A chegada da vacina contra Covid-19 pelo mundo possibilitou que alguns países reabrissem as fronteiras para turistas, com diferentes protocolos de proteção e medidas de combate ao coronavírus. Um deles, inclusive, é que o visitante apresente um documento oficial que comprove a vacinação pela Covid-19.
No Brasil, o Certificado Internacional de Vacinação é emitido pelo governo federal e é um documento oficial que comprova a vacinação contra doenças. Ele é necessário porque alguns países exigem o documento para a entrada em seu território. Por enquanto, o site oficial diz que "no momento, não há determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde para emissão de CIVP referente à vacinação contra a Covid-19".
Antes de escolher o local para viajar sozinho, com amigos ou com a família, o iG Turismo lista os 10 países com a maior porcentagem de população vacinada e quais deles estão recebendo turistas brasileiros.
1. Canadá
Em primeiro lugar temos o Canadá, com 67,63% da população imunizada. O país abriga o Stanley Park, maior parque de Vancouver, além de já ter sido considerado o mais belo do planeta. Uma das melhores formas de percorrer o parque e visitar seus pontos mais famosos é de bicicleta. O local ideal para alugar uma é na Denman Street, que fica bem próxima ao Stanley Park.
Uma vez com a sua bike e o mapa do parque na mão, uma boa opção é começar pedalando até o número 18, os totens gigantes ― será uma ótima oportunidade de fotografar os famosos totens canadenses. Depois, pedale alguns metros ao norte para pegar o Seawall, um caminho cinematográfico sem carros com nove quilômetros de extensão.
Depois, em direção à Lions Gate Bridge, vire à esquerda em Avison Trail (por volta do quilômetro 4.5) e siga até passar pela ponte que dá acesso à Prospect Point, onde é possível observar os navios entrando e saindo sob a Lions Gate Bridge e admirar a vista das montanhas North Shore.
Em seguida o turista pode voltar alguns metros e pegar a Prospect Point Trail. Desça por ela até entrar em Rawlings Trail, a trilha mais longa do parque. Siga até Third Beach Trail, que leva a praia do outro lado de Seawall. Por fim, o turista pode continuar descendo na direção sul até chegar em Second Beach, que possui uma piscina na qual se refrescar. De lá, é só seguir as placas até Lost Lagoon, o lugar perfeito para terminar o passeio. Lá existe um espaço de água artificial com uma fonte iluminada, onde é possível observar muitas aves, incluindo cisnes, gansos do Canadá e patos, além de muitas tartarugas.
Porém, as fronteiras do Canadá permanecem fechadas para viajantes que voam direto do Brasil, então quem deseja visitar o país precisará esperar mais um pouco.
2. Kuwait
O país árabe do Golfo Pérsico está com 67,32% da população imunizada e não há informações sobre protocolos para turistas ou restrições para visitantes de algum país. Um dos maiores pontos turísticos do país é a Mesquita do Kuwait, também conhecido como Al-Masjid Al-Kabir.
Ela apresenta um estilo Islâmico tradicional com influências persas e suas dimensões são majestosas: o edifício com área de 20 mil m² e um salão de orações com espaço para cerca de 10 mil pessoas. A cúpula tem uma altura máxima de 43 m e um diâmetro de 26 m.
Ela é a maior mesquita do Kuwait e possui arquitetura islâmica tradicional. Pode ser visitada pela manhã, às 9 horas, e há uma visitação gratuita com duração de cerca de 2 horas, durante as quais é possível fotografar à vontade. O estacionamento tem 5 pisos e capacidade de 600 carros e, em caso de necessidade, pode ser usado como um espaço extra de oração.
3. Chile
O Chile já possui 65,50% da população imunizada e é o berço de pontos turísticos bem conhecidos, como a Ilha de Páscoa, que está a cerca de 3700 km da costa Chilena e a 6 horas de voo de Santiago. Para chegar até lá, não há muitos meios disponíveis além do avião, e a única empresa que voa para o destino atualmente é a LAN, com cerca de 8 voos semanais partindo da capital chilena. O valor para viajantes estrangeiros é de 54 mil pesos chilenos – cerca de pouco mais de R$ 373.
Ao chegar à ilha, é bom comprar o ingresso que dá direito a visitar Orongo (uma vila cerimonial localizada no sudoeste da Ilha de Páscoa) e Rano Raraku (uma cratera vulcânica formada de cinzas vulcânicas ou tufo localizada na parte baixa de Terevaka, no Parque Nacional Rapa Nui, na Ilha de Páscoa), porque ao comprar o tíquete no aeroporto há um desconto: o ingresso sai por US$ 50 (pouco mais de R$ 262), enquanto em outros locais é vendido por US$ 60 (pouco mais de R$ 315). Após o desembarque do avião, antes das esteiras, há um quiosque onde se forma uma fila para comprar os ingressos para os parques. O pagamento é aceito tanto em dólares quanto em pesos chilenos.
