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Reprodução/Instagram
O "Templo dos Gigantes" visto de cima

Os templos de Ġgantija se tratam de um complexo de templos megalíticos (construções feitas com enormes blocos de pedras) que estão localizados em uma ilha do Mar Mediterrâneo, mais especificamente na ilha de Gozo, parte da  República de Malta.

Embora sejam muito menos conhecidos pelo público geral, a construção dos templos Ġgantija datam de um período entre os anos de 3.600 e 3.200 a.C (período conhecido como A Nação Gozitana), totalizando mais de 5.500 anos, o que faz deles uma das estruturas neolíticas mais antigas do mundo, sendo mais antigas do que a cidade de  Jerusalém e as  famosas pirâmides do Egito.

A segunda construção mais antiga do mundo, feita pelas mãos do homem, também é considerada uma das mais preservadas do mundo, sendo reconhecido pela Unesco como patrimônio da humanidade desde 1980, o local está aberto ao público desde 2013, contendo museus e lojinhas de souvenirs.

O Templo dos Gigantes

Os templos de Ġgantija, que em maltês significa “Templos dos Gigantes”, tem o formato que remete ao corpo de uma mulher e simboliza a fertilidade. Segundo uma lenda do folclore gozitano, uma mulher gigante que comia apenas favos de mel teria dado à luz um filho de um homem comum e, com a criança nos ombros, ela construiu os templos e os usou como local de adoração.

São dois templos, um voltado para o norte e outro para o sul, com vários recantos que conduzem a um corredor central. O templo sul é o mais antigo e está melhor preservado. Também é possível ver restos do que seria um terceiro templo, mas arqueólogos acreditam que a estrutura jamais foi concluída. Os visitantes podem caminhar por dentro dos templos em cima de passarelas que cortam os cômodos.

Em frente aos templos há um enorme terraço que, provavelmente, teria sido usado como local de reuniões. Mas também há indícios de que o lugar pode ter sido um centro para cerimônias de sacrifício, e restos de ossos de animais encontrados no local reforçam essa teoria. Existem também lareiras de pedra e buracos de libação que podem ter sido usados para oferendas líquidas.

Há evidências de que as paredes internas foram rebocadas e pintadas. Dois fragmentos de gesso pintados com ocre vermelho foram encontrados e podem ser vistos no Museu de Arqueologia de Gozo. Além disso, estatuetas e outros objetos encontrados em Ġgantija estão no Museu de Arqueologia em Victoria, Gozo.

Como foram construídos

Não se sabe ao certo como os templos foram construídos, já que foram utilizados blocos de pedra com mais de 50 toneladas, indicando que usavam técnicas muito avançadas. Estudos mais recentes descobriram várias pedras esféricas que levantaram a hipótese de que os malteses, na época, usavam dessas esferas para transportar as enormes pedras ao local, mas ainda não se tem ideia de como conseguiam juntá-las para formar a construção.

Seu estado atual é considerado bastante deteriorado, em comparação a outras obras arqueológicas, mas é impressionante que a base do templo se mantenha de pé até hoje. O local foi escavado em 1826, quando foram descobertas estátuas que simbolizam figuras femininas, assim como o formato do próprio complexo, o que reforça a teoria de que, de fato, o local fosse dedicado a uma divindade da fertilidade.

O que fazer por lá

Antes de fazer uma visita a Malta, é preciso saber que não há muita oferta de sombra por lá, então quem for, principalmente durante o verão, deve levar água e não economizar no protetor solar – usar chapéu também é uma boa dica. Os melhores horários são sempre no início da manhã ou final da tarde.

Ao visitar por completo os templos, o turista passará por uma exposição em um museu que apresenta a história do local e conta com peças retiradas para a preservação, como estátuas e até partes caídas da estrutura. Ao sair da exposição, o visitante vai direto para uma loja onde pode comprar souvenirs.

Após a visita pelos templos, que passam por passarelas montadas sobre o sítio arqueológico e atravessam as ruínas, é possível fazer um passeio até a praça da cidade, onde há uma igreja e muitos restaurantes, como o Coronation Bar e o Latini Restaurant Xaghra Gozo, ambos são muito bem avaliados e indicados por turistas que foram até o local.

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Quanto custa

O restaurante Latini tem um ar sofisticado e fica bem em frente à igreja da cidade
Reprodução/Latini
O restaurante Latini tem um ar sofisticado e fica bem em frente à igreja da cidade

Para visitar o local, primeiro é preciso comprar as entradas, que podem ser compradas e retiradas na recepção ou em sites de venda autorizados. Os valores podem variar de acordo com a idade do visitante.

  • De 18 a 59 anos: € 9,00 (R$ 57,30)
  • De 12 a 17 anos, maiores de 60 anos e estudantes: € 7,00 (R$ 44,50)
  • Crianças de 6 a 11 anos: € 5,00 (R$ 31,80)
  • Menores de 5 anos: entrada gratuita.

Os horários de visita também mudam conforme a época do ano, sendo que, de junho a outubro, pode ser visitado diariamente das 9h às 18h. Já entre os meses de novembro e maio, o local fica aberto também todos os dias, das 9h às 17h (fechando somente para os feriados de Natal e Ano Novo).

Como chegar

Para chegar aos templos de Ggantija saindo de Valletta, São Julião ou outras cidades de Malta, será necessário pegar uma das balsas que saem diariamente do porto de Cirkewwa.

Uma vez que se está na ilha de Gozo, é possível ir de carro, o complexo dos templos conta com vários estacionamentos nas proximidades. Para quem prefere ir de ônibus, há a opção de veículos Hop-On Hop-Off (ônibus de dois andares muito populares em cidades turísticas) que param bem em frente.

De ônibus, partindo de Victória, a viagem dura em torno de 20 minutos, pegando a linha 307, que passa de hora em hora. Saindo de Mgarr, deve-se pegar um ônibus da linha 322, que leva diretamente sítio arqueológico de Ggantija - em Xaghra, na ilha de Gozo.

Também podem ser feitas visitas guiadas aos templos, mas é preciso pedir mais detalhes no hotel onde estiver hospedado. O custo por noite em um hotel pode custar a partir de 60 euros, ou R$ 382. Em sites de reservas, o turista pode conseguir descontos, mas é preciso ficar de olho.

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