Na semana passada , o serviço online de hospedagem comunitária Airbnb anunciou que levaria turistas para passar uma noite na Muralha da China. No entanto, o anúncio gerou controvérsia no país oriental, o que acabou resultando no cancelamento do projeto e fim do sonho dos viajantes de ficarem hospedados em uma das sete maravilhas do mundo .
Na rede social chinesa Weibo, semelhante ao Twitter, usuários compartilharam suas insatisfações sobre o projeto na Muralha da China . “Não importa como está sendo reportado na mídia, nada esconde o fato de que o projeto é organizado por uma empresa privada que, sem dúvidas, irá degradar e trazer prejuízos para um monumento antigo”, escreveu um internauta chinês.
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Segundo informações do “South China Morning Post”, a comissão de cultura do distrito de Yanqing, onde está localizada a seção da Muralha em que aconteceria o projeto, disse em nota que não estava ciente do evento e que não foi dada nenhuma autorização para que ele acontecesse.
Declaração do Airbnb sobre a noite controversa na Muralha da China
O projeto fazia parte do programa “Uma Noite em”, em que a empresa seleciona pessoas para se hospedarem em algum lugar inusitado, como um aquário de tubarões e até o estádio do Maracanã. O Airbnb confirmou em declaração que a noite na Muralha foi cancelada diante da controvérsia gerada pelo projeto.
“Nós estávamos animados para promover a Muralha e patrimônio cultural chinês com o programa ‘Uma Noite em’. Mesmo que um acordo tenha sido feito para que pudéssemos anunciar o evento na China, respeitamos as críticas que recebemos”, diz a empresa em comunicado. “Nós decidimos não levar o evento adiante e trabalhar em outras experiências que possam acontecer no país”, acrescenta.
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“Um dos nossos objetivos com o evento ‘Uma Noite na Muralha da China
’ era ressaltar como cada um de nós pode fazer parte da preservação uma das sete maravilhas do mundo. Nós fizemos parcerias com especialistas para educar as pessoas sobre o patrimônio e conscientizar sobre a proteção. Se você se inscreveu, pedimos desculpas e entraremos em contato para próximas experiências na China”, finaliza o comunicado.