Contudo, assim como o Canadá, o Chile ainda não está recebendo turistas vindos do Brasil. Para os que chegam lá, é necessário cumprir quarentena de 14 dias.
4. Reino Unido
Com 65,28% da população vacinada, o Reino Unido está recebendo viajantes brasileiros para aproveitar tudo que a Rainha Elizabeth II e seus súditos podem proporcionar. Para quem deseja cruzar a fronteira, precisa seguir alguns protocolos bem rígidos e minuciosos:
- O turista deve apresentar teste negativo para Covid-19 (PCR), realizado nas 72 horas anteriores à viagem;
- É preciso informar o itinerário e detalhes de contato quando for viajar;
- Ficar hospedado em um hotel indicado pelo governo britânico nos 10 primeiros dias em que estiver no Reino Unido, caso esteja voando do Brasil ou de algum outro país da lista vermelha;
- Realizar 2 testes de Covid-19 durante o período de 10 dias após chegar ao Reino Unido.
Seguindo todas essas medidas, é possível aproveitar tudo que o Reino Unido proporciona, como a casa de Shakespeare (Shakespeare’s Birthplace), onde o poeta, dramaturgo e ator inglês nasceu e viveu até os seus 20 anos. Ela está localizada na rua mais famosa de Stratford-upon-Avon, a Henley Street.
Ao entrar, é como voltar no tempo. Camas com dosséis e mesas de jantar diante de enormes lareiras transportam o visitante para o tempo em que Shakespeare percorria o chão de assoalhos. A oficina de luvas do pai dele foi preservada, com guias que explicam como elas eram feitas. Tudo é conservado como se nunca tivesse sido tocado. A visita tem duração de 40 minutos e custa € 11,67 por pessoa (R$ 74,14).
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5. Israel
Com 64,05% da população imunizada, Israel planeja reabrir as fronteiras a partir de agosto para receber visitantes que já foram vacinados, mas os brasileiros não poderão entrar no país, independentemente de estarem imunizados ou não, assim como os argentinos, indianos, russos e outros.
É em Israel que atrações turísticas muito famosas estão presentes, como o Mar Morto, localizado entre a Jordânia e Israel, mas uma parte também pega a Cisjordânia, que é considerada território palestino. Para chegar até ele a partir de Israel, é possível ir de carro ou de ônibus, pois a distância não é muito longa (a partir de Jerusalém são cerca de 117 km). Ir de carro oferece mais autonomia para admirar os locais por onde passa e fazer paradas sempre que necessário.
Por estar localizado em uma região desértica, as temperaturas mais elevadas estão entre maio e setembro (especialmente de julho em diante). O custo depende bastante; se for de ônibus, que é mais econômico, e fazer um bate e volta, a passagem custa pouco mais de R$ 30. Caso vá de carro, o custo pode ser maior dependendo do valor do aluguel do veículo.
Outra opção é se hospedar em um hotel ou resort próximo, assim é possível aproveitar com mais calma, porém pagando mais. Nesse caso, os bons hotéis mais em conta não custam menos de R$ 400 a diária para um casal.
Além disso, Isreael oferece passeios para sítios, regiões de beleza natural e até balneários, então há programas para todos os gostos. Os passeios custam a partir de US$ 40 (R$ 210) e US$ 70 (R$ 367) quando há necessidade de deslocamento. Os preços podem passar de US$ 1 mil (R$ 5250) em pacotes de 7 dias e US$ 1,5 mil (R$ 8137) para pacotes de 10 dias.
6. Uruguai
A capital, Montevidéu, possui uma atmosfera europeia, com ruas cheias de árvores e uma rambla (avenida central) charmosa que contorna a cidade, por isso é o local mais buscado pelos turistas que vão ao país. O Plaza Independencia é o coração da capital, inaugurado em 1840. No centro há estátua equestre de Artigas, o maior herói uruguaio, um dos responsáveis pelo movimento de independência das colônias espanholas, perfeito para fazer fotos incríveis.
Já o Mercado del Puerto é o lugar perfeito para experimentar o autêntico churrasco uruguaio. Lá, vários restaurantes se reúnem, apresentando os mesmos pratos. Também é possível ver as famosas churrasqueiras uruguaias, nas quais as carnes são feitas todas juntas, com muito calor e fumaça. Com base nisso, é só escolher o lugar, sentar e comer. Mas cuidado: por ser um local turístico, os atendentes irão falar de mil maravilhas sobre seus restaurantes e, na hora de cobrar, corre-se o risco de nada daquilo ser cumprido.
Com 63,58% da população vacinada contra a Covid-19, o Uruguai já pensou em implementar um “passaporte de saúde” que permitiria a entrada de turistas vacinados que atenderem alguns requisitos como: estar totalmente imunizado contra o coronavírus, chegar pelo menos 15 dias depois de tomar a segunda dose da vacina e apresentar o exame PCR negativo.
