Por 70 anos, Elizabeth II foi o rosto primordial do Reino Unido em todo o mundo. E junto com a popularidade da rainha, que morreu nesta quinta-feira, aos 96 anos, cresceu também o interesse por tudo o que diz respeito à família real britânica. E uma das maneiras de se conseguir chegar perto da intimidade da realeza é visitando seus endereços oficiais, como castelos e palácios, espalhados por Inglaterra e Escócia.
O mais famoso, claro, é o Palácio de Buckingham, a sede oficial da monarquia, em Londres. Mas há outros endereços fundamentais, como os castelos de Windsor, nos arredores da capital, e o de Balmoral, na Escócia, onde a rainha passou seus últimos dias.
Mas vale lembrar que, por conta do luto oficial de 14 dias pela morte de Elizabeth, os palácios reais fecharam suas portas temporariamente à visitação. O retorno das atividades turísticas será anunciado em breve no site do Royal Collection Trust ( rct.uk ).
Veja, a seguir, como visitar sete endereços oficiais da família real britânica no Reino Unido:
Palácio de Buckingham (Londres, Inglaterra)
Cartão-postal por excelência de Londres, Buckingham é, desde 1837, a residência oficial do monarca britânico. Foi o lugar onde Elizabeth II passou a maior parte de seu tempo enquanto rainha da Inglaterra. O palácio, construído em 1703, é o palco dos eventos oficiais da Coroa, como as posses dos primeiros-ministros e as recepções de governantes e chefes de Estado do mundo inteiro.
Ocupando uma área de 77 mil metros quadrados e com 775 cômodos (entre eles, 52 quartos reais e de hóspedes, 92 escritórios e 78 banheiros), o palácio costuma atrair turistas às suas grades, de onde se vêm as tradicionais trocas de guarda. Mas é possível visitar parte de seu interior durante o verão e parte da primavera no Hemisfério Norte, com ingressos que custam 30 libras esterlinas e que podem ser comprados pelo site do palácio.
Palácio de Kensington (Londres, Inglaterra)
Esse palácio do século XVII, num dos bairros mais elegantes de Londres, não é exatamente relacionado a Elizabeth II, mas sim a seus netos Wiliam e Harry, que cresceram ali com a princesa Diana. Até por causa disso, a propriedade é uma das mais populares entre quem visita a capital britânica. O parque e os jardins são ótimos lugares para passeios e atividades ao ar livre.
William e Kate Middleton - oficialmente duque e duquesa de Cambridge - e seus filhos atualmente são os moradores mais ilustres do palácio, que abriga outros membros da família real. A ala residencial da propriedade, evidentemente, é fechada ao público.
A área interna visitável, no entanto, funciona como um museu, com com exposições históricas sobre a monarquia inglesa, e salões usados para exibições temporária, sempre voltadas para a família real - atualmente, há uma sobre a infância da rainha Vitória, mas já houve, por exemplo, uma com as roupas de Lady Di. A visitação acontece durante o ano todo, com ingressos a partir de 20 libras (pelo site ).
Castelo de Windsor (Windsor, Inglaterra)
Ocupado há mais de 900, esse castelo com jeitão medieval batiza a atual casa real da Inglaterra (a família, antes de 1917, se chamava Saxe-Coburgo-Gota, com origens germânicas, o que não pegava bem em pleno contexto da Primeira Guerra Mundial, na qual alemães e ingleses se encontravam em lados opostos. Nos arredores de Londres, ele era a residência de fim de semana de Elizabeth II, e foi lá onde ela se isolou durante os momentos mais severos da pandemia de Covid-19.
Aberto praticamente o ano inteiro para visitação, o castelo é uma das atrações mais populares entre os turistas interessados em história do país e da família real. Diversos cômodos podem ser visitados, entre salões de jantares enormes e apartamentos de Estado suntuosos. Entre os pontos mais populares estão a Capela de São Jorge (onde o príncipe Harry se casou com Meghan Markle, em 2018) e a Casa de Bonecas da rainha Maria. Os ingressos começam em 26 libras e são vendidos pelo site oficial.
