Biólogos da Aena usam gaviões e falcões para espantar aves
Divulgação Aena
Biólogos da Aena usam gaviões e falcões para espantar aves










O acidente na manhã de domingo (29/12) com 179 mortos, o mais grave em número de vítimas  na história da Coreia do Sul , pode ter sido causado por uma ave que chocou na aeronave. A tripulação havia emitido um pedido de socorro após uma primeira tentativa de aterrissagem, durante a qual a torre de controle alertou a tripulação de que o avião havia sido atingido por pássaros.

No Brasil não há registro nos últimos anos de nenhum acidente grave envolvendo choque de aves em aeronaves. Mas os dados apurados por essa coluna no site do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) mostram que este tipo de ocorrência teve aumento de 24% neste ano. Foram 923 colisões em aeronaves contra 744 registradas em 2023. Não há registro de mortes no Brasil por este tipo de acidente. 

São Paulo tem o maior número de ocorrências

O estado de São Paulo, campeão de choques de aves, teve redução neste tipo de ocorrência. Em 2023 foram registros 187, e neste ano o estado registrou 146 colisões de aves em aviões, segundo o Cenipa. O Rio de Janeiro ocupa do segundo lugar neste tipo de ocorrência, com 87 casos neste ano, seguido pelo Rio Grande do Sul, 71 ocorrências em 2024. ( Veja detalhes abaixo ).

Neste ano foram 923 ocorrências
Reprodução Cenipa
Neste ano foram 923 ocorrências


Gavioes e falcões ajudam na redução de acidentes

A Aena Brasil gerencia no Brasil 17 aeroportos, entre eles o Aeroporto de Congonhas em São Paulo. Para espantar as aves nas proximidades da pista de pousos e decolagens, a concessionária iniciou em 2020 um trabalho de Gerenciamento de Risco de Fauna nos aeroportos que administra no Nordeste (foto). O projeto conseguiu reduzir este tipo de ocorrência.



Segundo o Anuário de Risco de Fauna do Cenipa, as espécies identificadas em 2022 envolvidas nas colisões foram o quero-quero (19%), o carcará (8,24%) e o morcego (3,67%). Segundo a Aena, nas proximidades da pista de pouso e decolagem são usadas aves de rapina treinadas para afugentar ou capturar outras espécies, técnica chamada de falcoaria. Recife é um dos aeroportos gerenciados pela Aena que utiliza essa técnica.

No Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, a concessionária CCR utiliza oito gaviões e falcões. Outras técnicas são usadas para espantar as aves no aeroportos são os chicotes de estalo, fogos de artifício, sirene, buzinas e megafone. Um canhão de gás, que gera um som de explosão de grande intensidade, também faz parte do trabalho para afujeentar as aves.


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