Maldivas - a caminho das ilhas paradisíacas
Gisella e Fernando De Borthole escrevem semanalmente no iG Turismo. Eles contam como foi o trajeto até chegar às Maldivas, no Oceano Índico
Por iG Turismo | * |
Pensar em tudo antes de uma viagem de dois meses pela Ásia acaba sendo um pouco complicado, pois não sabemos exatamente o que vamos encontrar, principalmente porque ainda não temos todos os hotéis e voos confirmados. Até parece loucura, mas estamos falando de uma viagem bem longa, onde muita coisa pode mudar ao longo do caminho. Pelo menos o mais importante nós já temos: as passagens de ida e volta do Brasil e o hotel no paraíso das Maldivas.
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Malas prontas e é hora de ir para o aeroporto. Claro que não fomos com o nosso carro, pois o custo de estacionamento para todo esse período ficaria muito mais caro do que qualquer outro meio de transporte. Um taxi, Uber ou carona pode resolver esse problema!
Nosso primeiro destino são as Maldivas , um paraíso no Oceano Índico, com mais de 120 hotéis espalhados pelos atóis que compõem o país. O lugar é muito diferente de qualquer coisa que já tínhamos visto antes, pois é um pouco estranho pensarmos que para se locomover de um lugar para outro temos que navegar mais de 30 minutos de barco, muitas vezes passando pelo mar aberto, ou voar em um avião anfíbio. A capital Malé é a menor do mundo e ocupa toda uma pequena ilha, tão pequena que o aeroporto não cabe ali e foi construído em uma ilha maior ao lado.
Mas é claro que antes de chegarmos no paraíso, precisamos enfrentar mais de 24 horas de viagem. Isso mesmo, o caminho é longo. Não existe voo direto do Brasil para as Maldivas, então é preciso fazer conexão em algum outro lugar, que depende da companhia aérea. A parte boa dessa conexão é que é possível incluir essa cidade de passagem no roteiro de viagem e aproveitar para conhecer mais um pouquinho do mundo. Nossa escolha foi parar em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. A cidade está muito próxima de Dubai, então parando ali conseguiríamos conhecer mais dois lugares que, obviamente, fez parte de nosso roteiro de dois meses pela Ásia.
Embarcamos e estamos prontos para a primeira etapa de viagem: 14 horas de voo até Abu Dhabi. Os Emirados Árabes Unidos exigem visto para entrada no país, mas esse visto depende muito de sua permanência por lá, ou seja, se você for somente passar em uma conexão e nem se quer sair da sala de embarque entre um voo e outro, não é necessário passar pela imigração, então não precisa ter o visto.
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Se a intenção é passar rapidamente, em menos de 4 dias existe um visto mais barato, mas se a estadia passará de 4 dias, o visto fica mais caro, além de ter a opção de múltiplas entradas. Parece um pouco confuso, mas a própria companhia aérea local pode auxiliar na emissão do visto no momento da compra da passagem aérea.
Nessa primeira passagem por Abu Dhabi decidimos não parar e ir direto para as Maldivas, afinal de contas a empolgação para conhecer aquele paraíso era imensa. Devido ao tempo de conexão, que passava de 14 horas no aeroporto de Abu Dhabi, fomos para um hotel ali mesmo próximo ao aeroporto, para dar uma descansada e chegar mais inteiro para nossa lua de mel. Depois descobrimos que dentro do próprio aeroporto tem hotel para esses casos. Vale a pena dar uma olhada!
Energia renovada depois de uma boa noite de sono, é hora de seguir o caminho e encarar o próximo voo, que leva aproximadamente 4 horas entre Abu Dhabi e Maldivas. Esse voo ainda está na franquia internacional do Brasil, que aceita duas malas de 32kg cada por passageiro. Mesmo assim, aconselhamos muito a não levar esse tanto de bagagem. Uma mala de até 23kg por pessoa é mais do que o suficiente, pois lembre-se que estamos indo para um hotel com uma tremenda estrutura. Além disso não é nada legal carregar muitas malas no barco do aeroporto até o hotel.
