Conhecer os parques em Orlando e se aventurar nas atrações estão entre os desejos de muitos brasileiros. Porém, antes de comprar as passagens e já sair preparando as malas , é necessário fazer um planejamento e ter um roteiro bem elaborado para evitar passar por perrengues e imprevistos durante a viagem.

Quer visitar os parques em Orlando, mas não sabe como começar o planejamento? Confira dicas para curtir toda a diversão
Claudio Villar
Quer visitar os parques em Orlando, mas não sabe como começar o planejamento? Confira dicas para curtir toda a diversão

A grande dúvida de muita gente, no entanto, é como se planejar para visitar os parques em Orlando sem ter dor de cabeça e enfrentar problemas. Para ajudar a responder algumas questões comuns, a reportagem do iG Turismo conversou com Felipe Costa de Magalhães, diretor comercial da Rumo a Orlando Consultoria em Viagens, e traz algumas dicas importantes.

Para começar, o profissional explica que os turistas devem escolher as datas para viajar baseadas em suas possibilidades. Se a escolha envolver um período de menor lotação, melhor. “Sugiro a segunda quinzena de janeiro e os meses de maio e outubro”, diz. Por outro lado, se for apenas possível ir na alta temporada, vale prestar atenção aos calendários oficiais para ver as atividades disponíveis na época.

“A partir da escolha das datas da viagem, a pessoa deve estar atenta se dentro daquele período existe algum evento, festa ou show especial acontecendo nos parques, pois, para alguns deles, é necessário ter ingresso comprado à parte, como é o caso das festas de Natal e Halloween, por exemplo”, detalha o diretor comercial.

Quantos dias são necessários para visitar os parques em Orlando?

Para conhecer os parques em Orlando, é importante não fazer uma maratona, pois isso pode cansar e prejudicar os passeios
Divulgação/Walt Disney World Resort
Para conhecer os parques em Orlando, é importante não fazer uma maratona, pois isso pode cansar e prejudicar os passeios

A princípio, a quantidade a ser definida irá depender do tempo disponível para a viagem. Em um período de 10 dias, a recomendação é que não sejam visitados mais do que seis parques. Isso já considerando os dias de chegada e partida que, geralmente, são mais corridos e cansativos. No fim, restam oito dias, sendo seis para visitar parques e dois para passeios e compras.

Magalhães diz que um parque por dia é o necessário para conhecê-lo com o mínimo de qualidade. “Não recomendamos que a pessoa que esteja indo pela primeira vez divida o dia com mais de um. Ela vai acabar não conhecendo bem nem um nem outro”, pontua.

Se tiver mais tempo, como um período de duas semanas, por exemplo, pode-se visitar seis da Disney , dois da Universal e o Sea World. Dessa forma, serão nove parques visitados – e o resto da viagem será para conhecer outros pontos da cidade.

Qual deve ser a ordem de visitação?

A escolha da ordem de visitação dos parques em Orlando vai depender das atividades que serão oferecidas no local
Divulgação/Walt Disney World Resort
A escolha da ordem de visitação dos parques em Orlando vai depender das atividades que serão oferecidas no local

A ordem de visitação vai depender de diversos fatores. Afinal, cada viagem possui um calendário específico que precisa ser avaliado antes de montar a programação. A escolha precisa levar em consideração alguns pontos específicos e, entre eles, horários de abertura e fechamento de cada parque, festas especiais, shows, estimativas de lotação, eventos e atrações.

Magalhães ressalta que, de toda forma, Magic Kingdom, Hollywood Studios, Epcot e Animal Kingdom não devem ser visitados aos fins de semana, uma vez que são mais lotados. Sea World, Universal Studios e Islands of Adventure costumam ser mais vazios.

Caso seja possível, é bom intercalar os dias de parques com outros de passeios e compras para que não haja cansaço extremo. Isso porque alguns deles, como é o caso do Magic Kingdom, iniciam as atividades às 9h e vão até meia-noite. Portanto, visitá-los de forma seguida e sem parar não é uma boa estratégia a ser seguida.

A recomendação, portanto, é intercalar. Começa em um da Disney , depois em outro da Universal , em seguida um dia destino às compras, depois outro parque – e assim por diante. O roteiro irá depender do tempo disponível e dos desejos de cada um dos turistas.

“Uma visita a Orlando não pode ser padronizada, pois muitos fatores externos influenciam nesta escolha. O ideal é sempre tentar evitar maratona de parques. Se a época do ano pedir, vale inserir um aquático em um final de semana para descansar e relaxar”, sugere o profissional.

