Para quem gosta de passeios históricos, é possível fazer um roteiro digno da realeza e conhecer alguns dos principais castelos na Europa . Existem países repletos desses monumentos, de diferentes épocas e com diferentes aparências, abertos para turistas. Então que tal basear seu roteiro em castelos da próxima vez que for para a França, Alemanha ou Romênia, por exemplo?
Construções originárias da época medieval, os castelos na Europa tinham o propósito de proteger a população, que se abrigava dentro de seus muros, mas serviam de lar para as famílias ricas, não apenas os reis. Mas, claro, quanto mais dinheiro, maior o castelo - que, inicialmente, não precisava ser bonito, já que tinha função prática, apenas.
Com o passar do tempo, além de proteção, os castelos passaram a ter função social também, sendo uma forma de os ricos ostentarem seu poder e dinheiro. Assim, as construções foram ficando maiores e mais bonitas, virando verdadeiros palácios.
Indicações de castelos na Europa para conhecer
Se a ideia de visitar castelos na Europa parece interessante, nós listamos sete países com informações sobre alguns de seus principais monumentos medievais para você conhecer. Confira abaixo.
França
A França foi governada por monarcas durante séculos, sendo assim um dos países com mais castelos e palácios. Como muitos serviram como “casa de campo” dos reis, já que o lar oficial da monarquia francesa era o Palácio de Versalhes, neles predomina o luxo, conforto e lazer.
Um desses castelos de passeio é o Chambord, no Vale do Loire, conhecido por ser um dos mais belos de toda a França. Às margens do rio Loire, foi construído no século 16 a mando do Rei Francisco I e é patrimônio mundial pela Unesco.
Outra construção interessante, também no Vale do Loire, é o castelo de Chenonceau, que é, literalmente, uma ponte. Ele era considerado um edifício feminino e, por conta de suas diversas proprietárias, recebeu o nome popular de Castelo das Damas. Uma de suas donas mais emblemáticas foi Diane de Poitiers, amante do rei Henrique II, que criou um jardim e um pomar pelas terras ao redor do castelo.
No norte do país, um dos castelos imperdíveis é o de Chantilly. Diferentemente das construções do Vale do Loire, que são pouco mobiliadas, o de Chantilly é um verdadeiro museu, com um acervo que conta com pinturas, livros e arquivos antigos. O castelo também é famoso por seus jardins, similares ao do Palácio de Versalhes.
Por falar em Palácio de Versalhes, esta é uma parada que não pode faltar em nenhum roteiro de reis pela França. O castelo subtituiu o Palácio do Louvre, em Paris, como a morada da família real na cidade de Versalhes. Lá, é possível visitar seus jardins, a capela e a Galeria dos Espelhos, onde foi assinado o Tratado de Versalhes, que pôs fim à Primeira Guerra Mundial.
Escócia
Com aspecto mais austero, os castelos medievais na Escócia tinham como função primária serem fortalezas - como é o caso do castelo de Edimburgo, localizado no topo de uma rocha vulcânica, Castle Rock, que, além de base militar, serviu de prisão. Atualmente ele abriga as joias da coroa escocesa e o museu de guerra do país.
Outro castelo emblemático da Escócia é a o Eilean Donan, que data do século 13, e fica na pequena ilha de Donan. Inicialmente apenas uma fortificação, o castelo passou por algumas restaurações, a última em 1911. Turistas podem conhecer a construção, classificada como a mais bela do tipo no país.
A última parada imperdível do roteiro de reis pela Escócia é o Dunottar Castle, ao sul de Stonehaven, construído a partir de um simples forte do século 3. O monumento serviu de inspiração para filmes como a animação “Valente”, o drama “Hamlet” e até o filme “Victor Frankenstein”.
Irlanda
Entre construções em ruínas, restauradas ou perfeitamente preservadas, estima-se que a Irlanda tenha cerca de 400 castelos. Sendo muitas propriedades particulares, heranças de famílias, ainda existem pessoas que vivem nos castelos irlandeses.
