Na Serra da Mantiqueira, que faz divisa com os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, fica o Parque Nacional do Itatiaia. As belezas naturais da região e a diversidade de animais dão um tom especial para as atrações do destino. Sem contar que esse é o parque mais antigo do país e faz parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
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No Parque Nacional do Itatiaia, o turista pode aproveitar vários passeios e atrações. “O parque conjuga história, cultura e turismo em contato com a natureza. As belas cachoeiras, paisagens inesquecíveis, flora e fauna do parque resultam em seu ponto forte: a capacidade de cativar as pessoas que o visitam”, afirma o chefe do parque, Gustavo Tomzhinski.
O parque também movimenta a região, tanto que o entorno, ao longo dos anos, foi se transformando em polos turísticos com ampla oferta de hotéis e restaurantes.
Detalhes do parque
Segundo Gustavo, quem vai realizar a primeira visita ao parque deve reservar pelo menos um dia para explorar a Parte Baixa do local e mais tempo para a Parte Alta.
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“Se você quer conhecer todos os atrativos da Parte Alta são necessários muitos dias, pois a maioria das pessoas gasta um dia inteiro de passeio nas trilhas. Em geral, os visitantes retornam várias vezes ao parque para fazer passeios nessa região”, explica o chefe do local.
Veja os detalhes e atrações em cada parte do local:
Principais atrações da Parte Baixa
Na Parte Baixa do parque fica o famoso Centro de Visitante s, que concentra todas as informações do local. O visitante vai se deparar com uma maquete que representa de forma tridimensional toda área do parque. Também há sala interativa com atividades educativas, além de exposições itinerantes, o auditório Tom Jobim – ponto de encontro para atividades culturais – e uma calçada da Fauna que reproduz as pegadas de diversos animais da Mata Atlântica.
Depois de conhecer o centro, reunir informações sobre o local e aproveitar a exposição e alguma atividade, é hora de explorar o parque. E na parte baixa você ainda terá os seguintes pontos para visitar:
Lago Azul
Uma bela piscina de água natural no rio Campo Belo, próximo ao Centro de Visitantes. O acesso é feito por caminhada partindo do Centro de Visitantes, por uma escadaria de 124 degraus ou pela trilha de observação com 460 metros de extensão.
Nível de dificuldade: Fácil.
Piscina do Maromba
Esse é um local ideal para quem adora nadar, pois se trata de uma piscina natural ampla em meio à Floresta, a 1.100 metros de altitude, no rio Campo Belo. O acesso à piscina é feito por uma trilha de 120 metros de extensão que se inicia no Complexo do Maromba, no final da estrada do Parque. A trilha pode ser percorrida em aproximadamente 10 minutos e boa parte do percurso é feito por escada. O piso é de concreto e existe corrimão em toda a extensão.
Nível de dificuldade: Fácil.
Cachoeira Véu de Noiva
Já imaginou admirar uma cachoeira com queda de 40 metros? Localizada a 1.150 metros de altitude, esse é um dos cartões postais do parque. Segundo o chefe do local, para chegar ao local é preciso encarar uma trilha de 340 metros de extensão que se inicia na Ponte do Maromba. O percurso pode ser feito em aproximadamente 15 minutos.
Nível de dificuldade: Fácil.
Trilha dos Três Picos
É um monte também conhecido por “Serra da Índia”, na qual a parte superior é dividida em três patamares. Gustavo fala que do cume é possível ver o Vale do Paraíba, Penedo e toda a floresta da parte baixa do Parque. O acesso se dá por uma trilha de 7 km que se inicia no antigo Hotel Simon e passa pela Cachoeira Bela Vista. Antes de encarar a aventura é necessário assinar um Termo de Responsabilidade e iniciar a trilha até às 10h.
Nível de dificuldade: Difícil.
Pedra de Fundação
Nessa parte do parque você também pode encontrar a rocha com inscrição que marca a criação oficial do primeiro parque nacional do Brasil, pelo presidente Getúlio Vargas, por meio do Decreto 1.713, de 14 de junho de 1937.
Nível de dificuldade: Fácil.
Principais atrações da Parte Alta
A Parte Alta do parque também conta com inúmeras atrações, o chefe do local listou as seguintes sugestões:
Agulhas Negras
Um pico com 2.790 metros de altitude, sendo esse o ponto mais alto do estado do Rio de Janeiro e quinto do Brasil, tem acesso por trilha em rocha, com trechos íngremes e, às vezes, escorregadios. Ao final terá uma vista panorâmica de toda a região. O uso de material de escalada é obrigatório. Como alternativa, é possível acessar sua base, as margens do córrego Agulhas Negras, por trilha de 1.300 metros de extensão, desde o abrigo Rebouças.
Nível de dificuldade de acesso à base: Fácil.
Nível de dificuldade de acesso ao cume: Difícil, com trecho de escalada.
Cachoeira do Aiuruoca
Belíssima cachoeira com 20 metros de altura e ampla piscina natural. É necessário sair cedo e estar preparado para mudanças no tempo. A trilha pata chegar ao local é longa e pode ter início no Abrigo Rebouças, ou no Posto Marcão ou no Circuito 5 lagos.
Nível de dificuldade: Difícil.
Asa de Hermes
Formação rochosa em formato curioso. Está a 2.630 metros de altitude, fazendo parte do maciço das Agulhas Negras. O acesso é feito a partir de um ramal da trilha para a Pedra do Altar que segue paralela ao córrego das Agulhas Negras.
Nível de dificuldade: Moderada, com trecho final difícil de “escalaminhada” (caminhada em trilhas de ascensão).
Circuito 5 Lagos
O Circuito 5 Lagos inicia-se no Posto Marcão, em uma trilha agradável que passa por diversos lagos e tem vista para a Cachoeira do Aiuruoca, passa pela Pedra do Altar e oferece uma vista privilegiada do Maciço das Agulhas Negras, retornando pelo Abrigo Rebouças. O percurso do circuito é de 16 km.
Nível de dificuldade: Difícil.
Camping
Área de acampamento localizada nas proximidades do Abrigo Rebouças. O local é utilizado por visitantes e pesquisadores, mediante reserva pelo site do parque.
Nível de dificuldade: Fácil.
Pedra do Sino
Um maciço rochoso com relevo irregular muito interessante. Fornece lindo visual e é local das nascentes do rio Preto, que divide os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Próximo aos Ovos de Galinha.
Nível de dificuldade: Difícil.
Preservação e cuidados
Como o parque está inserido no bioma Mata Atlântica , abriga importantes ecossistemas, logo é preciso respeitar e preservar a diversidade natural que existe no local. “Uma das principais funções do parque é a proteção das nascentes de 12 bacias hidrográficas. Um dos indicadores de que o parque está ecologicamente bem preservado é a presença de predadores de grande porte, como a onça parda”, conta Gustavo.
Ao visitar a região fique ciente que existem algumas regras, como não alimentar os animais, não arrancar as plantas ou parte deles, não fezer fogueira, não deixar marcas em rochas e árvores entre outras coisas simples, mas importantes para preservar o local. Ah, e mesmo sendo um parque, a entrada de animais domésticos é proibida.
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Funcionamento
O Parque Nacional do Itatiaia funciona todos os dias do ano. “Para quem quer curtir banho nas cachoeiras a melhor época é no verão, porém o inverno também garante belos dias para passear”, indica Gustavo. “Fora da alta temporada – finais de semana de dezembro a fevereiro e julho e feriados prolongados – o parque tem menos movimento e fica mais propício para quem busca tranquilidade”, finaliza.