
A aviação brasileira acaba de alcançar um feito inédito. Karina Buchalla Lutkus entrou para a história ao se tornar a primeira mulher do país a comandar oficialmente um Airbus A380, o maior avião comercial de passageiros do mundo. A confirmação veio nesta terça-feira (28) pela Associação das Mulheres Aviadoras do Brasil, conhecida como Aviadoras.
O marco aconteceu no dia 27 de outubro, quando Karina completou com sucesso seu voo final de cheque, etapa que valida oficialmente a habilitação de comandante. Para a associação, a conquista vai além de uma vitória pessoal: é um símbolo de inspiração e competência para todas as mulheres que sonham em pilotar.
“Orgulho define! Karina abriu uma nova porta e provou que não há limites para quem tem dedicação, foco, resiliência e paixão por voar” , afirmou a Aviadoras em comunicado oficial.
Trajetória de sucesso na aviação
Karina construiu uma carreira sólida ao longo de quase 15 anos na TAM, atualmente LATAM. Durante esse período, atuou como primeiro-oficial em aeronaves Fokker 100, Airbus A320 e A330, até alcançar o posto de comandante do A320.
Em 2019, ela iniciou um novo capítulo de sua carreira internacional ao ingressar na Emirates, nos Emirados Árabes Unidos, como primeiro-oficial do Airbus A380. Considerado o maior avião de passageiros do mundo, o A380 representava um desafio à altura de sua experiência.
A pandemia de Covid-19, porém, interrompeu temporariamente sua trajetória internacional após um ano e meio de atuação.
Retorno ao Brasil e nova ascensão
De volta ao país, Karina integrou a Azul Linhas Aéreas, assumindo o cargo de instrutora de voo do Embraer 190/195, uma posição altamente respeitada na aviação comercial. Essa etapa foi essencial para manter sua experiência ativa e continuar inspirando novos pilotos.
Com a experiência reforçada, ela retornou aos Emirados Árabes para retomar sua carreira internacional. Foi nesse momento que Karina conquistou o histórico posto de comandante do Airbus A380, tornando-se um símbolo do protagonismo feminino na aviação mundial.
“Esta vitória mostra que a mulher pode estar onde ela quiser!”, conclui a Aviadoras.