Grande parte da cidade de Florianópolis está localizada na Ilha de Santa Catarina, uma região lindíssima da Região Sul do Brasil que abriga muitas culturas interessantes e belezas naturais. Essa região é a maior de um arquipélago constituído por mais de 30 ilhas. Bem ao sul, está o bairro de Ribeirão da Ilha, que já foi um distrito de Florianópolis e hoje pertence à cidade. Sem dúvidas, é um destino que deve ser visitado.

Leia também: Paraty: mergulhe em águas cristalinas e recarregue as energias na Ilha da Cotia

Gisella e Fernando contam como foi conhecer a região de Ribeirão da Ilha
Arquivo pessoal
Gisella e Fernando contam como foi conhecer a região de Ribeirão da Ilha

A história de Ribeirão da Ilha começa em 1756, quando, por ordem do rei de Portugal, 60 famílias açorianas foram viver lá. Na época, eles iniciaram essa colonização se conectando com os índios Carijós, que deram toda a assistência aos novos moradores. Ao longo do tempo, os açorianos foram desenvolvendo a prática da pesca junto ao ensinamento dos índios.

Principais atrativos

Logo que chegamos a região, já nos deparamos com a Igreja de Nossa Senhora da Lapa , que demorou mais de 30 anos para ser construída e foi inaugurada em 1806. Hoje, a igreja está muito bonita e conservada, sendo muito frequentada pelos moradores do vilarejo. O que mais encanta é a arquitetura das casas locais, no estilo colonial, e é justamente essa característica que atrai boa parte dos turistas ao destino.

A Igreja Nossa Senhora da Lapa demorou mais de 30 anos para ser construída
Arquivo pessoal
A Igreja Nossa Senhora da Lapa demorou mais de 30 anos para ser construída


Mais a frente está a Praça da Freguesia do Ribeirão , onde eram feitas as transações comerciais da vila entre os moradores. Atualmente, muitas casas se tornaram lojinhas de artesanato, bares, restaurantes e centros culturais. O mais charmoso dessa região são as casas antigas que ficam bem próximas da estrada por onde passamos.

Caminho das Ostras

Depois de muito tempo vivendo da pesca, uma escassez de peixes e o desinteresse dos pescadores fez com que os moradores locais buscassem novas alternativas. As ostras começaram a chama a atenção e isso fez com que se desenvolvesse uma nova economia, que depois se tornou o principal atrativo da região.

Hoje, o local é conhecido como Caminho das Ostras e se tornou uma via gastronômica, contando com mais de 18 restaurantes espalhados pela vila.

Leia também: Viagem pela Tailândia: como é tomar café e até banho com os elefantes

Restaurante Ostradamos é uma referência mundial no preparo de ostras
Arquivo pessoal
Restaurante Ostradamos é uma referência mundial no preparo de ostras

Esse movimento gastronômico começou há 20 anos com o pioneiro Ostradamus , do simpático chef de cozinha Jaime Barcelos. Na época em que começou, o cultivo de ostras era apenas uma aventura e uma curiosidade. Ao longo do tempo, Jaime e sua família foram desenvolvendo técnicas e transformaram uma simples barraquinha de lanches na beira da praia em um renomado restaurante, que hoje é considerado um dos melhores do mundo com o foco em ostras.

Requinte e clima praiano

Entrando no restaurante, já é possível sentir aquele clima de praia misturado com o requinte de um bom restaurante. Toda a decoração foi feita pelo próprio Jaime e as mesas chamaram a nossa atenção, pois a tampa é de vidro e em baixo são colocadas as coleções que o chef faz.

Os pratos foram desenvolvidos ao longo de muitos anos. Isso chamou nossa atenção, mas confessamos que nenhum de nós dois havíamos experimentado ostras antes e até tínhamos um pouco de receio, porém essa opinião estava prestes a mudar.

O chef de cozinha Jaime explicou para o casal detalhes das história local e da importância das ostras
Arquivo pessoal
O chef de cozinha Jaime explicou para o casal detalhes das história local e da importância das ostras

Antes de começar o banquete, Jaime nos apresentou todo o processo de criação de ostras. Até então, não fazíamos ideia de toda a técnica e dedicação necessária para cultivar essa iguaria. Ele nos explicou que o restuarante oferece muitos pratos diferentes com ostras e que o ato de comer ela quase viva com limão diretamente da concha é só uma das inúmeras formas de aprecia-las.

Na verdade, segundo chef, essa forma de comer a iguaria é mais indicada para quem está bem habituado com ostras e para quem já experimentou outras  opções de pratos . Ficamos impressionados com a forma em que tudo foi explicado e adoramos o prato com abacaxi e queijo brie, normalmente servido na entrada.

Gisella e Fernando amaram o prato de ostra com abacaxi e queijo brie
Arquivo pessoal
Gisella e Fernando amaram o prato de ostra com abacaxi e queijo brie


Recomendamos a experiência mesmo para aqueles que ou nunca comeram ostras ou quem não teve uma boa experiência com esse molusco em algum quiosque de praia. Aqui a coisa é diferente e de primeira!

Fazenda de ostras

Depois desse maravilhoso banquete, ainda tivemos a oportunidade de conhecer onde as ostras são criadas. Jaime nos levou até a fazenda dele, que fica bem perto do restaurante. Naquele pedaço de mar, estão espalhadas várias fazendas de ostras , que podem ser avistadas de qualquer região da ilha. Hoje, são mais de 60 criadores na região.

Leia também: Passeio em Ubatuba: aposte nas trilhas e descubra praias paradisíacas

Ficamos encantados com esse pedacinho de Florianópolis. Ribeirão da Ilha tem uma história muito interessante e é carregada de cultura. O povo açoriano soube preservar suas raízes e ao mesmo tempo se adaptou às novas tendências da região, criando uma nova economia que hoje atrai turistas do mundo inteiro. Sem dúvidas, conhecer essa história através de Jaime faz com que nossa experiência ficasse ainda mais rica, foi uma mistura de ótima gastronomia e roteiros incríveis.  

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!