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A pandemia da Covid-19 obrigou o cancelamento de viagens devido ao receio do contágio e em função das restrições sanitárias e de mobilidade implementadas por diversos países e destinos turísticos.
Isabel Grimm explica que há uma tendência agora em priorizar os roteiros mais próximos ou em territórios vizinhos
A pandemia da Covid-19 obrigou o cancelamento de viagens devido ao receio do contágio e em função das restrições sanitárias e de mobilidade implementadas por diversos países e destinos turísticos.
Os impactos foram sentidos nas chegadas internacionais de turistas, com redução de 72% em 2020 em relação a 2019. Nas Américas, a queda nos 10 primeiros meses de 2020 atingiu 68%. Quanto a receita cambial turística, houve redução de 64% dos gastos realizados pelos turistas, em âmbito global, de acordo com a Organização Mundial do Turismo.
“O turismo é importante para a geração de trabalho e renda, pois os gastos dos visitantes são convertidos em receita de negócios, retorno de capital e impostos”, explica Isabel Grimm, Coordenadora do Programa de Mestrado em Governança e Sustentabilidade do ISAE Escola de Negócios. No Brasil, de acordo com a FGV (2020), o turismo corresponde a cerca de 3,7% do PIB e responde por 3% do total de empregos.
Com a vacinação contra o coronavírus avançada, a demanda reprimida em virtude do longo período de isolamento social aumentou e cresceu a busca por destinos de natureza, lugares mais afastados das rotas tradicionais e que sejam seguros e higiênicos.
Isabel Grimm explica que há uma tendência agora em priorizar as viagens dentro do país ou territórios vizinhos. “Está em alta um turismo mais responsável, com viagens flexíveis e que proporcionam experiências diferenciadas”, diz.
Promoções e descontos também se destacam como diferenciais. “A crise financeira tem afetado o poder de compra do consumidor brasileiro, então promoções são sempre bem-vindas”, comenta. Por fim, Isabel Grimm aponta à predileção por viagens que possam combinar trabalho e lazer, visto que o trabalho remoto é uma realidade acelerada pela pandemia que veio para ficar.