O centro de São Paulo é o local que concentra os maiores prédios históricos da cidade, como a Prefeitura, a Câmara, o Theatro Municipal, Edifício Copan, Catedral da Sé, entre outros. Além de ser uma área que concentra uma variedade de manifestações culturais e gastronômicas da metrópole. O Centro é parte fundamental da história da maior cidade da América Latina. Entretanto, nos últimos anos, a região tem vivido no completo abandono e com a população de rua crescente.
Há ainda a cracolândia, que passou a abranger a região da Luz, Santa Cecília, República e Campos Elísios. Os profissionais de guia de turismo estão sentido isso cada vez mais, pois com o abandono da cidade, não conseguem realizar tours pelos principais pontos turísticos da cidade.
A Avenida Paulista também deixou de ser um lugar amistoso com o crescente aumento de roubos e furtos na região. Segundo a SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública), São Paulo registrou 132.782 furtos só no primeiro trimestre deste ano. Na capital, os furtos aumentaram em 36,7% em relação a 2021, chegando a 53.200 casos. Isso representa 24 crimes do tipo a cada hora na cidade.
Além disso, de acordo com os dados do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (POLOS-UFMG) na cidade de São Paulo, são 42.240 pessoas vivendo nas ruas. Todos essas condições são consequências da pandemia e atrela-se também a falta de políticas públicas efetivas.
Afetando também o turismo da cidade e os profissionais que querem mostrar a cidade para os viajantes. Em busca de melhorias, o Sindicato dos Guias de Turismo do Estado de São Paulo (Sindegtur-SP) estará à frente de uma passeata pacífica em prol da cidade.
Decidida em uma Assembleia Ordinária, foi proposto que a categoria irá realizar uma mobilização pacífica para reivindicar segurança, limpeza e melhor conservação do centro histórico e da cidade em si, que tem ocasionado dificuldades e a impossibilidade de trabalharem devido ao inúmero aumento da violência em São Paulo.
“Trabalhamos na rua com pessoas e estamos com dificuldades por causa dos assaltos, o desmantelo da cidade em si e a falta de zeladoria. Como vamos mostrar a cidade desta forma? Os nossos grupos têm sido assaltados e roubados e está muito difícil andar pela cidade com essa falta de limpeza e essa mendicância. Estamos reivindicando, principalmente, a questão da segurança, porque há uma total falta de conservação”, defende a presidente do Sindegtur-SP, Adriana Gradim Perdiza.
A passeata vai acontecer no dia 1 de agosto às 10h na Rua Barão de Itapetininga, 273, República (em frente ao Sindicato), e os profissionais caminharam até à Prefeitura.
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