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"Skynest" da Air New Zealand

Profissionais de design das fabricantes de aeronaves e das próprias companhias aéreas, estão, ocasionalmente, anunciando mudanças em seus voos com o objetivo de oferecer mais conforto aos passageiros e convencer até os mais céticos de que viajar de avião não precisa ser um remédio amargo.

Dentre as novidades anunciadas no último ano, uma tendência se destaca: mais espaço para deitar e dormir e, quem sabe, um adeus aos polêmicos assentos do meio.

As propostas foram apresentadas em março nas indicações do prêmio Crystal Cabin Award (o Oscar do design de interiores da aviação) que comemorou o chamado “solução modulares" para a ampliação dos espaços dos viajantes.

Na cerimônia que acontecerá em junho e coroará o melhor do segmento em oito categorias; entre elas "conceitos de cabine" e "conforto de passageiro", deverão competir empresas aéreas como a American Airlines e a Air New Zealand, que anunciaram grandes novidades aos seus projetos durante 2022.

Em comum, elas têm a adoção de nichos ou "ninhos", que garantem mais privacidade ao passageiro, com maior espaço para as pernas e até a possibilidade de deitar-se totalmente na horizontal para dormir. A American Airlines, por exemplo, renunciou a uma parte de seus assentos para criar suítes com porta para quem embarcar, especialmente na classe executiva, a partir de 2024.

Nova proposta de cabine do Boeing 787-9 da American Airlines
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Nova proposta de cabine do Boeing 787-9 da American Airlines

Já o modelo da Air New Zealand, que também deverá chegar aos céus em 2024, foi mais ambicioso e colocou beliches a bordo com o seu "Skynest" na classe econômica, além de oferecer suítes com sofás para a executiva.

Ambos expandem o conceito dos "assentos-ninho" que já haviam sido anunciados pela Finnair em fevereiro de 2022 e competem pelos prêmios, mas o da aérea neozelandesa aprofunda uma proposta que pode sinalizar o futuro da aviação: os dois andares da cabine; como os famosos ônibus londrinos.

Assento
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Assento "ninho" da Finnair foi lançado na classe executiva em março de 2022

A ideia, aliás, já havia se destacado na edição do último ano do Crystal Cabin Award, em que os jurados destacaram o inovador projeto do jovem espanhol Alejandro Núñez Vicente, que criou o Chaise Longue: conceito em que a classe econômica da aeronave seria repleta de poltronas em dois níveis diferentes para melhor acomodar demandas por espaço.

Projeto
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Projeto "Chaise Longue" do jovem espanhol Alejandro Núñez Vicente

Em 2023, uma das propostas que concorrem ao prêmio também vem da Espanha, do escritório T36 Taller De Arquitectos. Sua multicabine é como uma matriosca, a famosa boneca russa recheada por miniaturas similares ao seu exterior. Por isso, o "corpo de seu avião" possui três distintas minicabines sobrepostas em seu interior; cada uma dela com duas fileiras.

Projeto da multicabine do escritório espanhol T36 Taller De Arquitectos
Divulgação/T36 Taller De Arquitectos
Projeto da multicabine do escritório espanhol T36 Taller De Arquitectos

O objetivo é eliminar o polêmico e, por vezes, tão detestado assento do meio, mas sem renunciar a ampliação do número de assentos dentro da aeronave. Outro aspecto inovador ficou por conta das janelas: parte delas seriam virtuais, projetando um exterior tranquilo para o conforto mental do passageiro que não tem acesso às laterais da aeronave.

O Crystal Cabin Awards acontecerá em 6 de junho, em Hamburgo, na Alemanha, e boa parte dos escolhidos pode começar a cruzar os céus a partir de 2024. Quanto ao futuro das viagens imaginado pelos indicados, resta aguardar para conferir se suas previsões mais criativas se confirmarão.

*Com informações de Nossa UOL. 

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