Enquanto o G7 é composto pelas maiores economias do planeta, um grupo recém-formado também ostenta bastante riqueza, à sua maneira. O tesouro do G8, que acaba de surgir no Caribe, são as reservas quase infinitas de belezas naturais, de praias a montanhas, e atividades de lazer, verdadeiros ativos na aposta pela recuperação do turismo na região.

Saint Barth, ilha no Caribe
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Saint Barth, ilha no Caribe


O grupo, formado por Anguilla , St. Barth, St. Martin, St. Maarten , Saba, St. Eustatius, São Cristóvão e Névis, se reuniu para promover, de forma conjunta, o turismo na região, no momento em que muitos destinos estão reabrindo após meses de fronteiras fechadas, por conta da pandemia do novo coronavírus.

"Estamos muito satisfeitos em lançar esta nova iniciativa. Nosso objetivo comum é promover viagens intrarregionais, capitalizando nossa proximidade uns com os outros e o desejo dos viajantes de hoje de descobrir novas experiências”, disse a CEO da Autoridade de Turismo de Nevis, Jadine Yarde, em nota.

A colaboração gerou um vídeo, com destaques do que torna cada ilha especial e diferente de suas vizinhas. A peça, de dois minutos, foi lançada nas plataformas sociais de cada um dos oito órgãos de promoção turística envolvidos.

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Os membros são ilhas relativamente próximas, e, no caso de algumas delas, conectadas por linhas regulares de barcos e pequenos aviões. Um dos objetivos do grupo é criar novas possibilidades de viagem e itinerários para os consumidores.

“Estamos em uma posição única para lançar este programa”, afirmou, também por nota, a coordenadora de Mercados Internacionais do Conselho de Turismo de Anguila, Chantelle Richardson. “Nossas ilhas são facilmente acessíveis por via aérea ou marítima, e precisamos mostrar a nossos potenciais visitantes, tanto dentro da região quanto em nossos mercados de origem tradicionais, sobre como planejar e aproveitar ao máximo sua visita”.

Os destinos em questão fazem parte das Ilhas Leeward, um grupo das Pequenas Antilhas, os pequenos pedaços de terra cercados por água azul turquesa por todos os lados que formam uma espécie de cordão na face mais ao leste do Mar do Caribe.

Tão próximas e tão diferentes

Apesar da proximidade, as ilhas apresentam interessantes diferenças entre si. Anguilla , uma antiga colônia britânica, e St. Barth, que até hoje é território ultramarino francês, estão entre os principais destinos para o turismo de luxo no Caribe. A primeira, com um perfil um pouco mais discreto e exclusive, a segunda, com vocação para ostentação e badalação.

Praia de Saint Martin no Caribe
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Praia de Saint Martin no Caribe


Para chegar a ambas, é preciso primeiro voar para St. Martin / St. Maarten, uma ilha dividida entre dois países europeus. De um lado, o território francês, mais elegante, e com um importante centro histórico preservado. Do outro, o território dos Países Baixos, pontuado por grandes resorts, centros comerciais sem impostos e cassinos. E onde também fica o aeroporto Princess Juliana, conhecido mundialmente por sua pista terminar praticamente numa praia, onde banhistas se agarravam numa grade para ver grandes aviões comerciais pousando e decolando.

O terminal também costuma ser parada obrigatória para quem pretende seguir viagem para outras duas ilhas ainda ligadas à Holanda: Saba e St. Eustatius (também conhecida como Statia), duas ilhas de origem vulcânica, com picos altos no interior, florestas densas e litoral bastante recortado. Em Saba, o mergulho é obrigatório. Em Statia, vale visitar a parte histórica da capital Oranjestad.

Um cenário semelhante se encontra em São Cristóvão (ou St. Kitts) e Névis, que fizeram parte do Império Britânico e que hoje formam um só país, mas cada ilha é promovida turisticamente em separado. São Cristóvão é maior, com o norte dominado por montanhas e florestas tropicais, e o sul mais marcado pelas praias. Névis é menor, o que permite combinar trilhas na mata fechada e mergulhos no mar num só dia.

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