A prefeitura de Portofino, uma aldeia piscatória na Riviera italiana, a sudeste da cidade de Génova, na Itália , passou a cobrar uma multa de 275 euros (R$ 1.500) de turistas que passam muito tempo nos principais pontos turísticos da cidade posando para selfies e outros registros 'instagramáveis'.
Duas zonas vermelhas, as áreas onde é proibido parar por muito tempo, foram estabelecidas no destino da Riviera Italiana, próximas à sua famosa piazzetta de pedras, no centro.
Segundo o prefeito Matteo Viacava, a medida objetiva evitar engarrafamentos de pedestres no pequeno vilarejo de pescadores com uma média de 400 habitantes, além de atrasos dos grupos turísticos organizados e de passageiros que tentam retornar aos seus navios de cruzeiros, explicou ao jornal britânico The Times.
Ele classificou a situação atual como "caos anárquico" e impôs as restrições até 15 de outubro, cobrindo toda a temporada de verão europeu do período da manhã até 18h. A ideia, no entanto, não é limitar o acesso a Portofino somente aos iates de ricos e famosos que frequentemente ancoram por lá.
"O objetivo não é tornar o lugar mais exclusivo, mas permitir a todos aproveitar a nossa beleza. Queremos evitar situações perigosas causadas por multidões", salienta. Entre elas, estaria a dificuldade para socorristas de atender a um ferido em caso de emergência, por exemplo.
Viacava ainda alertou que não haverá favoritismo na distribuição das multas, então celebridades também devem tomar cuidado ao fazer o "close" na região. "Portofino não é propriedade de ninguém, pertence a todos e todo mundo deve respeitá-la".
Com casinhas coloridas em tons pastel, boutiques de luxo e conceituados restaurantes de frutos do mar, Portofino é parada de personalidades desde a Idade Média. Rihanna, Steven Spielberg e outras estrelas de Hollywood também já transformaram sua costa em uma meca do luxo.
Os italianos também redescobriram Portofino, assim como outras paisagens idílicas de seu país, na retomada do turismo doméstico pós-pandemia. Cerca de 1,7 milhões de visitantes passaram pelos principais destinos durante a Páscoa, um aumento de 12% em relação a 2022, informou Bernabò Bocca, chefe da associação hoteleira Federalberghi, ao The Times.
*Com informações de Nossa UOL
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