Cansaço, sonolência, irritabilidade, náusea e dores de cabeça são alguns dos sintomas enfrentados por viajantes que vão para lugares com um fuso-horário diferente do que eles estão acostumados. Também chamado de "jet lag", este distúrbio temporário do sono pode atrapalhar a viagem, principalmente de pessoas jovens, que são as mais afetadas pela mudança.

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De acordo com médico, os jovens são os mais afetados pelas consequências do chamado 'jet lag'
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De acordo com médico, os jovens são os mais afetados pelas consequências do chamado 'jet lag'

Analisando os viajantes que sofrem com " jet lag ", o médico Viriato Horta, especialista em medicina geral e familiar da Clínica Europa, percebeu que os jovens são os que mais apresentam os sintomas, além de encontrar algumas possíveis explicações para isso. “Como os jovens dormem mais horas do que os mais velhos, eles têm menos horas de vigília para se adaptar à diferença horária ocasionada pelas viagens”, explica o médico.

Horta também acredita que isso está relacionado ao comportamento das pessoas mais novas. “Os jovens são, em geral, menos cuidadosos na preparação das suas viagens e têm menos tempo do que os mais velhos para preparar a sua adaptação ao horário do local de destino”, ele explica. Além disso, o médico diz que jovens são mais adeptos de hábitos e comportamentos que facilitam o aparecimento dos sintomas desse distúrbio, como consumo de álcool e café, exercícios físicos intensos, escolha de viagens mais baratas em horários noturnos e em aviões menos confortáveis.

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Adaptação do corpo

De acordo com Horta, os sintomas do "jet lag" podem durar horas ou até dias, dependendo do organismo da pessoa, da preparação da viagem, do horário de chegada no destino e até mesmo do sentido da viagem. Segundo ele, a adaptação do corpo é mais fácil quando se viaja do Ocidente para o Oriente.

Em sentido Oeste, é mais cedo no local de chegada do que no local de partida, então é como se dia tivesse mais do que 24 horas "úteis" para o viajante, fazendo com que ele tenha de ir dormir mais tarde para se adequar ao local de destino. “Isso gera uma situação designada por ‘atraso da fase de sono’, equivalente ao que acontece quando uma pessoa vai a uma festa e se deita mais tarde que o habitual”, afirma Horta. 

Quando se viaja para Leste, porém, ocorre o oposto. É mais tarde no local de chegada do que no local de partida, então é como se o dia tivesse menos do que 24 horas “úteis”. Isso obriga o viajante a ir dormir mais cedo do que o habitual.

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“Mesmo sem 'jet lag', todos sabem que é mais fácil uma pessoa manter-se acordada por algumas horas para além da hora habitual de dormir do que deitar-se algumas horas mais cedo e conseguir dormir sem ter sono”, explica Horta. “Isto acontece porque, para dormir de forma natural é preciso fabricar um hormônio no cérebro - a melatonina - e isso não depende propriamente da nossa vontade, mas das condições biológicas e ambientais em que nos encontramos”, finaliza.

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