Estratégias para evitar longos períodos de fila

O Hogwarts Express - Trem do Harry Potter - é uma opção para transitar entre os parques em Orlando que são da Universal
Claudio Villar
O Hogwarts Express - Trem do Harry Potter - é uma opção para transitar entre os parques em Orlando que são da Universal

Na Universal, para economizar tempo, dependendo da época do ano, a dica é usar o Universal Express Pass, uma espécie de fura-fila pago à parte em que pessoa possa visitar as atrações por uma fila especial bem menor do que a convencional.

Esse passe é vendido na própria bilheteria e no site oficial. Com ele, é até possível visitar os dois temáticos da Universal em um mesmo dia, mas é necessário chegar cedo e se programar para ficar até tarde.

Inclusive, dá para transitar entre os dois parques - Universal Studios e Islands of Adventure - através do Hogwarts Express (trem do filme Harry Potter). Para que isso seja possível, é necessário que o ingresso adquirido seja do Tipo Park to Park ou Universal Explorer.

Por outro lado, há a opção de adquirir o ingresso de 14 dias, que dá direito a 14 visitas ilimitadas dentro desse período. Dessa forma, se o visitante tiver um espaço livre no roteiro, ele pode voltar e repetir as atrações que mais gostou.

Já na Disney, o FastPass+ está à disposição dos visitantes e, conforme explica Magalhães, deve ser usado sempre. O profissional diz que cada um tem o direito de agendar previamente pelo site ou pelo aplicativo MyDisneyExperience três atrações para visitarem através de uma fila especial em cada parque.

Vale alertar que o agendamento - feito gratuitamente - só é permitido para quem já possui os códigos dos seus tickets ou vouchers oficiais em mãos. O sistema abre com 30 dias de antecedência para quem não está hospedado em um hotel Resort Disney e 60 dias para quem é hóspede de um dos estabelecimentos.

Fazer essa reserva é fundamental para ter um bom aproveitamento das atrações. No entanto, é preciso ficar atento e não criar tantas expectativas quanto às mais disputadas, como é o caso da Flight of Passage (Avatar) no parque Animal Kingdom e Seven Dwarfs Mine Train (montanha-russa dos 7 anões) no Magic Kingdom.

Isso porque, geralmente, o FastPass+ dos brinquedos mais visados pelo público costuma se esgotar rapidamente, nos 60 dias antes, quando as pessoas que estão hospedadas dentro do complexo acessam o sistema e já fazem suas reservas. “Mas isso não é motivo para deixar de visitá-los. Apenas vai ser preciso encarar as filas normais que podem chegar, facilmente, a mais de duas horas de espera”, alerta Magalhães.

Além disso, outra opção que pode ajudar a poupar tempo é seguir uma ordem específica em cada parque. Nos “redondos”, como é o caso de Magic Kingdom, Animal Kingdom, Universal Studios e Islands of Adventure e Epcot, recomenda-se seguir o sentido horário. “Os americanos costumam fazer o sentido anti-horário. Assim, vamos no contra-fluxo, em que a tendência é de filas menores no período da manhã”, esclarece o profissional.

Já no Hollywood Studios e Sea World, esse fator vai depender dos horários dos show. Os aquáticos, por sua vez, são livres. A ordem não implica no tempo e aproveitamento de todo o espaço.

Vale também fazer um planejamento prévio de quais brinquedos se pretende visitar para não perder tempo na hora ao consultar os mapas e escolher o que fazer. Chegar já sabendo o que irá visitar é fundamental para aproveitar bem o dia. Isso inclui também decidir onde irá fazer as refeições.

Single Rider é uma opção válida?

O Expedition Everest, localizado em um dos parques de Orlando, é uma das opções de atrações que contam com o Single Rider
Divulgação/Walt Disney World Resort
O Expedition Everest, localizado em um dos parques de Orlando, é uma das opções de atrações que contam com o Single Rider

Magalhães alerta que a Disney tem reduzido bastante a quantidade de atrações em que disponibiliza esse recurso. No entanto, nos locais em que estiver disponível, tanto lá quanto na Universal, se o viajante não se importar de se separar das outras pessoas para curtir sozinho, é válido optar pelo Single Rider.

“Costuma poupar bastante tempo. A que mais utilizamos é no Test Track, no parque Epcot. E também na Expedition Everest, no Animal Kingdom”, detalha o diretor comercial.

O profissional ainda diz que organizar uma viagem para Orlando está se tornando cada vez mais complexa. “São regras e prazos para utilização de ingressos, novas atrações, restaurantes, refeições com personagens, calendários, shows, festas e eventos. É fundamental que tudo seja cuidadosamente planejado”, explica.

Por fim, a recomendação é não deixar para resolver o roteiro em cima da hora de viajar, pois isso faz com que a pessoa  gaste mais dinheiro e, além disso, tempo, fator precioso nos parques em Orlando . Para isso, vale pesquisar bastante e ler resenhas de outros viajantes e, dessa forma, buscar dicas para fazer com o que planejamento seja realizado com sucesso e sem erros.

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