Nos dias 25 e 26 de março de 2024 será comemorado na Índia o Festival Holi, também conhecido como Festival das Cores. A festividade celebra o início da primavera e no ritual as pessoas jogam pó colorido umas nas outras, enchendo as ruas de cores.
O festival é tradicional da Índia e um importante feriado para os hindus. A ocasião simboliza a vitória do bem sobre o mal e da luz sobre a escuridão. As pessoas, então, fazem pratos e oferendas às divindades durante dois dias — tempo que a celebração dura. A data de início da festa é sempre no dia que antecede a Lua Cheia.
No primeiro dia, conhecido como Holika Dahan, a tradição pede que seja acesa uma fogueira visando queimar os maus espíritos. Para isso, eles queimam uma efígie simbólica para comemorar a morte do demônio Holika.
No dia seguinte, o Rangwali Holi, há a explosão de cores, quando durante a Lua Cheia a população enche as ruas lançando os pós coloridos umas nas outras. Cada uma das cores possui um significado na tradição hindu, como o vermelho para o amor e fertilidade, e o verde para novos começos.
Antigamente, os pós eram feitos com materiais naturais, como especiarias e ervas, por exemplo. Entretanto, com o passar dos anos, eles foram substituídos por corantes artificiais. A tradição de usar os materiais advindos da natureza, entretanto, vem sendo incentivada pelo governo indiano por causar menos danos ao meio-ambiente.
A festa é celebrada em toda a Índia, entretanto, o Festival Holi ganhou grande notoriedade em algumas cidades específicas — principalmente no estado de Uttar Pradesh, ao Norte do país. A região, inclusive, é conhecida por ser o berço do festival. Outras cidades famosas por celebrar o festival são Mathura, Vrindavan, Barsana, Mumbai, Nova Delhi e Jaipur — sendo as três primeiras com foco em celebrações mais tradicionais.
Os mitos que regem a tradição
O festival é bastante tradicional e antigo na Índia, com os primeiros registros datados do Império Gupta, por volta do século IV. A tradição gira em torno de dois grandes mitos da religião hinduísta: o primeiro explica a utilização dos pós e o segundo traz a simbologia da vitória do bem contra o mau.
Os pós coloridos estão relacionados ao amor sagrado entre as divindades Radha e Krishna. Segundo as tradições, Krishna foi amaldiçoado por um demônio, que fez com que sua pele ficasse eternamente azul.
Ele temeu que sua esposa, Radha, deixasse de amá-lo por conta disso, confidenciando a maldição à sua mãe. Ela, então, sugeriu que ele pintasse o rosto da esposa com a cor que quisesse, dando origem a explosão de cores.
O outro mito, sobre a vitória do bem contra o mal, é personificado pelo deus Vishnu (bem) e pelo Rei Hiranyakashyap (mal). Segundo a lenda, o rei teria proibido que o seu filho, Prahlad, cultuasse o bem.
O monarca, então, ordenou que Prahlad e sua irmã Holika, que é imune ao fogo, sentassem em uma pira em chamas. Apenas o filho do Rei Hiranyakashyap sobreviveu, pois Prahlad pediu ajuda ao deus Vishnu. Sua irmã, morreu queimada na pira.
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