Sandringham House (Sandringham, Inglaterra)
Adquirida pela família real em 1862 e reconstruída entre 1870 e 1892, essa casa de campo fica no condado de Norfolk, cerca de 160 quilômetros ao norte de Londres, e é, tradicionalmente, refúgio de inverno dos monarcas ingleses. Elizabeth II tinha uma grande ligação com a propriedade. Tanto seu avô, George V, quanto seu pai, George VI, morreram na propriedade.
Foi de lá, por exemplo, que Elizabeth II fez a primeira transmissão de mensagem de Natal televisionada da história da coroa britânica, em 1957 - o salão, com a decoração praticamente original da época, eventualmente é aberto à visitação.
A propriedade fica dentro de uma fazenda ainda produtiva. Partes da mansão, incluindo seus jardins, costuma ser aberta à visitação na maior parte do ano, exceto no final do outono e no inverno do Hemisfério Norte, quando voltava a ser de uso exclusivo da monarca. A visita custa 23 libras ( sandringhamestate.co.uk ).
Castelo de Balmoral (Ballater, Escócia)
De todos os CEPs de Elizabeth II, dizem que seu preferido era o de Ballater, no interior da Escócia, a cerca de 160 quilômetros de Edimburgo. É lá que fica o Castelo de Balmoral, refúgio de verão da monarca, adquirido por seu tataravô, o príncipe Albert, marido da rainha Vitória, em 1862. A propriedade, de 200 quilômetros quadrados no total, garante não apenas um clima rural muito apreciado pela monarca, mas um isolamento providencial para quem sempre viveu cercada por olhares.
As origens do castelo remontam ao século XIV, mas sua forma atual foi concluída na década de 1850. É essa construção que os visitantes podem ver em datas selecionadas. Atualmente há duas formas de visitar o castelo. A mais simples ( Balmoral Estates ) é um tour pela construção, em áreas como salão de baile, salas de exposição e jardins, e custa 16,50 libras. A mais completa ( Balmoral Expedition ) inclui uma excursão por parte do terreno, com caminhadas por trilhas aos pés de montanhas e bosques cheios, com direito a observação da fauna local, a 300 libras por pessoa. Para 2022, há vagas para visitas nos meses de outubro, novembro e dezembro.
Palácio Holyroodhouse (Edimburgo, Escócia)
Também conhecido simplesmente como Holyrood, esse palácio é o endereço oficial da família real na capital escocesa. Era para lá que Elizabeth ia quando tinha agenda oficial no norte da ilha, como os encontros com os primeiros-ministros escoceses, por exemplo. Construído no século XII como um monastério, passou por muitas transformações e teve papel central na política escocesa ao longo dos séculos, sendo sede da coroa daquele país antes de sua unificação com a Inglaterra.
A propriedade costuma estar aberta ao público na maior parte do ano. Nele, os visitantes podem apreciar um grande conjunto de arte barroca, móveis e tapetes de diversos períodos e uma coleção de 96 quadros de membros da família real. As ruínas da Abadia de Holryood, palco de coroações durante a Idade Média e cerimônias religiosas até nos tempos de Elizabeth II, também é uma atração de peso. Os ingressos custam 17,50 libras e devem ser comprados pelo site oficial.
Castelo de Hillsborough (Hillsborough, Irlanda do Norte)
Quando precisam viajar para a Irlanda do Norte, os membros de alto escalão da família real têm um endereço certo: o Castelo de Hillsborough, a cerca de 20 quilômetros da capital, Belfast. A propriedade em estilo georgiano, construída no século XVIII, funciona também como residência oficial do Secretário de Estado da Irlanda do Norte, o responsável pelo governo local, apontado diretamente por Londres.
O castelo é muito conhecido por seus belíssimos jardins, que cobrem uma área de 40 hectares e são compostos por paisagens variadas, dos canteiros de flores ornamentais a bosques. A visita, liberada durante quase todo o ano, inclui também os Salões de Estado, ricamente decorados e que ajudam a contar um pouco da história da Irlanda do Norte e sua relação com a Coroa britânica. A entrada para o castelo e os jardins custa 15,25 libras ( hrp.org.uk/hillsborough-castle ).
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