Com a progressão do novo coronavírus no mundo, muitos turistas foram pegos de surpresa pela doença. Cancelamento de voos, aeroportos e fronteiras fechadas e expulsão de hotéis foram algumas das situações desagradáveis que viajantes passaram pelo mundo.

Gabriel (à direita) e o amigo mexicano Aldayr
Instagram/ Gabriel Fasanelo
Gabriel (à direita) e o amigo mexicano Aldayr


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É o caso do turista e intercambista Gabriel Fasanelo, 20 anos, que foi para a Espanha em fevereiro morar com os tios e permaneceria até agosto. Ele chegou quando os primeiros casos estavam aparecendo, mas segundo ele, a sensação era de normalidade. "Nunca achei que chegaria realmente lá. Na Espanha há saúde de qualidade e mesmo vendo o que estava ocorrendo na Itália, não tinha o menor medo de sair ou de acontecer algo mais sério”, explica ao iG Turismo .

Ele conta que até o decreto de estado de alarme, em que ninguém poderia sair de casa por 15 dias, não tinha medo de sair na rua. "Já haviam mais de 1000 casos e tudo estava funcionando normalmente e um dia antes do decreto eu estava em uma balada”.

Ele só tomou noção da seriedade quando instauraram o estado de alerta após 1000 casos confirmados arrow-options
Instagram/ Gabriel Fasanelo
Para ele, a vida continuava normal apesar de 1000 casos confirmados no país. Ele só tomou noção da seriedade quando instauraram o estado de alerta

E não era só ele que estava relaxado. Os colegas intercambistas acharam um pânico desnecessário quando uma amiga mexicana voltou antes do aumento de casos de coronavírus. “Ela viajou de volta e ficamos em quarentena, em um estado de alerta total, não podíamos sair para nada além de ir para o mercado ou para a farmácia”.

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A polícia parava todos que passavam e fazia assinar um documento “para confirmar que você iria para um lugar necessário, se não, a multa era de 600 euros”, conta o intercambista.

Após o período de 15 dias, Fasanelo resolveu voltar para o Brasil por medo de demorar muito para passar a crise e o provável colapso do sistema de saúde espanhol. Os aeroportos de Barcelona estavam funcionando com apenas 5% da capacidade.

Segundo Fasanelo, o cenário era assustador. “Nenhuma loja aberta, se tivesse tinha uma multa altíssima, quando cheguei o cenário era totalmente diferente”. Para voltar ao Brasil, ele teve que comprar uma passagem com conexão em Frankfurt, na Alemanha.

Segundo ele, nenhum europeu poderia entrar no país, a não ser que tivesse voo de conexão, da mesma forma que no Brasil. Agora em casa, Gabriel espera que a crise passe logo, porque pretende voltar logo para a Espanha .

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Até esta quarta-feira (25), 3.434 pessoas morreram pelo novo coronavírus na Espanha. O número já é maior do que os óbitos registrados na China, país onde começou a epidemia.

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