com torres que se destacam.

A cidade de Split também concentra belas praias e está localizada na costa dálmata da Croácia. O turista pode encontrar uma bela vista de construções na montanha e barcos que passeiam pela costa. A cidade era importante no período do império romano e herdou o belo Palácio de Diocleciano, que foi uma fortaleza central inaugurada no século 4.

Apesar de as cidades litorâneas se destacarem mais no país, também vale a pena investir em passeios pela capital do país, Zagreb. Ali se destacam monumentos expoentes do movimento arquitetônico austro-húngaro, belas catedrais góticas e a badalada rua Tkalčićeva, aberta apenas para pedestres e que abriga muitos cafés.

Polônia

Quem viajar para o país vai encontrar muitos castelos medievais, centros históricos charmosos e uma vasta cultura judaica, já que a cidade foi bastante impactada pela Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial – por exemplo, o país abrigava o campo de concentração de Auschwitz, um dos principais daquele período onde hoje funciona um memorial que pode ser visitado. Aliás, este é um dos principais pontos turísticos a figurar no roteiro de viajantes.

A cidade de  Cracóvia é uma das mais populares. Situada próxima à fronteira da República Tcheca, a cidade é um verdadeiro acervo de prédios medievais, principalmente na região da Praça do Mercado, que conta com diversas construções coloridas e é uma das praças medievais mais antigas da Europa.

Por ali, vale a pena visitar o Castelo Wawel, onde se pode ver ainda a Gruta do Dragão e a Catedral abrigada ali; a Basílica de Santa Maria, construída no século 13; e a Fábrica de Oskar Schindler, onde trabalhavam judeus que foram salvos por Oskar durante o Holocausto (a história é contada no filme "A Lista de Schindler", de Steven Spielberg).

A capital, Varsóvia, também é extremamente charmosa. Trata-se de uma metrópole cheia de arranhas-céus modernos, muitos palácios e quadras cuja estética está conservada desde a era da União Soviética. A Cidade Antiga, a Praça do Mercado, o Museu dos Judeus Poloneses e o Monumento da Sereia de Varsóvia são alguns dos principais pontos que devem ser visitados.

Letônia

O país tem uma localização bastante privilegiada, no Mar Bático, o que favorece a visita de quem está em busca de lindos cenários tropicais e praias paradisíacas. O país conta ainda com diversas florestas que podem ser desbravadas.

Riga, capital da Letônia, é um prato cheio para quem quer visitar prédios de madeira ou provenientes da era art nouveau; além de contar com um vasto acervo de museus, como o Museu Etnográfico ao Ar Livre da Letônia, onde é possível encontrar culinária local, música ao ar livre e artesanato.

Já Jūrmala, que fica na região de Riga, entrega ao turista um litoral charmoso e a possibilidade de adentrar nas águas do rio Lielupe. É considerado o principal balneário letão e atrai turistas e muitos locais.

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