Localizada em uma região montanhosa no noroeste do Vietnã, Sa Pa é bem famosa pelas plantações de arroz em terraços e pelas variadas minorias étnicas. Quando visitei o local, em outubro de 2013, a região era um dos destaques turísticos do país.
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Comecei o meu tour na capital do Vietnã, Hanoi . É de lá que grande parte dos turistas partem para Se Pa. O meu grupo era formado por seis turistas, todos europeus. Fomos de trem noturno, e na estação final, nossa guia local já nos aguardava.
Logo que desci da estação, senti como se estivesse em outro país. A fisionomia das pessoas era diferente e até os trajes usados eram bem típicos. Há oito grupos minoritários nessa região que visitei, a minha guia fazia parte do grupo Red Dao, reconhecido de longe pelo um pano vermelho que usam para cobrir a cabeça.
Conhecendo a cultura local
A guia nos levou diretamente para casa dela. Foram 40 minutos de caminhada pelas montanhas. Ela vivia com o marido, o filhinho, a irmã e os pais. Despois de descansarmos um pouco da viagem, fomos ajudá-la a preparar o almoço. Acendemos o fogo e cortamos verduras e legumes.
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Tivemos um almoço bem tradicional, daqueles com toda família reunida. Rimos e trocamos informações culturais sobre nossos países. Quando perguntaram sobre o Brasil, falei do futebol, dei uma palhinha de forró, samba e capoeira e expliquei um pouco sobre nossos costumes.
Desbravando o local
No outro dia, fizemos um trekking (trilha) por toda região. Conhecemos outros grupos minoritários, os terraços de arroz, fomos a um casamento típico e passamos mais tempo com a família da nossa guia.
A hora do banho foi uma das situações mais curiosas que passei por lá. Eles se limpam num barril, parecido com o do seriado de TV “Chaves”. A água é esquentada no fogo e depois colocada nele.
O objetivo do tour era vivenciar e aprender mais da cultura local, e eu estava feliz por estar hospedado na casa de uma moradora local. A família foi hospitaleira e nos tratou muito bem. No final desta experiência, percebi e reafirmei a teoria de que o que traz a felicidade são as coisas simples.
Não é necessário ter muito para ser feliz, o importante é saber viver em comunidade. Essa é a lição que levei do Vietnã. Para ver mais histórias do viajante, acompanhe a coluna de Igor Galli no iG Turismo .