O castelo Malahide é um desses lugares. Pertencente à família Talbot desde 1175, ele é aberto a turistas que, além do edifício em si, ainda podem conhecer seus jardins. Para a criançada, a atração conta com uma “trilha das fadas” interativa e com monitores fantasiados para divertir os pequenos.
Outro ponto imperdível é o castelo de Dublin que, além de fortaleza e prisão, já serviu como casa do tesouro e da justiça, e sede da administração inglesa até 1922. Hoje, além de aberto para turistas, ele sedia eventos e jantares oficiais do governo irlandês.
Considerado um dos mais espetaculares castelos na Europa, o Kilkenny data de 1190 e é uma referência em arquitetura. Como ele foi sendo restaurado e recebeu diversas adições ao longo dos anos, sua estrutura contém referências de diversos estilos arquitetônicos. Ele também expõe uma parte do acervo da Galeria Nacional de Arte da Irlanda.
Alemanha
A Alemanha deve se um dos países com mais castelos na Europa, e provavelmente com os mais famosos. O mais conhecido de todos é o castelo de Neuschwanstein, que serviu de inspiração para a criação dos cenários de clássicos das princesas da Disney, como “Cinderella” e “A Bela e a Fera”.
Outro bastante conhecido é o de Eltz, que pertence à família Kempenich há mais de 800 anos. Por ser uma propriedade particular, a visita ao castelo só é feita por meio de um tour guiado disponível apenas em inglês ou alemão.
E os monumentos emblemáticos não param por aí: quem nunca ouviu falar da história do monstro de Frankenstein, personagem de terror de Mary Shelley? O monstro era a criatura do Dr. Viktor Frankenstein feita a partir de partes de diferentes cadáveres.
Pois bem, a família Frankenstein realmente foi dona de um castelo construído por volta dos anos 1.200. Diferentemente de Eltz e Neuschwanstein, este não é tão suntuoso e algumas de suas partes estão em ruínas - mas a visita ainda vale à pena.
Para quem, além de conhecer um lindo edifício, quer apreciar uma boa vista, vale incluir o castelo de Marksburg no roteiro. Localizado no topo de uma colina, logo acima da cidade de Braubach às margens do rio Reno, não foi destruído por nenhuma guerra, apesar de extensões e modificações terem sido feitas à estrutura ao longo dos anos, já que o Marksburg foi usado como fortaleza e prisão por muito tempo.
A última parada do roteiro de reis pela Alemanha deve ser o castelo de Ettlingen, cuja aparência é muito diferente dos outros quatro, pois sua arquitetura teve influência renascentista e barroca. É por isso que ele não conta com grandes torres, nem é incrivelmente grande. O grande trunfo, contudo, do castelo de Ettlingen é seu interior: recoberto por afrescos e pinturas renascentistas.
Romênia
Para quem vai à Romênia, visitar alguns castelos não pode faltar no roteiro. Em sua maioria construídos em estilo renascentista alemão, isto é, com linhas horizontais e verticais adornando as fachadas, eles se diferem de outros castelos na Europa.
O Castelo de Bran, ou o castelo do Drácula , é uma parada imperdível. Dizem que foi nesse castelo que Bram Stoker se inspirou para criar a morada do conde Drácula que, por sua vez, foi inspirado no monarca Vlad Tepes, o impalador.
Mas tanto Bram Stoker, quanto o rei romeno nunca nem pisaram em Bran. Atualmente, o monumento funciona como um museu e ao seu redor foi até reconstruída uma vila medieval, para simular a época.
Considerado por muitos como o mais bonito dos castelos na Europa, o castelo de Peles é obrigatório em qualquer roteiro de reis. Localizado também na região da Transilvânia, ele está mais para um palácio e tem todos os seus detalhes de arquitetura e decoração muito bem conservados.
Por ter sido habitado pela realeza e recebido líderes do mundo todo ao longo dos séculos, ele é bastante luxuoso, contando até com pinturas e afrescos do famoso pintor austríaco Gustav Klimt.
Para completar o roteiro na Romênia está o castelo de Hunedoara, também conhecido como Corvin. De estilo gótico, o castelo também conta com uma mostra de folclore romeno. Além disso, ele é um dos monumentos mais baratos de se visitar.
