Histórias de um viajante: depois da mala perdida, um dia de atrações no Iraque

Igor Galli é considerado a pessoa mais viajada do mundo para sua idade e é colunista do iG Turismo. Nesta semana, ele relembra como foi visitar um país que é sempre associado a conflitos e guerras e destaca o que mais gostou

Em outubro de 2015, logo depois de ter passado um mês no Irã e uma semana no Líbano, era a vez de visitar o Iraque. Peguei um voo da capital libanesa Beirute até Erbil , uma das maiores cidades do norte do país controlada pelos curdos. Para visitar essa região não precisa de visto, ao contrário do que é exigido no restante do território.

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Vista da praça central de Erbil, no Iraque
Foto: Arquivo pessoal
Vista da praça central de Erbil, no Iraque


Estava apreensivo por saber que visitaria o país e um imprevisto me fez ficar ainda mais cismado. Já tinha mais de trezentos voos acumulados na minha trajetória de viajante, mas essa foi a primeira vez que minha bagagem despachada no avião não chegou. Tinha que acontecer justo no Iraque ? De cara pensei que já tinha começado mal no país.

Fui até a central de atendimento da companhia aérea e exigi meu dinheiro por causa do ocorrido, alegando que não tinha roupa e outros pertences. Na mesma hora, o funcionário me repassou US$ 100 e disse que minha mochila chegaria no outro dia, antes de eu pegar o meu próximo voo.

Como era a primeira vez que eu estava visistando aquele país, estava com muito medo e decidi ficar apenas uma noite. Pela internet, eu já tinha combinado com um homem, morador da cidade, de ficar hospedado na residência dele. Mas, infelizmente, ele poderia me encontrar somente depois das 17h, quando acabava expediente de trabalho dele.

Principais atrações 

Tinha chegado cedo, então tive que passar o dia todinho visitando a cidade e as atrações turísticas . Pela manhã, no início da minha visita, estava bem tenso, jurava que eu podia ser roubado ou sequestrado a qualquer momento, mas conforme fui conversando com as pessoas nas ruas e nas lojas, fui ficando mais confiante e deixando de lado a ideia de que de corria perigo.

Foto: Arquivo pessoal
O entardecer em Erbil encantou o viajante


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Há algumas atrações turísticas na cidade que recomendo a visita. A Citadela de Erbil, o Museu Têxtil Curdo, o Parque do Minarete, o Mercado Central e a praça de frente o mercado são as que mais gostei.

No final da tarde, quando eu encontrei meu anfitrião, fomos jantar e passamos horas conversando. Ele e seus amigos me explicaram toda situação do país, dos curdos, da guerra e da cidade. Foi muito interessante ouvir os relatos de pessoas locais sobre a situação do país.  

Visitar Iraque foi uma experiência muito aproveitosa. Aprendi muito sobre o povo e a cultura dessa região. Na realidade, o local que mais gostei foi Erbil, pois me senti muito seguro durante o tempo que estive por lá. A cidade é limpa, organizada, a população é hospitaleira e está se preparando cada vez mais para o turismo.  Para ver mais histórias do viajante, acompanhe a coluna de Igor Galli no iG Turismo .