Conheça alguns costumes inusitados de outros países
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Conheça alguns costumes inusitados de outros países


Um arroto na mesa de jantar para uma pessoa do outro lado do mundo pode ser considerado um sinal de respeito. Degustar uma bebida alcoólica de golinho em golinho é desprezo. Algumas pessoas levam a casa inteira (literalmente!) embora na hora de se mudar. Parece estranho? Situações como essas são bastante incomuns, sem sentido ou até desprezíveis no Brasil, mas são alguns costumes naturais ao redor do mundo.

Antes de explorar alguma determinada parte do mundo, pode ser interessante descobrir quais são os costumes de cada local. Observá-los de perto e até entrar na onda (quando for considerado respeitoso e oportuno, claro) pode acrescentar ainda mais diversão e até imersão aos costumes de diversos destinos.


O iG Turismo separou 10 costumes considerados estranhos para a cultura brasileira no mundo todo. Vale ressaltar que, ao falar da cultura de outros países, a linha entre o certo e o errado pode facilmente ser borrada. Por isso, poupe os julgamentos, mantenha a mente aberta e respeite esses hábitos.

1- Na Colômbia, algumas pessoas se chamam de “vizinho” sem serem vizinhas


Vamos começar com um de nossos hermanos na América Latina. Algo considerado peculiar por estrangeiros é a maneira como os colombianos usam a palavra “vizinho”, principalmente em Bogotá. Acontece que, por lá, a palavra “vizinho” é uma gíria urbana para se referir a um amigo ou pessoa muito próxima. No Brasil, o uso de “vizinho” se aproxima da forma como usamos “mano”, “truta”, “brother”, “parça”, entre outras variações.

2- Comércio abre mais tarde na Índia


No Brasil, o horário comercial se inicia por volta das 9 horas da manhã — mesmo antes já é fácil encontrar diversas lojas abertas. Mesmo de fim de semana ou feriado as lojas abrem cedo. Na Índia, a realidade é outra: seja em dias úteis ou não, o turista só vai encontrar lojas abertas a partir das 10h30 da manhã. Alguns comércios chegam abrir às 11h. Por isso, talvez seja uma boa deixar as manhãs para fazer outras atividades que não as compras.

3- Beber vodka na Rússia é repleto de tradições


Que a vodka é a bebida oficial da Rússia todo mundo já sabe, mas ela é tão sagrada para os russos que existem diversas tradições para seu consumo. Uma das mais importantes é não misturar a vodka com nenhuma outra bebida. Além disso, um convidado deve beber tudo de uma vez, e não de gole em gole. Para os russos, não é nada educado voltar de um brinde com o copo cheio.

Outra antiga tradição datada de 1814, quando aconteceu a Batalha de Paris, é de que uma garrafa vazia não pode ficar na mesa. Ou seja: assim que a vodka encher o último copo, ela precisa sair de cena. Isso porque os soldados notaram na época que era calculado o valor de consumo a partir do número de garrafas vazias na mesa. Ao escondê-las, pagavam bem menos.

Por fim, existe um tempo certo a ser respeitado de acordo com cada shot de vodka. A primeira e a segunda dose devem ser emendadas uma na outra. Não pode comer depois do primeiro shot. A terceira também vem pouco tempo depois da segunda.

4- Homens andam de mãos dadas na Arábia Saudita

Homens dão as mãos em sinal de respeito na Arábia Saudita
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Homens dão as mãos em sinal de respeito na Arábia Saudita


No Brasil, é comum ver meninas andando de mãos dadas, associando isso à mera amizade ou proximidade. Na Arábia Saudita, são os homens que fazem isso. Por lá, é muito comum ver que dois homens estão andando de mãos dadas sem que isso signifique que ambos estão dentro de um relacionamento homoafetivo. Por outro lado, casais hétero, por exemplo, não podem demonstrar afeto publicamente.

