
Um dia após uma ave bater em um Aibus A321 da Latam durante um voo do Rio de Janeiro para São Paulo , dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), mostram que no ano passado 1.852 ocorrências de colisões em aeronaves foram registradas no espaço aéreo brasileiro. O aumento é de 99% quando comparado com os registros de 2023 (927 colisões).
Do total de ocorrências registradas em 2024, 7 foram classificadas pelo Cenipa como graves. Somente as aviões da Latam tiveram 562 colisões entre aves e aeronaves no ano passado, afetando 30 mil passageiros por cancelamentos e atrasos no aembarque. A colisão registrada na quinta-feira (20/2) afetou 200 passageiros que tiveram o voo cancelado.
Os passageiros que foram afetados pelo cancelamento do voos da Latam que só seguiram viagem para São `Paulo nesta sexta-feira (21/2) ficaram hospedados em hotéis e receberam alimentação, conforme determina a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Todas as despesas foram arcadas pela Latam.
Confira abaixo ios números de 2024

Confira abaixo os números de 2023
O relatório do Cenipa mostra que as colisões de aves ocupam a segunda posição no total de ocorrências registradas pelo órgão da Aeronáutica que atua na apuração e prevenção de acidentes aéreos. O maior número de casos no Brasil é de falha mecância ou mau funcionamento das aeronaves.
Lixões atraem aves
Lixões localizados próximos aos aeroportos ajudam a aumentar a quantidade de aves que podem bater nas aeronaves na decolagem ou pouso. Nas imediações do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, o lixo acumulado às margens da Baía de Guanabara também atrai aves.
Segundo a concessionária Aena, que gerencia 17 aeroportos no Brasil, as espécies identificadas neste tipo de ocorrência são as aves quero-quero (19%) e o carcará (8,24%). A terceira foi com o morcego (3,67%). O levantamento também mostra que a maior parte dos choques acontece de dia, quando há mais voos, principalmente nas fases de taxiamento e pouso.
Fogos de artifício e sirene são usados para espantar aves
Biólogos da Aena contratados para reduzir este tipo de ocorrência utilizam diferentes técnicas de afugentamento, como chicotes de estalo, fogos de artifício, sirene, buzinas e megafone.
Um canhão de gás, que gera um som de explosão de grande intensidade, também é usado para espantar as aves nos arredores das pista de pousos e decolagens. A inserção de aves de rapina treinadas para afugentar ou capturar outras espécies, técnica chamada de falcoaria, também é outra técnica usada na maiores dos aeroportos do Brasil.