A Macau, região autônoma localizada na costa sul da China Continental (área do território chinês que exclui Macau e Hong Kong ), é um lugar único que se destaca entre os destinos orientais. O primeiro motivo, especialmente para nós brasileiros, é que a cidade tem conexão direta com o Brasil, uma vez que o português é um dos idiomas falados na Região Administrativa Especial (RAE) [como é chamada oficialmente] devido à colonização portuguesa.
E não é só o idioma que representa a heranças lusitanas presentes na região. Construções coloniais barrocas, gastronomia típica portuguesa, placas de rua escritas em português e um centro histórico que mescla o oriente com o ocidente, são marcas que destacam a RAE de outras regiões da China.
O segundo motivo que destaca Macau é porque a região é conhecida como “ Las Vegas do Oriente”, por ser recheada de cassinos, o que torna a busca por diversão um dos fatores decisivos para conhecer o destino. Por lá, o visitante também encontra templos religiosos católicos e budistas, grandes praças, monumentos, museus, entre outras milhares de atrações.
Não é à toa que a apresentadora brasileira Titi Müller já esteve presente em Macau, assim como o jogador inglês de futebol David Beckham.
Um pouco da história de Macau
Até meados do século 16, Macau era uma área ocupada exclusivamente por camponeses. Durante as grandes navegações, a região foi encontrada e ocupada por portugueses, que a transformaram em um importante entreposto aduaneiro e comercial.
A região permaneceu como colônia portuguesa por quatro séculos, até que a população local começou a se opor ao domínio lusitano a partir, especialmente, da década de 1960.
A "devolução oficial" do território ao controle chinês só ocorreu de fato no ano de 1999. Ficou acordado entre os países que Macau passaria por um período de relativa independência até 2049, o que a transformou em uma das duas RAE. Após o prazo, a região será definitivamente reintegrada à China.
Desde a sua "emancipação" do controle português, Macau vem gradativamente estabelecendo mais a cultura chinesa em seu território. Mesmo que o português seja falado na região, e que se encontre placas e documentos escritos na língua, estima-se que hoje em dia apenas 5% dos macaenses falem o idioma.
O que fazer em Macau?
Uma das principais atividades para se fazer em Macau são os cassinos, que estão espalhados entre milhares na região. Dentro desses estabelecimentos, os turistas, além de passarem a noite apostando, também podem se deliciar com restaurantes de alta gastronomia, espetáculos culturais, shows de fontes e de iluminação, entre outros atrativos.
De acordo com um ranking da Tripadvisor, esses são os 10 melhores cassinos de Macau:
- Casino at Venetian Macao
- Grand Lisboa Casino
- MGM Casino
- Lisboa Casino
- Macau (Yat Yuen) Canidrome
- Macau Palace (Floating Casino)
- Rio Casino
- Wynn Casino Macau
- Grand Waldo Casino
- Babylon Casino
Os mais famosos são o Grand Lisboa, o Wynn e o MGM, por serem redes conhecidas em todo o mundo. Eles ficam localizados em uma mesma avenida, lado a lado, o que facilita a visita a cada um.
Quem realmente quiser explorar este tipo de atividade, longe da região central macaense, é interessante visitar a Ilha de Coloane, onde estão os cassinos mais novos e ainda mais luxuosos da RAE, como o City of Dreams, o Sands e o Venetian.
Uma informação importante é que é proibida a entrada de menores de 21 anos nos cassinos, assim como ocorre em Las Vegas.
Para quem quer sentir as influências lusitanas em Macau, vale conhecer o Largo do Senado. Andando pela avenida Infante Dom Henrique, a 10 minutos do Lisboa Casino, o Largo faz o turista se transportar para cidades portuguesas e provoca uma interessante combinação entre estilos ocidentais e orientais.
Na grande praça estão edifícios históricos de estilo arquitetônico colonial, sendo um dos mais famosos a Santa Casa da Misericórdia, construída em 1569. O visitante vai poder ainda caminhar pelas calçadas feitas com os tradicionais azulejos portugueses.
