Como dá para perceber, variedade é o que não falta. Ainda assim, há passeios que são unanimidade. Vide a caminhada pelo Vale do Pati
. Trata-se de uma das mais longas e belas. O roteiro dura em média cinco dias, passando por cerca de 80 quilômetros. O turista se defronta com uma paisagem formada por paredões de rocha colorida e dorme em casas de moradores, famosos por receber com gentileza e boa conversa.
Existem igualmente rotas alternativas para a Cachoeira da Fumaça e da Fumacinha, que demandam dois e três dias, respectivamente. Quem quiser conhecer outras vilas a pé pode percorrer, por exemplo, o caminho que vai de Lençóis a Andaraí
, passando por Caeté-Açu
ou rumar para Capão
, andando por 25 quilômetros. Pode parecer sacrificado, mas, no caminho, você para e toma deliciosos banhos nos poços de águas limpinhas e agradáveis.
Foto: Getty Images
Cachoeira do Buracão é indicada para a prática do rapel
Por fim, o Morro do Pai Inácio
oferece quatro diferentes trilhas (inclusive para quem curte bicicleta) em direção o seu cume, a 1.120 metros de altitude. É a “cereja” do bolo na chapada, o passeio mais recompensador, graças ao visual lá do alto.
Achou que é trekking demais? Relaxe. A Chapada Diamantina não é só subida e descida. Dá para visitar pontos turísticos sem grande esforço, como o cemitério bizantino em Mucugê. Ele é coalhado de igrejinhas e capelas góticas pintadas de branco, iluminadas durante a noite.
Quer mais expressões culturais? Em Andaraí, a Galeria de Arte e Memória de Igatu
abriga obras de artistas locais – muitas delas à venda. Também oferece um delicioso café com crepes e sorvetes caseiros. De volta a Lençóis, diversos casarões históricos abrem-se à visitação, como a antiga morada do coronel Horácio de Mattos e a Casa de Cultura Afrânio Peixoto – dois testemunhos em tijolo e barro dos séculos passados no interior da Bahia.
A Chapada Diamantina é conhecida pelas cavernas. A de maior fama é a Torrinha
, com uma grande diversidade de formações espeleológicas, como as agulhas de gipsita e as flores de aragonita, formadas após centenas de anos de transformações na rocha. Essa gruta disputa os olhares dos viajantes com outra, a Lapa Doce
, terceira caverna do país em tamanho, que se estende por quase 18 quilômetros.
Outro local que vale a visita é o Poço Azul
, com profundidade que varia de 3,5 a 16 metros. Ali é possível enxergar o fundo através da água límpida. Ao lado da Gruta da Pratinha e da Gruta Azul, ele forma um complexo no qual se pode praticar esportes como tirolesa e canoagem, além de mergulhar e apreciar os fenômenos de refração da luz solar dentro da água, provocando brilhos multicoloridos que inspiraram os nomes dos lugares.
Leia também:
- Guia da Chapada Diamantina
- Top 10: lugares para conhecer sozinho
Onde passear na chapada diamantina
Foto: Getty Images
Roteiro pelo Vale do Pati dura em média cinco dias
Galeria de Arte e Memória de Igatu
R. Luís dos Santos
Tel. 75 3335-2510
Exposições de quadros produzidos por pintores regionais e venda de algumas obras. Aproveite para provar o melhor crepe da Chapada e os sorvetes caseiros servidos no local.
Funciona diariamente, das 9h às18h.
Preço: R$ 2
Trilha por cima da Cachoeira da Fumaça
Fora da Trilha
- Rua das Pedras, 202, Lençóis
Tel. 75 3334-1326
Um dia de passeio por trilhas a 7 km do Vale do Capão ou 48 km de Lençóis.
Saídas em grupos de quatro integrantes, no mínimo. Inclui transporte, guia e seguro.
Preço: a partir de R$ 80 por pessoa
Roteiro das Grutas
Extreme EcoAdventure
- Rua Almirante Barroso, s/nº, Lençóis
Tel. 75 3334-1727
Visitas à Torrinha; Pratinha; Gruta Azul e Morro do Pai Inácio. Inclui refeições em restaurante por quilo. Saídas em grupos de quatro integrantes, no mínimo
Preço: a partir de R$ 125 por pessoa
Trilha por baixo da Cachoeira da Fumaça
Extreme EcoAdventure
- Rua Almirante Barroso, s/nº, Lençóis
Tel. 75 3334-1727
Cerca de 70 km entre Lençóis e Andaraí, o passeio feito por trilhas tem duração de até três dias. Inclui transporte de carro; alimentação completa com café da manhã, lanche e jantar; guia; barraca; isolante térmico e saco de dormir.
Saídas em grupos de quatro integrantes, no mínimo.
Preço: a partir de R$ 120 por pessoa (por dia)
Trilha ao Vale do Pati
Fora da Trilha
- Rua das Pedras, 202, Lençóis
Tel. 75 3334-1326
Com duração mínima de três e máxima de cinco dias, a trilha ao Vale do Paty apresenta um espetáculo particular com piscinas naturais, grutas e cachoeiras, por isso, exige disposição física. Inclui transporte de carro; alimentação completa com café da manhã; lanche e jantar; guia e pernoite na casa de nativos. Preço: 3 dias, a partir de R$ 450; 4 dias, R$ 600 ou 5 dias R$ 750 por pessoa.
Onde ficar na Chapada Diamantina
Hotel Portal Lençóis
Rua Chácara Grota, s/nº, Lençóis
Tel. 75 3334-1233
Pousada Villa Lagoa das Cores
Vale do Capão, Palmeiras, s/nº, Lençóis
Tel. 75 3344-1114
Pousada Bosque do Lapão
Rodovia BA 850, km 1, Lençóis
Tel. 75 3334-1342
Onde comer na Chapada Diamantina:
Restaurante Dona Nena
R. Direita do Comércio, 140, Mucugê
Tel. 75 3338-2123
Funcionamento: diariamente, das 11h às 17h
O point é imperdível para quem visita a região por oferecer a melhor comida caseira preparada, em fogão à lenha, pela famosa dona Nena. O difícil é resistir à combinação de arroz, feijão, farofa de manteiga, abóbora e ensopados de carnes. Sistema self-service.
Cozinha Aberta Etnia Slow Food
Rua da Baderna, 111
Tel. 75 3334-1321
Funcionamento: diariamente, das 12h30 às 23h. Fecha em maio e outubro.
Como o nome já diz, os clientes observam o preparo dos caprichados pratos em um ambiente integrado entre a cozinha e as mesas, tudo sem pressa.
Leia mais sobre a Chapada Diamantina:
- O coração da Bahia, desenhado por montanhas
- Os tesouros da Chapada Diamantina
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