EUA liberam entrada de turistas; veja as cidades que mais atraem estrangeiros

Visitantes estão autorizados a visitar o país sem restrições, desde que estejam vacinados. NY lidera buscas

Cerca de 604 dias após a administração Trump fechar as fronteiras dos Estados Unidos, a maioria dos viajantes internacionais voltam a ser bem-vindos. A partir desta segunda-feira, os EUA passarão a permitir a entrada sem restrições de estrangeiros totalmente vacinados contra a Covid-19.


Para quem retorna após um longo hiato, algumas coisas podem estar diferentes: o presidente, as paisagens do hotel e do restaurante e a documentação exigida no aeroporto, que agora inclui o comprovante de vacinação aprovada contra Covid-19. Mas os locais para onde eles estão indo permanece basicamente o mesmo.

De acordo com dados da Travelport, uma empresa global de tecnologia que organiza reservas de viagens para centenas de companhias aéreas e milhares de hotéis em todo o mundo, as reservas de voos para e dentro dos EUA já atingiram 70% de seus níveis pré-pandêmicos.

Este é um sinal de esperança para a rápida recuperação da economia do turismo dos EUA, que, de acordo com a U.S. Travel Association, representa US$ 233 bilhões anuais e sofreu perdas semanais de US$ 1,5 bilhão em gastos apenas de canadenses, europeus e britânicos durante o período de fechamento da fronteira.

A lista de destinos mais procurados, de acordo com os dados da Travelport para novembro, não traz surpresas. Em ordem, as cidades preferidas são Nova York, Miami, Orlando, Los Angeles e San Francisco.

A cidade que recebe a maior variedade de visitantes, no entanto, é Las Vegas, que aparece na lista das 100 principais rotas reservadas entre países estrangeiros e os EUA — as pessoas estão visitando 'Sin City' provenientes do Reino Unido, Canadá, Irlanda, Alemanha e México.

Mais interessante, talvez, seja de onde eles estão vindo. Em geral, os britânicos estão mais ansiosos para voltar às cidades dos EUA, mas as respostas a essa pergunta mudam dependendo do destino.

Veja as cidades mais buscadas

Nova York

A cidade deve ser o principal destino de férias de inverno, de acordo com pesquisas de uma ampla gama de empresas de viagens - graças, em parte, ao fato de que as luzes (finalmente) estão de volta à Broadway. Espere um Natal agitado e pouco espaço para distanciamento social.

Quem vai: Reino Unido (18% dos visitantes), Canadá (6%) e México (5%) são os três principais mercados emissores.

O que é bom saber: o Rockefeller Center, antes visitado por turistas apenas por sua grande árvore de Natal e rinque de patinação, agora está se tornando um dos locais com restaurantes mais empolgantes — uma mudança que poucos moradores previram.

Miami

Alguns diriam que a Magic City parecia um pouco Miami Vice durante a pandemia; a cidade era um dos lugares mais populares para os americanos fugirem de invernos mais rigorosos em meio às restrições impostas pela pandemia, e ganhou popularidade crescente por sua relativa normalidade, mesmo quando o número de casos era enorme. Dezembro traz a Art Basel e todos os seus eventos sociais relacionados — provavelmente a oportunidade perfeita para fingir que a pandemia nunca aconteceu.

Quem vai: Argentina (14%), Reino Unido (10%) e Brasil (8%) são os três principais mercados emissores.

O que é bom saber: A cidade viu mais inaugurações de restaurantes famosos do que praticamente qualquer outro lugar no mundo — principalmente importações de grandes nomes de todo o mundo. Mas se você não tiver certeza sobre a segurança em ambientes fechados, o aplicativo e site Fever lista eventos e atividades ao ar livre, como shows à luz de velas ou "flyboarding", com jet packs movidos a jatos d'água que o fazem pairar sobre o oceano.

Orlando

Com o Walt Disney World celebrando seu 50º aniversário, os parques estão em plena atividade.

Quem vai: Reino Unido (46%), Brasil (10%) e Canadá (8%) são os três principais mercados emissores.

O que é bom saber: o hotel Swan Reserve acaba de abrir suas portas dentro do Walt Disney World, tornando-se possivelmente o lugar mais chique para se hospedar nos parques. Possui seis piscinas e 22 restaurantes, incluindo um posto avançado do Il Mulino, o favorito de Nova York; por fazer parte do programa de fidelidade Marriott’s Autograph Collection, é possível reservá-lo com pontos.

Los Angeles

Um fundo de recuperação de artes de quase US$ 40 milhões liderado pelo J. Paul Getty está trabalhando para colocar de pé as instituições duramente afetadas pela pandemia, embora também ajude o fato de locais icônicos como o Hollywood Bowl estarem novamente operando com 100% de ocupação.

Uma projeção de US$ 1 bilhão em receitas de turismo para novembro e dezembro de 2021 ajudará. Mas chegar aqui está sendo caro: dados mostram que os voos para Los Angeles estão 33% mais caros do que em 2019, enquanto as tarifas aéreas médias nos EUA caíram 7%, em comparação com os preços de dois anos atrás.

Quem vai: México (15%), Canadá (9%) e Reino Unido (8%) são os três principais mercados emissores.

O que é bom saber: Após uma série de atrasos, o Academy Museum of Motion Pictures foi inaugurado em 30 de setembro. O complexo do museu de US$ 482 milhões, projetado por Renzo Piano e localizado ao lado do Museu de Arte do Condado de Los Angeles (Lacma), está cheio de figurinos icônicos e adereços de filmes como 'O Mágico de Oz' e 'ET'. Há também uma exposição temporária com obras do lendário cineasta japonês Hayao Miyazaki.

São Francisco

Os programas municipais chamados Slow Streets e Shared Spaces ajudaram a criar uma abundância relativa de espaços públicos ao ar livre e sem carros em toda a cidade — além dos restaurantes típicos ao ar livre — e os executivos de empresas de tecnologia voltaram em grande parte para encontrar uma cidade que está investindo pesadamente em festivais ao ar livre, murais e artes cênicas ao ar livre.

Quem vai: Reino Unido (14%), Índia (10%) e México (9%) são os três principais mercados emissores.

O que é bom saber: em outubro, apenas 25% dos trabalhadores de São Francisco estavam de volta aos escritórios, sinalizando um retorno mais lento à normalidade. Isso também se aplica aos restaurantes, muitos dos quais esperavam reabrir até o verão ou outono deste ano.

O Chez Panisse permanecerá fechado até 2022, mas quase todo o restante voltou a funcionar — incluindo um punhado de novos locais, como o Automat, que funciona 24 horas, que começou como uma série de pop-ups pandêmicos e adequados para crianças.