Já pensou em fazer um intercâmbio na Coreia do Sul? O destino foi eleito o segundo melhor para se viajar em 2018, de acordo com a Lonely Planet , guia de viagens internacional. E, diante disso, escolhê-lo como opção para estudar é uma ótima oportunidade para, além de aprender um novo idioma e aperfeiçoar o currículo, conhecer o que de especial o local tem a oferecer.
Quem passou pela experiência de fazer um intercâmbio na Coreia do Sul foi a estudante de Publicidade, Propaganda e Marketing Thayná Camargo, de 23 anos, que permaneceu 20 dias em Seul, capital do país, em julho deste ano. O motivo que levou a jovem a escolher o destino para estudar foi o K-pop e, principalmente, as músicas do BTS.
O K-pop é um gênero musical que se tornou um sucesso não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Para se ter uma ideia, o álbum “Wings”, lançado em 2016 pela banda BTS, fenômeno do ritmo e formada por sete garotos, em 2013, chegou a primeira posição do iTunes em mais de 26 países. Além disso, uma pesquisa feita no Google Trends mostra o crescimento da popularidade do grupo nos últimos cinco anos.
“Eu acabei virando fã deles muito rápido. Logo depois, já estava assistindo a dramas coreanos. Não demorou muito para eu começar a me interessar pela língua e querer aprender para entender alguma coisa”, explica Thayná, em entrevista ao iG Turismo .
Diante disso, a jovem decidiu estudar lá para conseguir ler, escrever e conversar no idioma, que usa o alfabeto Hangul. Ela fazia cinco horas de aula por dia. “No início, não conseguia entender nada do que a professora estava falando, mas pouco depois já estava começando a responder da forma certa. O que foi muito rápido, porque a língua é realmente difícil”, explica.
Aproveitar ao máximo a experiência e praticar o coreano estavam entre os objetivos da jovem. “Optava por almoçar perto da escola nos restaurantes e era muito raro alguém conseguir entender inglês completamente, então eu sempre exercitava a língua na hora de pedir meu prato ou bebida", conta.
Além disso, ela andava todos os dias de transporte público – e isso a ajudava a ter contato com o idioma o tempo todo. “Também o utilizava para fazer compras”, reforça. No final da viagem, já se sentia mais confortável para falar o idioma com outras pessoas. “Conseguia entender bem melhor”, garante.
O que é necessário saber antes de fazer um intercâmbio na Coreia do Sul?
Apesar do passaporte ser obrigatório, brasileiros não precisam de visto para cursos de até 90 dias no país asiático. Dessa forma, dá para aproveitar desde um período de férias, que chega a, geralmente, 30 dias, até um mais longo, como duração de três meses, sem precisar solicitar o autorização.
Para conseguir aprender o idioma, não há uma regra específica em relação ao tempo médio do intercâmbio . De acordo com Thiago España, CEO da World Study, isso varia bastante de acordo com os objetivos do aluno. “Quem, além da cultura pop e turismo pela Coreia do Sul, deseja realmente aprimorar o idioma local, acaba optando por um período de, no mínimo, quatro semanas”, diz.
Em relação a melhor época, o executivo explica que há embarques em praticamente todos os meses. “Essa distribuição é comum, pois o país tem um clima bastante peculiar durante as férias escolares no Brasil. Em janeiro, o frio é bastante rigoroso. Enquanto isso, em julho, o calor segue a mesma proporção, com altíssimas temperaturas”, detalha.
Diante disso, a escolha vai depender do perfil do aluno e do que ele prefere em termos de clima, além da disponibilidade para, se desejar, viajar em temperaturas mais amenas, como os meses que contemplam Outono e Primavera.
Os valores variam de acordo com a cidade, a escola e a acomodação. Em Busan, por exemplo, um intercâmbio de duas semanas, sendo alocado em um mini-studio, chega a custar US$ 1.092, sem incluir as taxas administrativas e as passagens de avião, o que corresponde a, aproximadamente, R$ 4.271.
Além de Seul , outra opção de destino é justamente Busan. A forma mais econômica de ir de um local para o outro é de trem, em um trajeto que dura quase três horas. Assim, você consegue aproveitar para, além de aprender e treinar o idioma, conhecer pontos turísticos que estão localizados nas duas regiões. Veja:
1. Palácio Gyeongbokgung
Construído originalmente em 1395, o palácio real, rodeado de muralhas e localizado em Jongno-gu, ao norte de Seul, ficou abandonado por longos anos e, após esse período, foi reconstruído em 1867.
No TripAdivisor , há uma recomendação pra lá de positiva. “Um complexo com construções espetaculares, com muita história e paisagens ótimas para serem registradas. Sempre tem pessoas vestidas com roupas tradicionais, o que ajuda ainda mais a compor o ambiente”, escreve um usuário do site.
2. Haeundae Beach
Localizada em Busan , uma das cidades mais populosa do país, a Praia de Haeundae é considerada uma das mais belas da região, com 1,5 km de extensão. "Muito bonita e de mar calmo. Mesmo no inverno, vale a visita e uma caminhada pelo calçadão", diz outra avaliação do TripAdvisor .
3. Ponte Gwangandaegyo
Também conhecida como Ponte Diamante, em Busan, possui uma beleza de encantar a todos os visitantes, que recomendam vê-la à noite, quanto está iluminada com uma grande variedade de luzes. É possível avistá-la da praia de Gwangalli e, com isso, admirar o visual, considerado de “tirar o fôlego” pelos turistas.
4. Torre N Seoul Tower
Um dos pontos mais altos da capital é a Torre N de Seul. A vista, segundo os viajantes, é "indescritível", o que faz valer o tempo na fila do teleférico para subir e poder apreciá-la. No local, há atrações e restaurantes. E, além disso, ainda há espaço para que cadeados com o nome do casal sejam deixados por lá.
Por fim, além da possibilidade de conhecer pontos turísticos incríveis, fazer um intercâmbio na Coreia do Sul é um diferencial para o currículo e o campo profissional . “Grandes multinacionais têm origem coreana, o que torna este conhecimento um importante diferencial ao concorrer para vagas nessas empresas”, ressalta España.