
O complexo ferroviário de Porto Velho (RO), composto por um museu e uma rotunda, localizado às margens da orla do Rio Madeira, terá mais uma atração partir de 2 de outubro deste ano. Na data que a capital de Rondônia completa 111 anos de fundação, será exposta, com direito a tradicional apito dos trens antigos, a Maria Fumaça Mikado nº 18 que faz parte da ferrovia Madeira-Mamoré.
A recuperação da Maria Fumaça a vapor está sendo feita por técnicos da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária ( ABPF), entidade responsável pelos passeios de 10 trens turísticos no Brasil . Ainda não há data a Maria Fumaça voltar a circular.
A locomotiva foi quase toda desmontada, peça por peça, inclusive as caldeiras que esquentam a água e que é responsável pelo vapor que garante o funcionamento das máquinas.
Passeio de 8 km
A Maria Fumaça percorria o trecho de 8 km entre Porto Velho e o distrito de Santo Antônio, onde fica o Museu Marechal Randon. O passeio da Maria Fumaça foi suspenso em 1999. O trabalho fre recuperação é uma das etapas para que o passeio na ferrovia Madeira-Mamoré seja retomado.
A Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer de Porto Velho, que contratou a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária para fazer a recuperação, informou que a intenção é colocar a Maria Fumaça em funcionamento no complexo ferroviário de Porto Velho. O espaço que é atraçao tuística de Rondônia, vai ganhar um restaurante.
O prefeito de Porto Velho, Leo Moraes eo secretário de Turismo da cidade, Paulo Moraes Jr, estão negociando com o Ministério dos Transportes recursos para reuperar o trecho da Ferrovia Madeira-Mamoré.

Segundo o secretário executivo de Turismo de Porto Velho, Aleks Palitot, para que o passeio seja retomado será preciso realizar obras de recuperação em alguns trechos da ferrovia Madeira-Mamoré que foi atingida pela enchenete de 2014.
Rodovia do diabo?
Construída entre 1907 e 1912, a Ferrovia Madeira-Mamoré, conhecida como a "Ferrovia da Morte", foi criada para escoar a produção de borracha da Bolívia e do Brasil, atravessando o Rio Madeira. A morte de milhares de trabalhadores durante a construção devido a doenças tropicais como malária, o que deu origem ao apelido "Ferrovia do Diabo".
Passeio gratuito de litorina
Em janeiro deeste ano foram iniciados os passeios de litorina nos trilhos da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. A locomotiva percorre 800 metros dentro do pátio ferroviário. A locomotiva leva 11 pessoas. Os passeios são realizados às sextas-feiras, sábados e domingos.
A litorina tem apemas um vagão movido a diesel e que era usado durante a operação da ferrovia para transportar engenheiros, médicos, feitores e o dinheiro para pagar os salários dos funcionários da ferrovia.