O número de bagagens extraviadas em aeroportos do mundo todo quase dobrou de 2021 para 2022. A conclusão é apontada na pesquisa da Sita, empresa especializada em tecnologia para a indústria da aviação.
Segundo o relatório, o aumento significativo ocorre após anos seguidos de queda de casos, e se deve a diversos fatores como escassez de funcionários e superlotação em aeroportos após a flexibilização pandemia da covid-19.
"2023 Baggage IT Insights" foi publicado na última terça-feira (16) e montado a partir de dados de companhias aéreas e da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês). O índice de malas extraviadas a cada 1 mil passageiros em 2022 foi de 7,6% - número 74,7% superior ao registrado em 2021.
Casos mais comuns
Do total, 80% dos casos de extravio ocorreram devido atrasos, o que significa que tais malas se perderam ao longo do caminho, mas foram encontradas e entregues aos donos. Os casos de itens perdidos ou roubados das malas representaram 7% do total. Já as bagagens que foram danificadas somaram 13%.
Sobre os motivos dos extravio, a maior parte ocorreu no momento da troca de aviões, durante conexões aéreas, especialmente nas viagens internacionais. Em 2022, 42% das ocorrências foram por atraso no momento da transferência. Já a falha no carregamento de bagagens também é apontada como responsável por extravios, representando 18% do total em 2022.
A Sita concluiu no relatório que a solução para o problema é o aumento de investimento em programas que tornem o sistema de automação do despacho e transferência de bagagem mais eficientes, como serviços de autoatendimento nos guichês nos aeroportos, onde o próprio passageiro pesa, etiqueta e despacha sua bagagem.
Ainda segundo os dados da pesquisa, 96% das companhias aéreas e 72% dos aeroportos já adotam essa prática. A meta do setor é que todo o serviço de despacho de bagagem seja feito neste modelo "self-service" até 2025.
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