Perder um documento durante uma viagem pode causar diversos problemas para o viajante e o estudante universitário Gustavo Motax sentiu isso na pele. Ele foi viajar com um grupo de amigos de carro, mas o automóvel quebrou e a única opção era voltar de ônibus. O problema é que ele não conseguia embarcar porque não encontrava seu RG. Gustavo conta que foi deixado no destino pelos amigos, que precisavam voltar para trabalhar, e precisou resolver o problema sozinho.
A história de Gustavo faz parte da série especial do iG Turismo “Me Perregue de Viagem”, que já contou a história de Camila, que planejou uma viagem para o Caribe e acabou hospedada em uma oca com os índios, e de Thaís, que acabou casando com um “cafetão” holandês que conheceu durante uma viagem para a Europa. Agora, confira os perrengues do estudante que perdeu seu documento:
“Um belo dia fui viajar de São Paulo para São José do Rio Preto de carro com meus amigos. No caminho, o carro quebrou e passamos algumas horas torrando no sol, sem água e nem comida, até que conseguimos chegar na tal chácara. Ficaríamos três dias por lá, mas no segundo dia o carro quebrou de vez. Chegou o dia de virmos embora, tivemos que acionar o seguro, ou seja, teríamos que voltar de ônibus para casa, mas cadê meu RG?
Lascou tudo mesmo! Fiz um Boletim de Ocorrência, porém não era permitido embarcar só com a versão digital do BO. Meus amigos tinham que ir embora, pois iriam trabalhar no dia seguinte e eu tive que ficar lá sozinho para resolver isso.
Anoiteceu e, depois de muita, mais muita insistência, consegui embarcar em um ônibus. Estava vestindo uma bermuda e uma regata e esfriou muito. Voltei passando frio a viagem toda, meu joelho virou pedra, juro que me senti o Jack congelando no ‘Titanic’, saía até fumacinha da minha boca. Tinha uma mulher sentada do meu lado com dois cobertores e, claro, ela não ofereceu um.
Chegando em São Paulo, eu fui tentar levantar da poltrona do ônibus e cai de bunda no chão, estava sem forças nas pernas por causa do frio. Fui até o metrô mancando, cheio de dores e roxos pelo corpo. O detalhe que eu descobri depois é que o RG sempre esteve dentro de uma jaqueta. Eu não o perdi, só que coloquei o documento dentro da roupa e dentro da minha mala e ele acabou voltando com o carro quebrado no guincho”.