Três filhos do casal canadense Edith Lemay e Sebastien Pelletier sofrem de retinite pigmentosa.
Reprodução/Instagram @pleinleursyeux 13.09.2022
Três filhos do casal canadense Edith Lemay e Sebastien Pelletier sofrem de retinite pigmentosa.

O casal canadense Edith Lemay e Sebastien Pelletier resolveu encarar uma aventura por amor aos filhos. Aos quatro anos, a filha mais velho do casal, Mia, foi diagnosticada com retinite pigmentosa, condição genética rara que causa perda ou declínio da visão com o passar dos anos.

Outros dois dos quatro filhos do casal, Colin e Laurent, com sete e cinco anos agora respectivamente, também foram diagnosticados com a condição. Apenas Leo, de nove anos, não apresenta sintomas da doença.

Para atenuar as restrições que o distúrbio trará à vida dos filhos, o casal resolveu levá-los para uma volta ao mundo antes que eles não pudesse ter a oportunidade de enxergar as belezas ao redor do planeta.

“Não sabemos o quão rápido isso vai acontecer, mas esperamos que eles fiquem completamente cegos na meia-idade”, disse Lemay em entrevista à CNN.

A ideia de realizar as viagens veio após o médico que diagnosticou Mia ter orientado o casal a ajudar a filha a absorver memórias visuais.

“Pensei: ‘Não vou mostrar a ela um elefante em um livro, vou levá-la para ver um elefante de verdade, e vou encher a memória visual dela com as melhores e mais belas imagens que puder”, explicou a mãe na entrevista.


“Com o diagnóstico, temos uma urgência. Há ótimas coisas para fazer em casa, mas não há nada melhor do que viajar. [O benefício] Não é só a paisagem, mas também as diferentes culturas e pessoas”, acrescentou Pelletier.

Com os planos de viagem, o casal logo começou a tentar acumular economias, mas como obra do destino, eles receberam um "presente". A empresa onde o pai trabalhava foi vendida e ele tinha ações compradas, o que garantiu o dinheiro necessário para a realização do plano.

“Foi como um pequeno presente da vida, tipo, aqui está o dinheiro para sua viagem", disse Lemay à CNN.



Itinerário

O roteiro original estava previsto para julho de 2020 e incluía passagens pelo Rússia, por terra, e China, mas a pandemia alterou a organização. A partida só aconteceu em março deste ano e, desta vez, a família não tinha muitos planos de destinos já organizados.

“Na verdade, saímos sem itinerário. Tínhamos ideias de onde queríamos ir, mas planejamos à medida em que viajamos. Talvez sempre um mês à frente”, contou a mãe.


A viagem começou pela Namíbia, país no sudoeste da África, e depois seguiu para Zâmbia e Tanzânia. Depois do continente africano, a família foi para a Ásia e visitou Turquia, Mongólia e Indonésia.

“Estamos focando em pontos turísticos. Também estamos focando muito na fauna e na flora. Vimos animais incríveis na África, mas também na Turquia e em outros lugares", explicou o pai na entrevista, que acrescentou: “Então, estamos realmente tentando fazê-los ver coisas que não teriam visto em casa e ter as experiências mais incríveis”.


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