Vitor Vianna em Machu Picchu
Reprodução/Instagram 12.09.2023
Vitor Vianna em Machu Picchu

Bom... precisamos adiantar pra todos, que diferente de praticamente todo o restante da viagem ( Cusco , Vale Sagrado dos Incas, Machu Picchu , e etc), a Montanha Colorida não é um passeio para todas as pessoas!

Sempre alertamos para esta informação, pois todo mundo acaba ficando apenas com aquela imagem da rede social na cabeça, daquela montanha linda, toda coloridinha, com lhamas super fofas para você tirar foto, ou seja, um cenário perfeito! Mas não é bem assim! Trata-se de um passeio bem complexo, e agora vamos te contar um pouco nossa experiência.

Turistas na Montanha Colorida
Reprodução/Instagram 12.09.2023
Turistas na Montanha Colorida


Sempre que vamos ao Peru , com nossos grupos, chegamos numa terça-feira, e deixamos este passeio para o último dia da viagem (sábado), por conta da altitude!

São mais de 5 mil metros a nível do mar, sendo que a cidade de Cusco (que serve como cidade base para a viagem, está a 3.400), ou seja, a montanha colorida fica a mais 1.600 metros! Por isso é primordial que você deixe este passeio por último, e que você tenha, pelo menos, 3 dias completos para que seu corpo se adapte com a altitude do local.

A saída para este passeio é bem cedo, por volta das 3h30 da manhã, e a melhor forma de chegar lá é com um guia de turismo local, que te pega na porta de seu hotel em Cusco e te leva até a Reserva Nacional Ausangate, que fica a exatos 120 km da cidade de Cusco.

Como o percurso de van é demorado, a gente parou no meio do caminho para um café da manhã bem reforçado. Neste momento tudo que a gente sentia era fome e frio (muito frio!).

Café da manhã tomado, seguimos viagem até chegarmos no início da caminhada. Lá temos a opção de alugar um bastão para auxiliar na subida, ou até mesmo optar por subir de burro, mas como não somos nem um pouco a favor desta segunda opção (pois percebemos ali o quanto os animais sofrem tendo que lidar não só com a altitude, mas também com o peso da pessoa em cima dele), então optamos, obviamente, em fazer o percurso a pé, fazendo jus ao nome "Aventureiros".

Ah, e por falar em percurso, são cerca de 3km de ida, o que você pode nem achar muita coisa, mas devido a altitude, é quase humanamente impossível você conseguir caminhar rápido ou em uma velocidade considerada "normal", por isso andamos em passos bem lentos, e sempre parando, ora para ir ao banheiro (sim, existem alguns pontos de apoio ao longo do percurso), ora para comer algo, ou simplesmente para descansar mesmo!

A subida não é muito inclinada, com exceção do ponto mais próximo da chegada, o grande problema, realmente, é a danada da altitude, que deixa a gente totalmente sem ar e sem força para caminhar.

Por isso que não recomendamos este passeio para qualquer pessoa, e sempre orientamos as pessoas que pesquisem muito antes de fazê-lo e que vejam como o corpo tem reagido ao longo da viagem, no que diz respeito à altitude.

Já vimos pessoas de mais de 70 anos fazendo o passeio, e pessoas de 20 e poucos anos não aguentando. Não trata-se de idade, tampouco de preparo físico, até porque, como dissemos inicialmente, o percurso não é muito longo, a altitude, de fato, é o que pesa!

Precisamos confessar que pensamos em desistir no meio do caminho várias vezes! Mas o segredo ali é obedecer o seu corpo sempre! Cansou?! Então pare e descanse, e vá no seu ritmo! Não se sinta pressionado ao ver as pessoas passando sua frente...

Ao chegar próximo do ponto final, a subida – que até então não tinha grandes inclinações - ficou um pouco íngreme, e inclusive neste momento, o parque disponibilizou uma corda para que possamos nos apoiar nela, para auxiliar na subida.

Ali é o momento, que por mais cansado que você esteja, você diz: "Se eu cheguei até aqui, não vou desistir mais!". Dito e feito, após cerca de 1 hora e meia de percurso, chegamos no pico, e a recompensa é incrível e indescritível! A montanha parece uma pintura de tão perfeita!

Franklin David em Machu Picchu, no Peru
Reprodução/Instagram 12.09.2023
Franklin David em Machu Picchu, no Peru



Ah... mas outro ponto que precisamos alertar vocês é que, se acham que lá em cima terá apenas vocês e a paisagem, será muito pelo contrário, nós, inclusive, nos assustamos com a quantidade de pessoas e a fila para bater foto. Isso mesmo! Fila! E não era pequena!

Ficamos cerca de 1 hora nela, para conseguimos nossos registros de "aventureiro raiz", afinal de contas, a pessoa que chega lá no pico, é de fato, um aventureiro de verdade, então por isso, é praticamente obrigatório um registro fotográfico deste momento!

No retorno para Cusco paramos no mesmo local do café da manhã, só que desta vez para almoçar, e então seguir viagem. Chegamos de volta na pousada, em Cusco, às 17h00, cansados mais felizes!

E se pudéssemos escolher uma trilha sonora para aquele dia, seria a música do Cidade Negra "A Estrada": "Você não sabe o quanto eu caminhei para chegar até aqui!".



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