As Cavernas de Nerja, localizadas na província de Málaga, no sul da Espanha , são visitadas pelos seres humanos há mais de 41 mil anos, - 10 mil anos antes do que se pensava -, segundo pesquisadores da Universidade de Córdoba reveleram em um novo estudo para a revista "Scientific Reports".
Segundo as descobertas, nestas cavernas estão localizados os mais antigos registros de arte paleolítica da Europa. São no total 589 pinturas pré-históricas, que não estão disponíveis para a visitação por motivos de preservação. Os espaços também foram utilizados para ritos funerários na antiguidade.
As informações foram confirmadas com a utilização de técnicas de datação por carbono – que ainda não haviam sido utilizadas em estudos em cavernas – para determinar a idade das manchas de fuligem nas paredes e do carvão no chão - que são vestígios de incêndios e tochas.
A "arqueologia da fumaça", como foi chamada, conseguiu datar 53 das 68 amostras de radiocarbono encontradas nas cavernas espanholas. O estudo determinou que foram “35 mil anos de ocupação humana” e "pelo menos 73 fases de visitas, que vão do Paleolítico Superior à Pré-história recente".
Hoje em dia é possível realizar um passeio que dura 45 minutos, pela chamada "galeria pública", onde turistas podem admirar as formações de estalactites e estalagmites. O turismo nas cavernas de Nerja ocorre desde 1959 quando seus interiores foram "descobertos" enquanto cinco amigos procuravam por morcegos na região.
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