Na primeira quinzena de novembro eu tirei a segunda parte das minhas férias — sim, sou uma pessoa privilegiada que consegue tirar dois momentos de férias ao ano. Para começar, para quem não me conhece, me chamo Rafael Nascimento e sou editor do iG Turismo . Prazer!
Eu queria visitar um lugar próximo do Rio de Janeiro , onde resido, que não fosse tão caro e que me proporcionasse descanso. Na lista que eu montei optei por visitar cidades do Litoral Norte de São Paulo , — o que já queria fazer há um tempo — e adianto que foi uma decisão muito acertada.
Por sorte, um amigo meu que já conhece a região também estava de férias no período e topou a aventura comigo. Escolhemos então conhecer Ilhabela e São Sebastião. A estadia foi curta, de cinco dias ao todo, mas o suficiente para deixar saudades.
Em Ilhabela optamos por um loft com vista para o mar no lado sul da ilha — e aliás esta é uma informação importante para quem nunca visitou o destino de praia de São Paulo.
As praias do Sul são as mais movimentadas; já pelo Centro o turista tem a oportunidade de passear pela orla, o que pode ser feito de bicicleta — é possível alugar uma caso o turista não tenha. O trajeto todo soma pouco mais de 4 km e pode ser feito a pé também, para os mais dispostos.
Eu e meu amigo alugamos duas bicicletas e fizemos o passeio, o que foi uma delícia. Já pela direção norte, o turista vai encontrar mais tranquilidade, comparada com as outras duas regiões.
Para chegar em Ilhabela partimos da capital paulista logo pela manhã, saindo da região de Higienópolis, e levamos quatro horas de carro para chegar — contando a travessia de balsa, que pode ser agendada com antecedência para evitar a fila de espera por ordem de chegada. Confira o valor da balsa, de acordo com o veículo, neste link.
No primeiro dia de ilha, aproveitamos para descansar a metade do dia que nos restou. Eu estava tão cansado da viagem (e também por não ter dormido na noite anterior), que capotei na praia. Este é um ponto interessante a se ressaltar. Ilhabela passa uma sensação de muita segurança, mesmo que lotada de pessoas de todo o Brasil — e provavelmente também do exterior.
É um clima de cidade litorânea com cidade do interior. É, de fato, um ótimo destino para quem quer relaxar e desgarrar um pouco da adrenalina de grandes metrópoles.
Com as baterias recarregadas, partimos para uma aventura no dia seguinte e fizemos o tradicional passeio pela Trilha da Água Branca, que leva à Baía de Castelhanos. Um veículo 4x4 nos buscou logo cedo no loft, e no carro já estava uma família animada para se aventurar na trilha — assim como nós.
Antes de chegarmos no ponto mais alto da trilha, cerca de 600 metros do chão, paramos na Cachoeira da Água Branca para nos refrescar. Linda, a pequena cachoeira foi um ótimo momento de relaxamento durante o passeio. Após atingir o topo da montanha, de onde a vista era deslumbrante, começamos a descer em direção à Baía.
Finalizada a descida fomos recepcionados pelos nada amigáveis “borrachudos”. Para quem não conhece, esse apelido é dado aos mosquitos que circulam pelo litoral norte de São Paulo. É imprescindível o uso de repelentes na região que com boas camadas mantêm os insetos por longe.
A Praia dos Castelhanos é encantadora com águas calmas e quentes — aliás, pela maior parte do litoral as águas têm temperaturas agradáveis que tornam a experiência ainda mais prazerosa. Um dos atrativos da praia é subir uma escada de 140 degraus que dá uma vista panorâmica da praia, que tem um formato de coração onde as ondas quebram.
Depois da tarde aconchegante, refizemos a Trilha da Água Branca para retornar à hospedagem e no dia seguinte visitamos o Centro de Ilhabela (e fizemos aquele passeio de bicicleta que citei acima).
No quarto dia chegou o momento de colocarmos os pés na estrada e visitar o segundo destino da viagem: São Sebastião. Recebemos o convite da Pousada Montão do Trigo que fica que fica em Juquehy e que leva o nome de uma das ilhas da região. A pousada está localizada a 150 metros da praia homônima.
A estadia conta com hospedagens em quarto duplo luxo, triplo luxo e quádruplo. Juquehy é uma região ainda mais interiorana do que o sul de Ilhabela, ao manter o ar rústico de vila de pescadores, cercada de Mata Atlântica.
Na beira da praia de Juquehy há diversas casas de veraneio e hospedagens de alto padrão, o que torna a região bem mais requintada do que a que ficamos em Ilhabela — que também não deixava a desejar.
A praia de Juquehy foi uma grata surpresa. Eu, que sou acostumado com a badalação das praias cariocas, me surpreendi com a tranquilidade do local.
A areia batida e o mar calmo ajudaram a transformar o lugar em um verdadeiro paraíso, e me trouxe a memória da tranquilidade que senti quando fui à Trancoso, na Bahia (contei minha experiência lá neste link ).
Depois de um dia de muito relaxamento e contemplação da natureza, voltamos para o hotel e aproveitamos a piscina de água quente ao ar livre — que foi uma benção caída dos céus uma vez que fomos embora da praia por conta de uma chuva gelada que começava a cair. Ainda curtimos um pouco da sauna disponível na pousada.
No dia seguinte, infelizmente, depois de aproveitar um pouco mais da praia pela manhã, foi a hora de retornar para a grande cidade de São Paulo. Eu não sou muito de sentir vontade de revisitar lugares que já fui, mas tenho a sensação de que ainda terei a oportunidade de aproveitar melhor o Litoral Norte de São Paulo — e eu espero que sim!
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