Seja por conta do trabalho, da faculdade ou até mesmo da rotina agitada, muitos brasileiros não possuem tempo para fazer um intercâmbio de longa duração e optam por estudar no exterior por um mês, durante as férias. A grande dúvida é se esse tempo é suficiente para  aprender inglês e conquistar a tão desejada fluência no idioma.

Sem tempo, muitos brasileiros vão estudar no exterior por u mês apenas. Esse tempo de intercâmbio é o suficiente?
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Sem tempo, muitos brasileiros vão estudar no exterior por u mês apenas. Esse tempo de intercâmbio é o suficiente?

A boa notícia é que estudar no exterior por um mês não é um fator limitante para o aprendizado. De acordo com Luiza Vianna, gerente de produtos da CI Intercâmbio e Viagem, a imersão em um novo país faz com que o estudante tenha um grande progresso. “Fazer um mês de intercâmbio equivale a seis meses de aula no Brasil”, conta em entrevista ao iG Turismo

O tempo de aula, contudo, é que vai variar de acordo com o perfil de cada pessoa. No geral, a recomendação é apostar nos cursos semi-intensivos, com duração a partir de 15 horas por semana. Entretanto, isso não significa que é impossível aprender em menos tempo. “A dedicação da pessoa tem papel fundamental na aprendizagem”, comenta Luiza.

Além de fazer todas as atividades propostas em aula e aproveitar os materiais e espaços acadêmicos que a escola disponibiliza, as atividades extracurriculares também ajudam a ver diferença no resultado, pois permitem interagir ainda mais com alunos de outras nacionalidades. “Vale conversar com as pessoas, se arriscar em puxar uma conversa para treinar o idioma e sair com os amigos”, explica a gerente de produtos. 

Qual destino escolher para estudar no exterior por um mês?

Estudar no exterior por um mês é um investimento que precisa caber no bolso – e a escolha do destino pode influenciar
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Estudar no exterior por um mês é um investimento que precisa caber no bolso – e a escolha do destino pode influenciar

Escolher uma cidade menor é uma ótima opção, recomenda Luiza. Em cidades pequenas, a cultura local é mais preservada e isso ajuda na imersão do estudante na região. Outro ponto positivo é ter menos turistas e, com isso, os nativos conseguem conversar com mais atenção e por mais tempo com os intercambistas, além de ajudar no desenvolvimento do idioma.

Apesar disso, para quem não abre mão das grandes cidades, é importante saber que há vantagens em escolher os destinos mais badalados para estudar no exterior. Afinal, conhecer um local desejado acaba sendo um grande incentivo para a aprendizagem e faz com que o aluno fique mais disposto para conhecer novos lugares e pessoas para treinar o idioma.

As cidades do Canadá, dos Estados Unidos, do Reino Unido, da Irlanda e da Austrália e  Nova Zelândia estão entre os destinos mais procurados para intercâmbio , de acordo com a agência CI. Entretanto, a África do Sul e a ilha de Malta são boas opções para quem quer economizar. Destinos inusitados , como, por exemplo, Delhi, na Índia, e Glasgow, na Escócia, também são bem-vindos.

A experiência de estudar no exterior 

A estudante de jornalismo Ana Karoline escolheu Cape Town para estudar no exterior por um mês e duas semanas
Arquivo pessoal/Ana Karoline Silano
A estudante de jornalismo Ana Karoline escolheu Cape Town para estudar no exterior por um mês e duas semanas

A estudante de jornalismo Ana Karoline Silano, de 20 anos, aproveitou as férias da faculdade para fazer um curso de inglês no exterior  para Cape Town, na África do Sul. A viagem começou dia 14 de julho deste ano e terminou seis semanas depois. “Eu sempre fui encantada pela África e queria aprender muito mais do inglês, além de ser mais barato que os destinos mais famosos”, revela. 

A jovem estudava de manhã, das 9h às 12h40,  o que condiz a 17 horas por semana. Em um mês, ela declara que já conseguiu sentir diferença no idioma. Além das aulas, a prática também veio do contato que adquiriu com os membros da residência estudantil que ficou durante o período. 

No local, apesar de ter muitos brasileiros, havia alemães, árabes, espanhóis e suíços. “Morei com pessoas de muitas nacionalidades e tinha que falar inglês para que todo mundo pudesse se entender. Eu praticava o idioma na escola, mas também durante todo o dia. Com os amigos que já tinham ido embora, treinava a escrita e o listening por WhatsApp”, diz. 

Quem também passou pela experiência foi a publicitária Raphaela Barros, de 26 anos, em outubro do ano passado. O destino escolhido foi a ilha de Malta, no mar Mediterrâneo, ao sul da Itália, na Europa. 

Raphaela Barros optou pela Ilha de Malta para estudar no exterior por um mês; na foto, ela aparace no Blue Lagoon
Arquivo pessoal/Raphaela Barros
Raphaela Barros optou pela Ilha de Malta para estudar no exterior por um mês; na foto, ela aparace no Blue Lagoon

“Meu sonho sempre foi fazer intercâmbio e morar em outro país, mas por conta do trabalho, só tinha a opção de um mês por causa das férias. Eu já tinha estudado inglês no Brasil por quatro anos e a minha maior dificuldade era conversar, porque eu sabia que falava errado e me deixa envergonhada”, conta.

De acordo com ela, a experiência a ajudou a fluir no idioma. “Foi uma satisfação pessoal perceber que eu sabia falar, que eu entendia as pessoas e que era a vergonha o que me travava. Além disso, você vive com o idioma durante todo o dia. Sendo assim, seu cérebro é forçado a pensar como alguém que sempre falou, ouviu e conversou em inglês”, conta. 

Dicas que ajudam na aprendizagem 

Viajar pela cidade sem companhia é uma das dicas para quem vai estudar no exterior por um mês e quer testar os conhecimentos
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Viajar pela cidade sem companhia é uma das dicas para quem vai estudar no exterior por um mês e quer testar os conhecimentos

Fato é que o intercâmbio contribui de forma positiva para o crescimento pessoal e profissional de cada um. Além disso, resulta em diversos benefícios ao trazer a experiência de viver fora, criar networking internacional e conhecer como são as culturas ao redor do mundo. Para aprimorar os conhecimentos no novo idioma, algumas dicas básicas podem ajudar. 

  1. Procure se envolver em atividades da escola. Em passeios, festas e aulas extras – isso vai ajudar na aprendizagem;
  2. Não faça amizades somente com brasileiros. Diversifique seu círculo de amizades e converse com pessoas de outras nacionalidades;
  3. Caso queira ter mais independência, permita-se passear pela cidade sem ninguém para acompanhá-lo. Isso fará com que você tenha que praticar o idioma ao perguntar por determinada informação;
  4. Mesmo que seja nas férias, tente estudar no exterior por um mês  fora das grandes temporadas para encontrar menos brasileiros .

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