Espanha
Na Espanha, além dos castelos medievais da época dos reis católicos, interessante mesmo são as construções de influência moura e muçulmana, já que o país esteve sob domínio árabe durante séculos.
A Alhambra, por exemplo, um complexo de construções árabes na cidade de Granada, conta com diversos palácios - todos abertos para turistas. O complexo foi criado para funcionar como uma mini-cidade, independente do resto de Granada, e, por isso, possui várias outras construções, além de lindas fontes, praças e jardins.
Ainda na região de Granada há o castelo de San Miguel. O interessante dessa visita é que o local se propõe a oferecer para o turista a verdadeira experiência medieval, com torneios de cavaleiros, um banquete, música típica e espetáculos de dança - ideal para conhecer com a criançada.
Mesclando o estilo gótico medieval com o estilo mudéjar, árabe, há o Castelo de Coca, em Segovia. Monumento nacional, seu estilo arquitetônico é mais tradicional, mas foi feito de tijolos, ficando com o tom avermelhado característico de edifícios árabes. O castelo também tem pinturas e mandalas geométricas típicas da arte mudéjar.
Inglaterra
Junto com a Alemanha, a Inglaterra é outro país que conta com uma das maiores variedades de castelos na Europa. Provavelmente o mais famoso deles é a Torre de Londres, parada imperdível para qualquer um que visita a Inglaterra. Construída às margens do Rio Tâmisa, em 1078, já funcionou como prisão, local de execuções e torturas, e Casa da Moeda. Hoje abriga as Joias da Coroa e foi classificado como patrimônio mundial pela UNESCO.
O castelo de Lincoln também é outra atração que não pode deixar de ser visitada. Localizado na pequena cidade de Lincoln, onde também há a Catedral de Lincoln, segunda maior igreja do país, o monumento é uma grande fortaleza, com jardins e construções diversas. Para quem é fã de séries, o local serviu de cenário para o drama histórico “Downtown Abbey”.
Outro monumento icônico é o castelo de Windsor, palácio favorito da rainha. O local funciona como residência real desde sua construção, nos anos mil, e é uma combinação de cidadela, fortaleza e palácio. Uma atração interessante lá é a exibição da coleção de casas de bonecas da rainha Mary, avó da rainha Elizabeth II.
Para um passeio em família, uma visita ao castelo de Warwick não pode faltar. Tipicamente medieval, ele foi comprado pelo grupo Tussauds, o mesmo dos museus de cera, e, por isso, conta com bonecos de cera trajando as roupas da época, além de oferecer espetáculos com atores recriando histórias do período medieval.
O roteiro de reis da Inglaterra ainda não terminou. Um dos mais antigos castelos na Europa, O Castelo, Newcastle, como é chamado é uma parada imperdível. Existente desde o tempo dos romanos, quando possuía o nome de Pons Aelius, foi um dos mais destruídos por guerras e disputas territoriais. Hoje só sobraram algumas torres que podem ser visitadas por turistas. Em uma delas, ocorrem sessões de contação de histórias de terror medievais.
Por fim, vale ir conhecer o castelo de Dover, localizado às margens do canal da Mancha, onde a Inglaterra fica mais próxima da França, e, portanto, de onde vinham a maioria das tentativas de invasão ao Reino Unido. Durante a Segunda Guerra Mundial, o castelo foi usado como base e por isso, além de estar repleto por passagens subterrâneas, ainda conta com os equipamentos de artilharia antiaérea.
Lá é possível fazer tours temáticos que explicam a importância do local nas diferentes guerras e batalhas, como a de Dunquerque, cuja história foi adaptada para o cinema, em que a Inglaterra precisou evacuar suas tropas aliadas da costa francesa. Também há atividades lúdicas e teatro para as crianças.
Agora que você conhece vários castelos na Europa , escolha seu roteiro de reis preferido e vá curtir. Lembramos, porém, sempre checar os horários de funcionamento das atrações e a necessidade de comprar ingressos com antecedência.