
No último domingo, 2 de novembro de 2025, um empresário brasileiro foi retirado de um voo da Latam nos Estados Unidos depois que sua passagem foi cancelada momentos antes da decolagem. Dias antes, ele começou a receber e-mails de alteração de assento sem autorização e chegou a avisar a companhia sobre possível invasão na reserva. Mesmo assim, novas alterações aconteceram. Já dentro do avião, foi informado de que sua passagem havia sido cancelada e precisou deixar a aeronave sob ameaça de que a polícia seria chamada. A Latam declarou apenas que “lamenta o ocorrido” e que está em contato com o passageiro para resolver a situação.
Como profissional de turismo, vejo esse caso como um alerta sério para todos os viajantes. Mesmo quando o passageiro faz tudo certo (confere e-mails, realiza o check-in antecipado e acompanha sua reserva) imprevistos podem acontecer. E é justamente nesses momentos que estar atento e bem informado faz toda a diferença.
Minhas recomendações
1. Faça o check-in antecipadamente (assim que o sistema abrir, geralmente 24h antes). Isso ajuda a travar seu assento e reduz o risco de alterações indevidas.
2. Monitore sua reserva e os e-mails da companhia. Se perceber qualquer mudança de assento, voo ou horário, entre em contato imediatamente.
3. Guarde todos os e-mails e comprovantes de alteração, pois eles servem como prova em caso de necessidade.
4. Jamais compartilhe seu código localizador (PNR) em prints ou redes sociais. Esse código dá acesso direto à sua reserva.
5. E em casos de mudanças de voo por parte da cia aérea, eles devem avisar com pelo menos 72 horas de antecedência (Resolução 400 da ANAC). Se a mudança for superior a 30 minutos (nacional) ou 1 hora (internacional) e você não concordar, tem direito a reacomodação ou reembolso integral.
6. Cancelamento próximo ao embarque: se o voo for cancelado depois de feito o check-in, a empresa deve realocar o passageiro no próximo voo disponível, mesmo que seja de outra companhia aérea.
7. Documente tudo: anote horários, nomes de atendentes, protocolos, tire prints de todas as telas e fotografe sempre.
E no caso dele?
Nesse caso específico, ocorrido no dia 2 de novembro de 2025, pelos fatos relatados, tudo indica que cabe sim um processo judicial. Se ele estava com tudo regularizado e a alteração foi feita sem sua responsabilidade, ele pode acionar a Justiça apresentando todas as provas (e-mails, protocolos e registros de atendimento) para comprovar o erro da companhia. Afinal, ninguém pode ser penalizado por uma falha que não cometeu. Por isso é fundamental conhecer os seus direitos e guardar todos os registros de comunicação com a empresa.