Em nossa passagem pela Ásia estava no roteiro uma visita a maior cidade do Vietnã, Ho Chi Minh . Você pensava de Cochinchina era apenas uma força de expressão? Não é não... É assim que essa região é conhecida. E podemos dizer que nosso passeio por lá nos surpreendeu de uma maneira bastante positiva e que vale incluir uma volta pela Cochinchina em seu roteiro de viagem.
Leia também: White Temple - o templo budista mais exótico do sudeste asiático.
Não tínhamos uma expectativa alta sobre o que iríamos encontrar na cidade, principalmente porque não é um lugar muito divulgado para os brasileiros. O máximo que ouvimos falar por aqui é sobre a capital do país, Hanoi, e também sobre uma triste história de guerra que aconteceu há mais de 50 anos. A verdade é que o Vietnã já superou muito as marcas da guerra e, hoje, é um país socialista com forte influência chinesa, mas que pode ser tranquilamente visitado é passa a ser uma ótima opção para quem quer conhecer uma cultura diferente e com um preço muito acessível.
Um pouco de História
Para continuarmos essa história, é importante entender, de uma forma resumida, o que Ho Chi Minh representa para o Vietnã . Na época da conhecida Guerra do Vietnã, o país foi dividido em norte e sul, sendo o norte a parte socialista aliada à China e o sul a parte aliada aos Estados Unidos. O nome da cidade até essa época era Saigon, que sempre teve uma forte influência francesa.
A partir de 1976, a cidade adotou o nome de Ho Chi Minh, que também era dado ao líder comunista do norte do país. Apesar do nome oficial atual ser Ho Chi Minh, muitos ainda conhecem a cidade como Saigon. Além de estar no nome, a influência da época da colonização francesa também está presente no idioma local, que usa o mesmo alfabeto que nós, e na arquitetura dos prédios da cidade.
Precisa de visto para o Vietnã?
É necessário visto para entrar no país, mas o processo é muito simples. Primeiro é preciso preencher e pagar um formulário que te autoriza ir para lá. Isso pode ser conseguido facilmente pelo consulado do Vietnã no Brasil ou direto pela internet. Chegando lá, os estrangeiros passam pela emissão do visto de fato. Antes de passarem pela imigração, os visitantes precisam apresentar esse formulário junto com o passaporte e retirar o visto. Ali mesmo você paga mais uma taxa, tira uma foto digital e é liberado, depois de quase uma hora, para entrar no país.
Aventura de andar de moto no Vietnã
Assim que chegamos na cidade, notamos o movimento intenso de motos. A cidade é um caos nesse sentido, com centenas de motocicletas de pequeno porte andando juntas, de uma forma que só quem é local consegue entender. Essa enxurrada de motos se deve ao alto preço dos automóveis e baixa oferta de transporte público, tornando a pequena moto uma opção viável para a população. Claro que tínhamos que experimentar um pouco o trânsito nessa cidade no transporte mais popular, então pegamos carona com um amigo local para ter essa experiência.
Nossa primeira parada nesse tour motorizado foi em uma feira local. O lugar lembra um pouco aquelas feiras urbanas das cidades brasileiras, com todo tipo de frutas, verduras e outros produtos da região. Mas a grande diferença é a forma que as pessoas compram. É muito comum ver motos circulando entre as barracas dos produtos. As pessoas mal descem da motocicleta para fazer a compra.
Ainda falando um pouco sobre esse transporte comum, as pessoas andam todas cobertas, de chapéu e máscaras no rosto. No início achamos que isso era para se proteger da poluição, mas na verdade eles se cobre para se proteger do sol.
A gastronomia vietnamita
Claro que não tem como visitar uma cidade no Vietnã e não provar a culinária local. Enquanto estávamos sendo guiados pelos nossos amigos locais, tivemos uma boa experiência. A gastronomia vietnamita é muito leve e fresca, variando seus pratos de frutos do mar e algumas influências chinesas, como os famosos dumplings, que são bolinhos de farinha de trigo ou batata com recheio de carne, frango, vegetais ou queijo. Esses bolinhos podem ser assados no vapor ou fritos.
Um prato muito típico que gostamos bastante é o summer roll, que na língua local é chamado do Goi Cuon. Esse rolinho é feito de um papel de arroz envolvendo uma mistura de vegetais, camarão e outras especiarias. Experimentamos também algumas outras opções da culinária vietnamita, como um sanduíche de influência francesa, o Banh Mi, e também o Phó, conhecido como o prato nacional desse país. Esse prato é um tipo de macarrão de arroz com carne, mas a parte mais importante é o caldo, que fica cozinhando por, no mínimo, dez horas. Esse caldo é despejado sobre o macarrão, que o cozinha junto com a carne. Uma forma de preparo bem diferente e deliciosa.
Quando não estávamos mais na presença de nossos amigos guias, tivemos um pouco de dificuldade ao descobrir que o Inglês não é uma língua que você se comunica bem em Ho Chi Minh. Fomos jantar em um restaurante que as garçonetes não entenderam nada do que pedimos, e com um cardápio escrito em vietnamita, não foi muito fácil nos comunicarmos.
Nosso dinheiro vale muito no Vietnã
Voltando a falar um pouco do baixo custo da cidade, a moeda loca é o Vietnam Dong. A cotação varia, mas quando fomos 1 real valia em torno de 6 mil dongs. O que significa que nosso poder de compra é muito grande na região. Porém, Ho Chi Minh não é uma cidade para compra, apesar das grandes marcas mundiais estarem presentes em shoppings. Produtos locais, são bem em conta. Para quem quer ficar conectado na internet, o serviço de telefonia celular é bem barato e acessível, basta comprar um chip em alguma companhia de celular local, que já estão disponíveis no aeroporto.
Durante nossa estadia em Ho Chi Minh ficamos hospedados no hotel Hyatt Park Saigon. Um hotel muito bem estruturado e com um preço acessível. Foi nesse hotel que degustamos chá de flor de lótus, muito típico dessa região da Ásia.
Apesar de curta, adoramos essa passagem por uma cidade do Vietnã que não fazíamos ideia que iria nos surpreender positivamente. Ho Chi Minh pode, sim, estar no roteiro de viagem de quem procura uma cultura diferente e pretende conhecer o sudeste asiático. Para saber mais dicas de viagens e destinos, acompanhe nossa coluna aqui no IG Turismo .