Animais de estimação estão cada vez mais comuns nos lares brasileiros. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2021, os pets equivalem a aproximadamente 67% do número de habitantes do Brasil, ou seja, mais da metade da população tem pelo menos um animal. E não é só em casa que cães, gatos e aves estão presentes. O número de pets que acompanham seus tutores em viagens também cresceu.
Conforme a Air Europa, o ano de 2022 registra um aumento de 271% na quantidade desses animais em aviões, comparado a 2019. Até 25 de setembro deste ano, a companhia aérea recebeu 765 pets. Em 2019, durante o ano todo, foram 206.
Para viajar internacionalmente com cães e gatos, é necessário que eles tenham um documento que ateste os históricos de saúde e atendam às exigências sanitárias do país de destino. Segundo o Vigiagro, são anualmente emitidos mais de 10 mil Certificados Veterinários Internacionais (CVIs) e a quantidade aumenta expressivamente em época de férias. No Brasil, conforme dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os países mais procurados pelos tutores brasileiros no momento de buscar o CVI são os da Europa, como Portugal, Alemanha, Espanha, França e Itália, além do Panamá, na América Central.
No Brasil, os documentos utilizados para as viagens com os animais de estimação são o Certificado Veterinário Internacional (CVI) e o Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos. Ambos são expedidos por Auditores Fiscais Federais Agropecuários das unidades de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), vinculadas à Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa.
As regras de transporte aéreo de pets também incluem diretrizes. Na Air Europa, por exemplo, cada passageiro tem o direito de levar até três animais em um mesmo contentor ventilado nas cabines, sempre que forem da mesma raça e não ultrapassarem as medidas e peso permitidos. É importante que os pets estejam devidamente vacinados e que sejam alocados em caixas contentoras abaixo dos assentos, conforme os padrões estabelecidos pela International Airport Transport Association (Iata).
Caso o animal seja alocado no bagageiro do avião, é importante que a caixa de transporte seja homologada e apropriada para as necessidades do pet, além de possuir uma porta metálica adequada para o transporte aéreo. O número máximo de animais permitidos em uma mesma caixa de transporte é de 2, desde que tenham o mesmo tamanho e não excedam 14 quilos. Se os pets forem da mesma ninhada e terem no máximo seis meses de idade, há a permissão de três bichinhos no mesmo recipiente.
Na cabine dos aviões, são permitidos cães, gatos, pequenas aves (exceto de rapina e de capoeira), peixes, tartarugas de aquário e alguns roedores, tais como hamsters, porquinhos-da-índia ou pequenos coelhos dentro da cabine. Voos de longa duração e embarque de animais para transporte junto a bagagem é apenas para cães e gatos com mais de três meses de idade. A exceção, nesse caso, é para a classe business, onde não se pode transportar nenhum bichinho.
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