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Agora, se o seu hotel fica mais longe da capital e a única opção de transporte é o avião anfíbio, aí temos um grande problema. O limite por pessoa é realmente por volta de 20kg de bagagem. Então é muito importante consultar o hotel e as exigências antes de sequer sair do Brasil.
Logo que estávamos nos aproximando de Malé começamos a ver os atóis lá de cima, uma paisagem única e incrível, que rendeu muitas fotos. Como é lindo ver Maldivas do alto. A cor do mar muda por completo e a vista é demais. A chegada no aeroporto foi bem tranquila. Logo na imigração já fomos encaminhados para a verificação da vacina de febre amarela, que é obrigatória para entrar no país e ela deve ser tomada com no mínimo 10 dias de antecedência do voo. Uma dica importante é tomar essa vacina com bastante antecedência pois ela tem muitas reações e ninguém quer correr o risco de ficar doente num lugar tão lindo.
O aeroporto é bem pequeno, então não é difícil se achar por lá. Nossa única preocupação agora é achar o caminho para o hotel, afinal de contas só existem duas formas: pela água ou pelo ar. Taxi, metro, trem ou qualquer outra coisa do tipo simplesmente não existe! Mas a preocupação acaba logo na saída do aeroporto, pois no saguão principal estão todos os hotéis representados por pequenos quiosques, basta achar aquele que você está hospedado e pedir a informação.
Confesso que demoramos um pouco para achar o nosso, mas logo que encontramos já fomos muito bem atendidos. Eles já tinham toda a informação sobre nós e já estavam nos esperando. O próprio check in do hotel é feito por alí. O barco já está a caminho para nos buscar, um serviço do hotel para os hóspedes, incluso no custo das diárias. Depois de mais ou menos meia hora de espera, mas muito bem servidos, com toalhas refrescante para o rosto e ar condicionado para aguentar os mais de 35ºC e a humidade das Maldivas, é hora de embarcar para uma viagem de mais uns 35 minutos até o hotel.
O Spead Boat, como eles chamam o barco de transporte, navega em alta velocidade, para que o tempo de viagem fique só em meia hora. É um passeio muito agradável e seguro, principalmente nesse dia em que o mar está bem calmo, o céu azul e bem quente. O vento batendo no rosto faz a viagem ainda mais divertida! Durante a viagem passamos próximos a outros hotéis, e descobrimos que cada ilha daquelas pertence a um hotel, e toda a estrutura está lá, ou seja, você acaba nem saindo do hotel/ilha durante toda a estadia, a não ser que você queira fazer algum passeio diferente que o hotel ofereça que seja fora das dependências deles. Mas a maioria das atividades acaba se concentrando na ilha mesmo. Por isso é importante escolher um bom resort para se hospedar e saber o que é oferecido por lá.
As ilhas nas Maldivas são exclusivas e já sentimos isso logo na chegada. Os funcionários do hotel preparam uma recepção calorosa assim que o barco atraca, com direito a musica tradicional local tocada na entrada e um drink de boas vindas. O gerente se apresenta e nos coloca em boas mãos, com nosso mordomo Shinan, uma pessoa incrível que irá fazer parte de todo o nosso período nas Maldivas.
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Confesso que não gosto de chamar alguém de mordomo, mas Shinan já começou o seu trabalho nos apresentando o primeiro quarto que vamos ficar nesse resort incrível. Isso porque o hotel oferece dois tipos de acomodação: o bangalô da praia e o tão conhecido bangalô sobre a água.
Nossa incrível experiência nesse lugar paradisíaco, que é as Maldivas, começa no bangalô da praia e estamos loucos para contar mais dessa história!
*Gisella e Fernando De Borthole são autores do site Sonho & Destino e escrevem semanalmente no iG Turismo.