Com 842 m acima do mar, a Pedra da Gávea, na Zona Sul do Rio, é considerada o maior bloco de pedra a beira mar do mundo
Reprodução/trilhasdoriodejaneiro
Com 842 m acima do mar, a Pedra da Gávea, na Zona Sul do Rio, é considerada o maior bloco de pedra a beira mar do mundo


O guia turístico Marcos Rabello  se revoltou ao ver uma placa instalada na  Pedra da Gávea , localizada dentro do Parque Nacional da Tijuca ( PNT ). O adereço apontava para supostos recordes relacionado ao ponto turístico do Rio de Janeiro .

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A placa, datada com o ano de 2008, apontava os feitos de uma pessoa chamada "Flávio Lemos". Ele teria subido no local 270 vezes, além de ostentar o suposto melhor recorde, de 44 minutos. No entanto, as informações não conferem — além da instalação ser ilegal.

"Como assim, galera? Parabéns ao cara, mas não é o melhor tempo, não foi a maior quantidade de subidas, e se todo mundo começar a colocar placa na pedra, isso aqui vai virar um letreiro. Com todo respeito", disse o guia no vídeo.

Uma das teorias sobre a formação da rocha é que teria sido esculpida por seres humanos há milhares de anos. Para cientistas e geólogos, é resultado da erosão.
Reprodução: Flipar
Uma das teorias sobre a formação da rocha é que teria sido esculpida por seres humanos há milhares de anos. Para cientistas e geólogos, é resultado da erosão.



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Para Marcos, o ato é comparável à jogar lixo no chão: "Imagina, se eu chegar no topo de uma montanha e colocar uma placa lá porque subi em tal hora. Aí amanhã, o Gustavo de não sei de quê vai colocar outra placa. Depois, o José da Silva vai colocar outra. Não dá, né? ", continuou.

O profissional afirma que, junto a colegas trilheiros, retirou a placa logo após o vídeo. Além disso, o grupo criticou a conservação da trilha e na limpeza do local. Para eles, a mobilização para a manutenção é baixa, sobretudo quando comparada à instalação da placa comemorativa.


“Para tirar pichação ninguém vem. Para fazer manutenção da trilha, ninguém faz. Agora para colocar uma plaquinha de merd# aqui é o fod#, né?”, desabafou um dos trilheiros.

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A Unidade de Conservação do Parque Nacional da Tijuca avalia a possibilidade de identificar o infrator para possível notificação/multa sobre o vandalismo. O ato é proibido e constitue infração ambiental. A multa varia de R$ 500 a R$ 10 mil.

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