7. Bahrein
O país está aberto para visitantes brasileiros, contanto que seja apresentado um teste PCR negativo feito até 72 horas antes da partida. Além disso, os turistas precisam cumprir quarentena de 10 dias ao chegarem lá.
Bahrein está com 61,87% da população vacinada e compreende mais de 30 ilhas do Golfo Pérsico. O país possui uma moderna capital chamada Manama, onde está localizado o Museu Nacional do Bahrain, inaugurado em dezembro de 1988. O complexo possui 27,8 mil m² e é composto por dois edifícios.
Ele possui uma rica coleção de artefatos antigos do país e abrange 6 mil anos da sua história. O preço para entrar é acessível: 1BD (dinar bareinita), que corresponde a R$ 13,94.
8. Mongólia
Com 59,68% da população vacinada, a Mongólia está recebendo turistas, inclusive brasileiros, contanto que apresentem PCR negativo feito até 72 horas antes do último embarque para o país e façam quarentena de 7 dias em um dos locais indicados pelo governo ao chegar.
A Mongólia abriga alguns pontos turísticos imperdíveis, como a capital Ulan Bator, que tem conquistado o coração de muitos turistas por possuir uma forte influência da cultura irlandesa e dos templos com estilo tibetano. Anualmente, recebem milhares de visitas que acompanham os jogos militares mongóis, que incluem lutas, arco e flecha e corridas de cavalo.
9. Bélgica
A Bélgica está com 59,58% da população vacinada e não está recebendo visitantes brasileiros, indianos e sul africanos. O país é conhecido principalmente por suas cidades medievais.
Localizada na região dos Flandres, no norte da Bélgica, a Antuérpia representa muito bem a pluralidade cultural do país e possui três línguas oficiais: francês, flamengo e alemão. A primeira dica é: na Bélgica, taxas para pagamento com cartões são muito caros, então muitos estabelecimentos aceitam apenas pagamento em dinheiro, então ande com uma quantidade boa para aproveitar o dia, dependendo do quanto quer gastar.
Diferente da maior parte das cidades da Europa, o sistema de transporte público não é muito eficiente, então a melhor opção é o aluguel de bicicletas Velo Antwerpen . São várias estações de bicicleta pela cidade e um app em que é possível fazer a sua inscrição, pagar, acessar um mapa com todas as estações e se elas têm ou não bicicletas disponíveis. Com 4 euros (R$ 24,78) é possível alugar uma bicicleta por um dia e, com 10 euros (R$ 61,95), por uma semana.
Um dos lugares imperdíveis de Antuérpia são as barraquinhas de chocolates e waffles espalhadas pela cidade. Além disso, o Parque Rivierenhof é uma boa opção para quem quer respirar ar puro e ver a natureza. O espaço é bem arborizado, possui lagos, animais silvestres e belas construções como o castelo Rivierenhof, além de academia ao ar livre.
10. Catar
O Catar está com 58,19% da população vacinada e abriu as fronteiras para viajantes totalmente vacinados, incluindo os brasileiros, em 12 de julho. É preciso que o turista:
- Tenha sido vacinado (com as duas doses) há pelo menos 14 dias antes de viajar;
- O certificado de vacinação precisa ter um QR Code, nome igual ao do passaporte, datas das vacinações, nome da vacina, número do lote e selo oficial da autoridade que vacinou e tem validade de 12 meses após a segunda dose ou dose única;
- Apresentar teste RT-PCR negativo para Covid-19 obtido até 72h antes do embarque;
- Ao chegar, um novo teste PCR será realizado às custas do passageiro;
- Todos os visitantes deverão se registrar no aplicativo Ehteraz , que deverá estar ativo no celular no momento da chegada. Nele, o viajante deverá se cadastrar e enviar a documentação comprovando a imunização em até 12 horas antes da chegada ao país. Após o envio e análise, será emitida uma autorização de viagem que deve ser apresentada no check-in e também na imigração do Catar.
Com todos esses requisitos, os turistas podem desfrutar dos pontos turísticos do Catar, como o Souq Waqif, ou “Mercado Permanente”, que oferece uma gama de produtos e resume tudo que há no Catar: modernidade fundamentada na tradição. As lojas com paredes de barro e vigas de madeira exposta transportam os viajantes para um autêntico Souq do século 19. Souqs são mercados tradicionais encontrados na maioria das cidades árabes.
O Souq Waqif é um excelente lugar para fazer compras, desde nozes e frutas secas até roupas tradicionais bordadas com fios de ouro e até mesmo quinquilharias. Também é um ótimo lugar para comer: dos mais tradicionais à restaurantes típicos de outras partes do mundo. Há lugares baratos e mais caros, como o Parisa, um restaurante iraniano, que já foi frequentado pela monarquia qatari e que vale a visita apenas para admirar a decoração.
As lojas começam a abrir às 8 da manhã e muitas fecham às 13h para voltarem a abrir às 16h. O melhor horário para visitar o local é no final da tarde e começo da noite, pois a temperatura é mais baixa e fica mais agradável caminhar por lá.