Na hora de escolher o destino certo para a viagem, é sempre importante pensar se o lugar vai receber todos os turistas de braços abertos, principalmente quando se trata de pessoas LGBT. Infelizmente, por diversos motivos, nem todos os destinos são abertos para receber turistas da comunidade, o que pode acabar com a viagem .
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Mesmo que alguns locais ainda não sejam tão amigáveis quando o assunto é diversidade, há, sim, destinos que têm pessoas e estabelecimentos dispostos a receber todos de braços abertos. No mês do orgulho LGBT, conheça dez locais em que as pessoas podem ser quem querem ser, independente da sexualidade ou do gênero, listados pela editora de guia de viagens "Lonely Planet":
1. Copenhague, Dinamarca
A Dinamarca fez história ao se tornar, em 1989, o primeiro país a reconhecer registros de uniões entre pessoas do mesmo sexo. Sua capital, Copenhague, é o lar do bar gay mais antigo da Europa, o Centralhjornet, que celebrou seus 100 anos em 2017. A capital também tem uma comunidade bem tolerante quando se trata de moda, com um ótimo leque de boutiques “friendly” ( em português, "amigável").
Além disso, com quase 106 metros de altura, a torre da prefeitura é um dos prédios mais altos da cidade e, em 2014, a praça conectada à torre ganhou o nome de “Rainbow Square” (em português, “praça do arco-íris”), em reconhecimento à luta dos direitos iguais.
2. Nova Zelândia
A Nova Zelândia é um país que tem se destacado por suas políticas inclusivas para a comunidade. Em 1998, a nação se tornou a primeira a adotar o rótulo de “gay/lesbian-friendly” ("amigável com gays/lésbicas" em tradução livre), uma iniciativa que, hoje, é reconhecida ao redor do mundo.
Após ter aprovado o casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2013, a Nova Zelândia tem promovido ativamente o turismo para que as pessoas se casem por lá, sejam elas turistas ou moradores de países próximos. Além disso, o país também oferece uma grande rede de hospedagens inclusivas.
3. Toronto, Canadá
A cidade de Toronto, no Canadá, também se consagra como um centro para o viajante queer na América do Norte. O Canadá por si só já é a nação mais avançada nas Américas quando se trata da comunidade.
O The Village, por exemplo, é uma cabana cultural repleta de galerias, teatros e outros serviços direcionados ao público diversificado. Toronto também é lar de eventos que representam o orgulho LGBT, como a Pride Week Celebrations, a Pride March e a Dyke March, além de ter um centro de casamentos LGBT estabilizado.
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4. Palm Springs, Estados Unidos
A aproximadamente 160 km de Los Angeles, Palm Springs é um paraíso para os amantes de muito sol e também para os visitantes queer. A cidade disponibiliza ao viajante uma programação completa de atividades ao ar livre, com restaurantes, lojas e bares em piscinas. Palm Springs também oferece hospedagens exclusivamente masculinas ou femininas, e muitos dessas são “clothing-optional”, ou seja, naturalistas.
5. Sitges, Espanha
A cidade na costa de Sitges fica a apenas 35 km de Barcelona e é lar da primeira balada gay disco da Espanha, inaugurada em 1980. Hoje, o local é um dos quatro maiores destinos recomendados para turistas da comunidade entre outras cidades europeias. Suas praias também são “clothing-optional", em alguns pontos, além de ter um calendário de eventos voltado para a comunidade.
6. Escíato e Míkonos, Grécia
Desde quando Jackie Onassis, ex-primeira dama dos Estados Unidos, começou a visitar a Grécia em 1970, muitos homens gays têm se dirigido para lá buscando o glamour do famoso sol do Mediterrâneo. As praias, as águas límpidas e até as montanhas e florestas de Escíato são uma experiência diferente e mais tranquila para um turista LGBT.
7. Berlim, Alemanha
Berlim é o lado "sexualmente selvagem" da Alemanha, cidade onde muitos fetiches podem ser realizados. A capital do país tem um histórico inclusivo com LGBTs desde seus “anos de ouro” em 1920. Os distritos de Schoneberg, onde acontece a parada gay, Kreuzberg e Prenzlauerberg oferecem um leque diversos de clubes, baladas, bares e restaurantes inclusivos.
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8. Nova York, Estados Unidos
As rebeliões de Stonewall, em Nova York, que ocorreram no final dos anos 60 são sinônimo do nascimento do movimento atual pelos direitos LGBT, e as comunidades nova-iorquinas são bem inclusivas, principalmente nos bairros de West Village, Chelsea e Hell’s Kitchen. A cidade também está cheia de pontos de referência LGBTs, como a rua Christopher, que tem vários lugares queer, a escola segura para LGBTs Harvey Milk School e, é claro, os musicais da Broadway.
9. Reykjavík, Islândia
Reykjavík, capital da Islândia, é descrita como um dos lugares mais amigáveis e inclusivos do mundo. Em 2017, a cidade hospedou sua 19ª parada gay, uma das mais antigas da Europa e o país tem uma das legislações mais progressistas do mundo; em 2006, casais do mesmo sexo foram concedidos direitos iguais aos dos heterossexuais. O roteiro por lá é recheado de paisagens paradisíacas, com cachoeiras, vulcões adormecidos e lagos.
10. Montevidéu, Uruguai
Diante da ascensão de muitos partidos conservadores na América do Sul, Montevidéu pode até parecer um destino controversa na lista, mas o Uruguai, menor país do continente, é o mais progressista deles. Em 2013, o país foi o segundo latino-americano a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e a homossexualidade foi descriminalizada em 1934. Com uma mentalidade mais aberta, a capital é recomendada para viajantes LGBT que querem passeios tranquilos.