Um fato curioso é que ainda quando Macau era colônia, o local servia de palco para encontros públicos e manifestações culturais - como ainda ocorre hoje em dia.
As Ruínas da Igreja de São Paulo são outro atrativo turístico que está entre os mais procurados de Macau. O
templo religioso
, que fica localizado ao final do Largo do Senador, foi construído no século 17 e foi, por muito tempo, a maior igreja católica da Ásia.
Sua ruína ocorreu quando a estrutura foi acometida por um grande incêndio causado por um tufão no século 19. A única parte que permaneceu intacta foi a fachada, que segue preservada e se tornou ponto turístico do centro histórico de Macau.
Ainda há um museu, do "lado de dentro" da fachada, que expõe itens de arte sacra e objetos que pertenceram a mártires religiosos chineses.
Ao lado das Ruínas da Igreja de São Paulo está a Fortaleza de São Paulo do Monte, conhecida como Fortaleza do Monte, um ótimo ponto para quem busca visitar lugares que contam a história do destino de viagem.
O antigo forte militar foi construído pelos portugueses para proteger a, agora, região autonôma chinesa. Atualmente, o monumento está desmilitarizado e foi incluído na Lista do Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco.
Os canhões usados para a proteção da cidade ainda podem ser vistos na Fortaleza, e o visitante que vai até o local tem também a oportunidade de visitar um museu e um mirante com uma vista privilegiada de toda a cidade.
Já a Torre de Macau é definitivamente uma das atrações para os amantes de aventura. Considerado um dos mais altos do mundo, o edifício foi inaugurado em 2001 e tem mais de 338 metros de altura.
No topo da Torre há um observatório que os visitantes se deslumbram com uma visão em 360° da cidade. Também é possível passear pela plataforma de vidro e se jogar, literalmente, pelo bungee jumping. Com toda a certeza será uma das atividades em terras macaenses que o turista nunca vai se esquecer!
Os templos também são atividades comuns para se fazer em Macau e que trazem um pouco mais da cultural oriental da região autonôma. Um deles é o Na Tcha, construído em 1888 para homenagear o deus-criança da guerra homônimo.
Há também uma crença que conta que, além de homenagear o deus, o templo foi erguido para acabar com a peste que assolava a região durante o século 19.
O espaço religioso fica situado próximo às Ruínas de São Paulo. É um edifício pequeno com estilo arquitetônico tradicional chinês, incluindo figuras de animais retratadas nas paredes.
Mais um templo que vale a visitação é o A-Má, um dos mais antigos de Macau e que foi construído para homenagear a deusa do mar homônima.
Localizado no Porto Interior, a data da construção do templo é incerta, mas estima-se que ele já estava erguido antes mesmo da cidade de Macau ter "nascido", ainda no século 15.
Pescadores chineses locais teriam construído o templo para adorar a deusa protetora dessa classe de trabalhadores e dos marinheiros. Ela também é conhecida como Tin Hau, Mazu e Matsu.
Quando ir a Macau?
Durante as estações mais quentes, de maio a setembro, as temperaturas em Macau se elevam e o clima fica mais chuvoso. Os termômetros podem chegar aos 31°C, especialmente no pico do verão, entre julho a agosto.
Os invernos em Macau, de dezembro a março, por sua vez, são mais amenos, sem chuva ou neve, como se espera de regiões do hemisfério norte. As temperaturas variam entre 10°C e 18°C.
Para quem quer conhecer Macau com tranquilidade, as melhores épocas do ano são as das estações intermediárias: o outono - de outubro a dezembro -, e a primavera - de março a abril. Nesses períodos praticamente não chove e as temperaturas estão mais agradáveis durante quase todo o tempo.
Outra informação importante é que Macau não exige visto de turistas brasileiros para viagens com duração máxima de 30 dias. Os documentos solicitados são o passaporte válido, comprovante de hospedagem e passagem de volta, além das condições financeiras para se manter na região durante a viagem.
É possível chegar na RAE saindo do porto de Hong Kong, em um trajeto que leva entre 40 minutos a uma hora. Macau também tem um aeroporto internacional que recebe voos domésticos e de países como Tailândia e Singapura , mais próximos da fronteira.
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