São Bernardo do Campo abriga um tesouro ecológico para quem busca por uma atividade ao ar livre que foge do convencional. Localizado no Parque Estadual da Serra do Mar , na região entre o ABC e a Baixada Santista, o roteiro aventura, formado pela Trilha da Cachoeira da Torre possuí extensão de 274 hectares e também oferece atividades recreativas e ecoturismo no trecho de serra que compõe a Estrada Velha de Santos .
Para quem curte uma atividade fora do comum , essa atividade é uma opção. O trajeto tem aproximadamente 9km e pode ser concluído em até 6h (ida e volta). A convite da Parquetour, o iG Turismo embarcou nessa aventura.
O nível da trilha é considerado moderado/difícil e abriga alguns desafios durante todo o circuito, com subidas e descidas de morros circundados por diversas espécies de fauna e flora da Mata Atlântica e coroados por uma vista incrível da baixada santista. Para o passeio, vale ressaltar a importância de optar por um calçado confortável e que dê firmeza aos pés.
Início da aventura
O grupo foi acompanhado pela guia Marcela Meira, que, antes do início do percurso, antecipou detalhes do que enfrentaríamos e também falou sobre patrimônio ambiental protegido pelo parque.
Detalhe do trajeto da Trilha da Cachoeira da Torre
A trilha, inicialmente, é tranquila e com obstáculos que qualquer pessoa habituada à atividade consegue enfrentar – o que não era exatamente o meu caso. Se você se identifica, recomendo levar um cajado para se sentir mais segura (o) durante a longa caminhada. Vale lembrar que o local oferece opção de aluguel por R$15.
Apesar de parecer simples, o caminho apresenta muitos obstáculos, como trechos de solo arenoso e áreas com lama, que muitas vezes formam verdadeiras poças d’água. É preciso atenção a cada passo, pois o terreno passa de firme a escorregadio em questão de segundos.
A natureza é sempre a protagonista
Em determinado ponto, os obstáculos se tornam cada vez mais desafiadores, exigindo mais preparo físico. A respiração se intensifica, e cada passo passa ser cuidadosamente calculado diante das dificuldades do caminho.
Em alguns trechos, o solo é úmida e escorregadio – escorreguei duas vezes. Nesses momentos, ajuda nunca faltou. Entre subidas íngremes e descidas desafiadoras, o caminho ia se fazendo passo a passo. Muitas vezes, literalmente pois precisávamos nos segurar em galhos, cordas e até mesmo abrir o próprio caminho com as mãos.
Detalhe do trajeto da Trilha da Cachoeira da Torre
Um detalhes ainda não mencionei: invista em protetor solar, boné, repelente e em uma blusa de manga cumprida. Apesar de não sentirmos de imediato, o mormaço queima - o clima é bem húmido e quente.
Foi muito pé atolado, frio na barriga, subidas e decidas tão íngremes a ponto de achar que não iria conseguir. Por não estar preparada fisicamente para esse tipo de atividade, percorri em um ritmo mais lento que o grupo e me peguei ofegante.
A recompensa
Os desafios foram mais intensos que havia imaginado, no entanto, fui recompensada! Além de conseguir apreciar a vista da Baixada Santista durante o caminho, a vista da cachoeira é de tirar o fôlego!
A queda d’água tem uma borda infinita e a água é muito fria. Confesso que não entrei. Para apreciar um banho em suas águas é preciso passar por um caminho cheio de pedras bem irregulares. Mas a vista compensa todo o esforço feito.