
Os Estados Unidos anunciaram a ampliação do uso da tecnologia de reconhecimento facial, com o objetivo principal de identificar não-cidadãos que entram e saem do país. A medida visa rastrear viajantes que permanecem no território norte-americano com vistos vencidos e reduzir casos envolvendo passaportes falsos.
O anúncio foi feito na última sexta-feira (24), por meio de um documento oficial do governo, atualmente liderado pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano).
A regulamentação entrará em vigor ainda neste ano, a partir de 26 de dezembro, logo após o Natal e antes do Réveillon. Com isso, autoridades americanas poderão fotografar passageiros em aeroportos e fronteiras, além de exigir dados biométricos dos não-cidadãos.
Antes isentos, menores de 14 anos e pessoas com mais de 79 anos também passarão a ser incluídos no sistema de reconhecimento facial.
Imigração e fronteiras
A expansão reflete a atuação de Trump em relação à imigração ilegal, especialmente na fronteira entre México e Estados Unidos. O Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) já utilizava tecnologia de reconhecimento facial, mas apenas em locais específicos. Com a nova medida, o sistema será ampliado para outros pontos de entrada e saída, incluindo aeroportos e portos comerciais.
Apesar dos benefícios apontados pelo governo, a medida enfrenta críticas. Relatórios de 2024 da Comissão de Direitos Civis dos EUA indicam que grupos minoritários, como pessoas negras, correm maior risco de identificação incorreta, um ponto central da oposição à regulamentação.
O CBP projeta que, nos próximos cinco anos, o sistema biométrico seja implementado de forma abrangente, cobrindo tanto a entrada quanto a saída do país, reforçando o monitoramento.