A China é a nação mais populosa da Ásia Oriental. As paisagens do país abrangem pradarias, desertos, montanhas, lagos, rios e mais de 14 mil km de litoral. A capital, Pequim, promove a perfeita combinação de modernidade e história, como muitos outros destinos asiáticos. Alguns exemplos são os complexos de palácios da Cidade Proibida e a Praça da Paz Celestial. Para aproveitar isso e muito mais do que o país oferece aos turistas, é importante estar ciente de alguns macetes e informações-chave extremamente úteis para conseguir usufruir ao máximo do passeio.
Daniel Cotrim é empresário e viajou para a China várias vezes. Ele começa esclarecendo que se tratando de burocracia, ou seja, de entrar no país, não há grandes complicações. “Embora a China seja um país com regras bem diferentes do nosso, que é ocidental, não é difícil tirar o visto chinês. Para conseguir o visto de turista, por exemplo, é necessário documentos básicos: passaporte, formulário fornecido pela embaixada, reserva de passagem aérea e hotel ou uma carta convite e comparativo de rendimento”, explica.
Uma vez no país, é muito comum que os turistas sofram choques culturais, especialmente em uma nação cuja cultura e hábitos diferem tanto do Brasil. Entre os fatores que mais chocam os brasileiros, Daniel destaca o trânsito e a maneira como os chineses se comunicam em termos de tom de voz: “O trânsito lá é muito louco, tem muita moto nas ruas, muita gente e tudo é muito grande. A forma como eles se tratam também é bem diferente daqui, às vezes parece que estão brigando porque são super barulhentos. [Os turistas] Vão encarar uma cultura totalmente diferente da nossa. As leis são bem mais severas”, conta.
Em vista dessas divergências, é de se questionar como o povo chinês recebe os estrangeiros de modo geral, e no caso especialmente os brasileiros. Daniel comenta que, por ser um país altamente comercial, a China está habituada com visitantes e os encara de maneira natural. “Eles são receptivos, principalmente porque lá tem muito comerciante e eles enxergam no turista uma forma de ganhar dinheiro, então acabam sendo acolhedores não só com brasileiros, mas com todos os turistas”, pontua o empresário.
Deslocar-se em qualquer país exige, entre outras coisas, o bom traquejo com o idioma, seja o local ou o inglês, por exemplo. Daniel ressalta que a China promove algumas barreiras nesse sentido, então o turista que não domina o mandarim não tem como se virar sozinho com facilidade, nem mesmo se for o melhor improvisador do mundo. “Quase ninguém lá fala inglês, o ideal é ter uma pessoa local que te acompanhe todo tempo. O país conta com guias que falam inglês e espanhol, o meu por exemplo falava espanhol”, alerta.
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Saindo um pouco do âmbito do turismo para aqueles que desejam residir na China, Daniel também levanta alguns pontos importantes, especialmente se tratando dos trâmites burocráticos. “Para morar e trabalhar legalmente na China é preciso primeiro ter uma permissão de trabalho emitida pelo seu empregador e, assim, se realocar. Também é necessário registrar-se junto da polícia para obter a permissão de residência”, esclarece.
Mas afinal, o que visitar?
Voltando o foco para o turismo, Daniel elencou alguns pontos turísticos que não podem faltar de maneira nenhuma no roteiro dos viajantes, especialmente para quem vai à capital, Pequim. “Em Pequim tem que visitar a Muralha da China, é indescritível a beleza e a energia daquele lugar. Também é imprescindível ter no roteiro: Cidade Proibida, Templo do Céu, Templo Lama e Museu da Capital, todos esses lugares são tombados pela patrimônio da humanidade Unesco”, indica.
Muralha da China
Sem dúvida o maior cartão postal do país e uma das Sete Maravilhas do Mundo é impossível de ser deixado de lado em qualquer roteiro. Com mais de 21 km de extensão, algumas partes da muralha são abertas para os turistas. A construção foi iniciada durante o governo do primeiro imperador Qin Shi Huang, entre 221 e 210 a. C., com o objetivo de ser um sistema defensivo contra as tribos nômades do norte. A muralha foi ampliada pelas dinastias subsequentes e as torres de vigia eram todas equipadas com sinalizadores de fumaça.
Cidade Proibida
Consiste em um complexo arquitetônico de onde governaram 24 imperadores chineses por um período de mais de 500 anos – mais especificamente desde o início do século 15. Os palácios e as respectivas dependências estavam guardados para a corte e os súditos desde a construção, em 1420, até 1949, por isso é conhecida como “Cidade Proibida”.
Templo do Céu e Templo Lama
O Templo do Céu fica localizado há alguns quilômetros ao sul da praça Tiananmen e é um dos mais belos monumentos arquitetônicos de Pequim. Ele fica inserido dentro de um amplo parque urbano, sendo a principal atração o templo circular, utilizado pelo imperador para orar por boas colheitas. Já o Templo Lama é o maior templo budista tibetano da cidade.
A construção mistura o chinês Han e tibetano, tem arquitetura com belos azulejos e todo composto por edifícios e possui dois pavilhões. Ao fim da Guerra Civil Chinesa, em 1949, ele foi declarado monumento nacional.
Museu da Capital
Dentro do Museu da Capital estão algumas galerias de primeira categoria que incluem uma coleção maravilhosa de estátuas budistas antigas e uma exposição só de porcelanas chinesas. O museu também oferece aos visitantes a história de Pequim em ordem cronológica, uma exposição sobre os costumes populares na capital e exibições de antigos bronzes, jades, caligrafias e pinturas. A entrada é gratuita para quem apresentar passaporte ou documento com foto.