Cachoeira Pedra Branca, em Paraty
Miguel Trombini/iG Turismo
Cachoeira Pedra Branca, em Paraty

Para quem deseja aproveitar a natureza, boa comida e muita história, Paraty é um destino que proporciona múltiplas experiências e atividades variadas de acordo com a preferência de cada visitante. Contudo, o que não pode ficar de fora é a visita às cachoeiras – principalmente porque a região possui mais de dez quedas d’água para conhecer – , e aos alambiques – Paraty é um dos principais polos de produção de cachaça artesanal do país.

Duas das principais cachoeiras da região são a Cachoeira Pedra Branca e Cachoeira do Tobogã. Para visitá-las, o ideal é fazer o trajeto de Jeep, que leva por volta de 25 a 30 minutos saindo do Centro Histórico da cidade. Durante o percurso é possível admirar tanto a arquitetura da região quanto as rotas da Estrada Real, Caminho do Ouro em Paraty. 

A estrada foi construída pelos escravos entre os séculos 17 e 19, a partir de trilhas dos indígenas guaianazes. As rotas foram preservadas, todas rodeadas pela Mata Atlântica natural do Parque Nacional da Serra da Bocaina. O caminho ligava Minas Gerais ao Rio de Janeiro e a São Paulo, tanto que no chamado “Ciclo do Ouro”, Paraty tinha a função de Entreposto Comercial e, por conta da posição geográfica, escoadouro do ouro de Minas para Portugal. 

A visitação é permitida com guias autorizados, que ao longo do trajeto contam mais detalhes tanto da vida dos escravos na época quanto da cultura de Paraty e como a mata influencia diretamente na cultura e na culinária locais. 

Cachoeira Pedra Branca

Antes de tudo, é preciso destacar que essa cachoeira está em uma área particular e, por isso, é cobrada uma taxa para auxiliar na preservação do local. Ela é uma afluente do Rio Perequê-açu, o principal rio de Paraty, que é responsável por parte do abastecimento de água da cidade.

Durante a trilha que leva à queda d’água, é possível admirar a mata virgem e deparar-se com algumas espécies da flora muito utilizadas pelos povos indígenas tanto para alimentação quanto para fins medicinais.

Um exemplo é a Oripepê, uma planta simples com uma espécie de flor amarela que, ao ser mastigada, causa sensação de dormência. Ela era muito utilizada pelos povos indígenas como anestésico. 

Após a caminhada, o visitante se depara com duas quedas d'água, visíveis por meio de um mirante no qual se encontram os restos de uma hidrelétrica, que foi criada entre as décadas de 1940 e 1950, a partir da cachoeira por meio de tubulação de captação. Também é possível subir nas pedras para tirar fotos e mergulhar nas piscinas que se formam a partir da queda. 

Alambique Pedra Branca

Saindo da Cachoeira Pedra Branca, vale muito a pena visitar o alambique de mesmo nome, onde é possível fazer um passeio guiado com direito à explicação de todo o processo de produção da cachaça (incluindo visita aos maquinários) e degustar algumas das bebidas ali produzidas.

É um dos cinco principais alambiques da cidade, criado em 2009 e aberto ao público em 2011. São produzidos de 25 a 30 mil litros de cachaça por mês, com safra entre maio e junho até o mês de dezembro.

Todo processo de produção é 100% artesanal, tanto que possui a própria plantação de cana-de açúcar – que é colhida manualmente. Além das cachaças, também são produzidos licores e doces com frutas cultivadas no terreno.

O alambique fica aberto o ano todo para receber os visitantes. Também é lá que é produzida a cachaça Gabriela, com base de cravo e canela e adoçada com melaço produzido no local. A bebida teve como inspiração a novela “Gabriela”, de 1975, que foi gravada em Paraty.

Cachoeira do Tobogã e Poço do Tarzan

A Cachoeira do Tobogã, assim como a Pedra Branca, é uma das mais visitadas de Paraty, cujo maior atrativo é a grande pedra lisa por onde desce o fluxo de água, formando um grande escorregador que desemboca em uma piscina natural de água cristalina e sempre fresca.

Para descer, os visitantes ficam deitados com as mãos cruzadas atrás da cabeça e os pés unidos. Contudo, os caiçaras que moram na região tinham o costume de descer de pé, “surfando”. Alguns ainda fazem isso e também ensinam os turistas a descerem com segurança. 

Já o Poço do Tarzan é uma piscina natural formada entre as pedras, um pouco acima da Cachoeira do Tobogã. É ideal para quem quer mergulhar e se banhar em águas mais calmas. Por ser um ponto de parada dos Jeeps, é comum ter bastante movimento de turistas. Há também uma ponte pênsil por cima das águas que dá acesso a um barzinho rústico.

Acompanhe o iG Turismo também pelo Instagram  e receba dicas de roteiros e curiosidades sobre destinos nacionais e internacionais. Siga também o  perfil geral do Portal iG no Telegram.


    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!