Em sete horas, o trajeto reúne experiências gastronômicas, históricas e de contato com a natureza. Tudo atravessando parte de uma das principais rotas turísticas do país, a Estrada Real, que começa em Minas Gerais e se divide entre Rio de Janeiro e São Paulo, contando um pedaço da história da colonização do Brasil.

A Estrada Real corta os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. O novo roteiro atravessa a cidade carioca
reprodução/ twitter @institutoer
A Estrada Real corta os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. O novo roteiro atravessa a cidade carioca

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Esta é a proposta de um novo roteiro pelo Estado do Rio, que sai da capital, passa pelo distrito de Secretário, em Petrópolis, terminando na Vila de Sebollas, em Paraíba do Sul. O trajeto da Estrada Real foi elaborado em parceria com diversos estabelecimentos da área e é coordenado e idealizado pelo chef Dann Matos, do bistrô Le Coq, uma das paradas gastronômicas do passeio, em Secretário.

"Queríamos colocar os visitantes em contato com os nossos fornecedores, não apenas porque são locais, mas porque têm produtos bem singulares", ele diz. "Além, é claro, de unir tudo isso com outras atrações da região".

O pacote para o roteiro completo, realizado aos sábados e com transporte de ida e volta da capital fluminense, sai a R$ 150 por pessoa. Mas, com todos os destinos estando a menos de três horas do Rio pela BR-040, o percurso pode ser acessado com facilidade em voo solo (mas vale sempre confirmar os horários de funcionamento e fazer reserva).

Um tour com degustações de vinho e cachaça

O novo roteiro pela Estrada Real tem algumas vinículas para atrair o gosto dos turistas
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O novo roteiro pela Estrada Real tem algumas vinículas para atrair o gosto dos turistas

A parada inicial do roteiro é na Vinícola Inconfidência, a primeira do Rio a produzir vinhos finos, em Secretário. Os visitantes podem conhecer a história e o processo de dupla poda, que permitiu que as uvas se adaptassem à região.

Ao final, a degustação é com algumas das variedades cultivadas, como Merlot e Syrah. O proprietário, José Cláudio Aranha, conta que demorou dez anos para ter a primeira safra, mas que nem mesmo as dificuldades naturais do terreno o fizeram mudar.

"Toda vez que eu quisesse visitar meu vinhedo teria que pegar avião? É ruim, hein? Decidi fazer aqui, na minha casa", brinca ele.

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A experiência sensorial por Secretário continua no Sítio da Dona Nika, que produz compotas e geleias, além de queijos artesanais. Os visitantes, é claro, não vão embora sem conhecer a produção e experimentá-la. As crianças vão se divertir observando as galinhas-d’angola e os patos que vivem por lá.

De uma visita a outra, a rota turística colonial passa por parte do Caminho Novo, primeira estrada do país, que começou a ser construída no século XVII e foi inaugurada em 1725, com 515 km de extensão. Nela, ficam as cachoeiras da Rocinha e do Rio Fagundes. Quem tiver tempo, pode ficar um pouquinho e se refrescar nas quedas d’água.

Seguindo o roteiro, chega-se a Paraíba do Sul, onde o próximo ponto de parada é o Alambique Dona Vania. Um tour pelo processo de produção termina com degustação (mais uma) de alguns dos diversos tipos de cachaças artesanais produzidos desde 2008. Além da tradicional, há versões de sabores diferentes, como de milho e de canela.

Na cidade, o Museu de Tiradentes, que remonta à história de Joaquim José da Silva Xavier, tem acervo com relíquias do mártir da Inconfidência Mineira. Outro ponto histórico é a Fazenda Ruínas, já na Vila de Sebollas, um parque arqueológico com o que restou das construções da época em que a estrada começou a ser feita.

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A última parada da Estrada Real é já no caminho de volta, passando novamente por Secretário, no Le Coq , que tem menu com entrada, prato principal e sobremesa. No roteiro, com transporte de ida e volta, o limite máximo é para 15 pessoas.

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