Para quem vive fora, é curioso ver essa demonstração de afeto em um país que criminaliza e pune com a morte pessoas LGBTQIA+. A Arábia Saudita é um dos 72 países do mundo onde é considerado perigoso ser gay .

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5- Na Tailândia, não pode colocar o garfo na boca


As refeições são consideradas como momentos sagrados na Tailândia. Para não estragar isso, para os locais, é importante aprender algumas regras de etiqueta em relação aos talheres. Primeiramente, a faca está proibida. Isso mesmo: os pratos já são servidos em pedaços para que a pessoa não precise usar uma faca, que é um instrumento considerado agressivo.

O correto por lá é comer de garfo e colher. No entanto, se levar a comida até a boca com o garfo o turista será mal visto. Deve-se usar o garfo apenas para colocar a comida na colher — essa sim leva a comida até a boca. Também é comum o uso de hashis no país.

6- O número 4 é "apagado" no Japão


Esqueça os conjuntos de cozinha com quatro xícaras e quatro pires nas lojas japonesas. Nos elevadores e nos números de casas, também não será encontrado o quatro. O número geralmente é pulado e vai do três para o cinco. O motivo é simples: o número quatro traz má sorte no Japão.

No país, a pronúncia do número quatro é a mesma usada para falar a palavra “morte”. Apesar de serem palavras representadas por ideogramas diferentes (“四” para quatro e “死” para morte”), ambas são faladas com o som “shi”. O Japão é um país que acredita muito em tradição e é ligado fortemente a questões espirituais e, para não atrair energias ruins, baniu o número.

7- Arrotar na mesa é satisfatório na China


Arrotos na mesa são considerados incômodos e rudes no Brasil, mas passam longe desse mesmo significado na China. Por lá, é esperado que se arrote na mesa caso tenha gostado da refeição. Um arroto é quase como um elogio ou cumprimento ao chefe, já que demonstra a satisfação de quem acabou de comer.

Por outro lado, expelir catarro pela boca, o famoso escarro, em público também é algo bom. Na China, é completamente normal que as pessoas andem pela rua escarrando quando sentem que precisam. Para os chineses, isso quer dizer que o organismo está sendo limpo de impurezas e, com isso, está mais saudável.

8- Nas mudanças, as pessoas levam a estrutura da casa embora nas Filipinas

Bayanihan é costume considerado espiritual nas Filipinas
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Bayanihan é costume considerado espiritual nas Filipinas


Comum principalmente nas cidades mais rurais, esse hábito de levar a casa toda embora na mudança é uma tradição conhecida como Bayanihan. Esse conceito é visto como algo espiritual tanto para quem muda como para quem ajuda: diversas pessoas se unem para carregar a casa daquele morador de uma localização para outra. É sagrado por evocar um espírito de comunidade, cooperação e trabalho em grupo para conquistar determinado objetivo.

9- Se anda descalço na rua na Austrália


Se te der na telha de querer tirar os sapatos e andar descalço na rua, no shopping ou no mercado na Austrália, faça! É extremamente comum que australianos andem pela cidade com os pés no chão, independente do espaço. Esse costume é tão enraizado que, nas escolas, as crianças podem ficar sem sapatos e andar de meia.

10- Na Espanha, as sonecas da tarde duram horas


Há uma tradição espanhola chamada de siesta, que consiste em tirar sonecas no meio do dia. Esse momento é considerado muito sagrado para os espanhóis. Mas engana-se quem pensa que essas sonecas duram 20 minutinhos. Estima-se que uma boa e bem feita Siesta tenha duração de até duas horas. As durações maiores são realizadas, principalmente, nas cidades interioranas.

Para se programar: a siesta tem duração entre 10h até 14h e 17h até 20h30. Nesses horários, ninguém está trabalhando e os comércios, incluindo restaurantes e bares, geralmente estão fechados para que os funcionários tirem suas sonecas.

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